2ª PESQUISA 2014 / Resultado Final


Blog Arapiraca Legal

AGRADECIMENTOS ( Blog Arapiraca Legal )

Nós, Gilvan Juvino e Pedro Jorge – administradores do blog Arapiraca Legal, agradecemos a todos os artistas, escritores, radialistas e leitores em geral pelas contribuições enviadas a título de manutenção deste site cultural.

Nota: A demora na entrega dos certificados está acontecendo devido a impressora está com problema técnico. Aguardem!!!

Confira a Relação dos Amigos Que já Contribuíram:

01. Afrísio Acácio do Acordeon;
02. Cícero Galdino;
03. José Carlos Gueta, o “POETA DO ABC”;
04. Cárlisson Galdino;
05. Ronaldo Oliveira;
06. Antônio Limeira (“Tonho da Pipoqueira”);
07. Inez Amorim da Silva (poetisa);

08. Rosival Barbosa dos Santos;

09. Cícero Torres.

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DEPÓSITO ( Contribuição ):
Conta Poupança – Caixa Econômica Federal
Pedro Jorge de Melo
Agência: 056
Operação: 013
Número da conta: 00169160-8

Blog Arapiraca Legal – Voltado ao Cidadão Arapiraquense!

[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

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COMUNICADO – Blog Arapiraca Legal (15 de Maio de 2014)

Comunicamos que a entrega dos certificados aos vencedores da 2 Pesquisa do Blog Arapiraca Legal será feita, pelos verdadeiros administradores do blog, após o dia 20 de maio de 2014. Agradecemos a todos pela compreensão.
Assina: Gilvan Juvino e Pedro Jorge (Administradores do blog Arapiraca Legal).

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2ª PESQUISA BLOG ARAPIRACA LEGAL – Edição 2014

* HOMENAGEADOS: Hermeto Pascoal (multiinstrumentista) e José de Sá (radialista e artista plástico);

* TRIBUTOS: Daniel Brasileiro (cantor e compositor) e Ernande Moreira (bancário e escritor).

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RESULTADO FINAL DA 2ª PESQUISA BLOG ARAPIRACA LEGAL – Edição 2014
( Os Mais Votados )*

MELHOR
01. Artista / Dupla ( Instrumental ):
* Hermeto Pascoal ( 94,00 % ).

02. Artista Plástico:
* Ismael Pereira ( 55,90 % )
* Marcone Macêdo ( 30,90 % ).

03. Cantor ( Brega ):
* Cheiroso de Alagoas ( 97,30 % ).

04. Cantor ( Popular ):
* Eribério ( 96,30 % ).

05. Cantora ( Popular ):
* Dira Lino ( 70,50 % )
* Elaine Kundera ( 27,60 % ).

06. Cantor/Grupo ( Pop-Rock ):
* Janu & os Matutos Urbanos ( 91,90 % )

07. Cantor/Grupo ( MPB ):
* Laércio Moreno ( 92,00 % ).

08. Cantor/Trio ( Forró ):
* Afrísio Acácio do Acordeon ( 70,00 % ).

09. Cantor/Trio ( Regional ):
* Nelson Rosa ( 69,00 % )
* Mestre Wilson da Canafístula ( 30,30 % ).

10. Coral/Maestro/Orquestra:
* Orquestra Ari de Queiros ( 92,70 % )

11. Cordelista:
* Ronaldo Oliveira ( 67,80 % )
* Cárlisson Galdino ( 29,30 % ).

12. Escritor:
* Cícero Galdino ( 54,30 % )
* Carlindo de Lira ( 42,40 % ).

13. Escritora:
* Égide Jane de Amorim ( 89,20 % )

14. Jornalista:
* Roberto Gonçalves ( 95,00 % ).

15. Noticiarista:
* Carlos Wanderley ( 87,10 % ).

16. Palhaço:
* Palhaço Biribinha ( 71,50 % )
* Palhaço Mixuruca ( 28,30 % ).

17. Pesquisador / Colecionador de Discos:
* Antônio Limeira (“Tonho da Pipoqueira”) – ( 51,70 % )
* Paulo Lourenço ( “Paulo do Bar” ) – ( 44,50 % )

18. Radialista:
* Gilvan Nunes ( Gazeta FM – Maceió / AL ) – ( 50,00 % )
* Arethuza Viana ( NN AM – 570 ) – ( 40,30 % ).

CATEGORIAS TRIBUTOS
19. Tributo (Artista):
* Maestro Nelson Palmeira ( 89,50 % ).

20. Tributo ( Escritor/a ):
* Izabel Torres de Oliveira ( 89,30 % ).

21. Tributo ( Radialista ):
* Assis Gondim ( 50,90 % )
* Romilton Júnior ( 47,60 % ).

CATEGORIAS ESPECIAIS ( 22 a 24 )
22. Acróstico por ”Poeta do ABC”:
* SILVIO BRITO ( 67,00 % ).
* O SOM DAS LETRAS ( 32,00 % ).

23. Artigo por Pedro Jorge:
* TRIBUTO A YOYO DO JAPÃO ( 51,60 % )
* A SANTA DOS POBRES ( 47,61 % ).

24. Soneto (Radialista)  por Cícero Galdino:
* VOZ DO ENCANTO (Jarbas Lúcio) – ( 97,30 % ).

CATEGORIAS ESPORTIVAS ( 25 a 28 )
25. Narrador Esportivo:
* Nelson Filho (NN AM e Nova FM ) – ( 98,40 % ).

26. Comentarista Esportivo:
* Fernando Murta ( FM Arapiraca – 96,9 ) – ( 48,20 % )
* Antônio Correa ( Pajuçara FM ) – ( 42,90 % ).

27. Repórter Esportivo:
* Nasário Silva ( Pajuçara FM ) – ( 80,20 % ).

28. Plantonista Esportivo:
* Jânio Oliveira ( NN AM e Nova FM ) – ( 96,00 % ).

CATEGORIAS LIVRES ( 29 a 31 )
29. Categoria Livre ( Artistas/Bandas/Coral ):
ARTISTAS/ BANDAS/ CORAL
* Severino Pedro ( 28,50 % )
* Família Moreira ( 25,60 % )
* Zé do Rojão (in memoriam) – ( 17,00 % )
* Jorginho Teclados ( 9,50 % )
* Lourenço Roque ( 9,20 % ).

30. Categoria Livre ( Escritores/as ):
ESCRITORES (AS)
* Adalberto Custódio ( 31,10 % )
* Cartuxo Cordelista ( 19,30 % )
* Genival Silva ( 16,60 % )
* Jeane dos Santos ( 10,80 % )
* José Carlos Gueta (“O POETA DO ABC”) – ( 9,90 % )
* Inez Amorim da Silva – ( 6,80 % ).

31. Categoria Livre ( Radialistas ):*
RADIALISTAS
* Alves Correia ( 46,40 % )
* Isve Cavalcante ( 20,60 % )
* Edvaldo Silva ( 15,60 % )
* Diassis Lima ( 13,70 % ).

CATEGORIAS PERSONALIDADES (Conjunto da Obra) – ( 32 e 33 )
32. Personalidade (Feminina):
* Ditinha da Sanfona ( 65,00 % )
* Destaladeiras de Fumo de Arapiraca ( 34,00 % ).

33. Personalidade (Masculina):
* Miguel Vieira (Cantor, compositor e sanfoneiro) – ( 95,70 % ).

* Nota: Devido ao grande número de leitores-internautas que votaram na 2ª Pesquisa do Blog Arapiraca Legal, consideramos vencedores todos os posts que obtiveram mais de 100 votos em suas respectivas categorias.

[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]
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PESQUISA BLOG ARAPIRACA LEGAL ( Resultado Final )
Por Pedro Jorge*

O Blog Arapiraca Legal realizou a sua 2ª pesquisa para a escolha das melhores postagens publicadas em seus dois primeiros anos de existência. Este site se tornou referência na área cultural arapiraquense e a sua prinicipal finalidade é prestigiar e divulgar os artistas, escritores, radialistas e personalidades em geral – nascidos, radicados e/ou que iniciaram as suas atividades artísticas e profissionais, em Arapiraca/AL. Também exibe os pontos turísticos e culturais, escolas, emissoras de rádio, jornais e revistas locais, Igrejas e outros templos religiosos, aspectos históricos e a agenda de diversos eventos realizados na nossa cidade e, em toda a RMA (Região Metropolitana do Agreste).

Na 2ª pesquisa do blog Arapiraca Legal foram homenageados dois importantes ícones: o multiinstrumentista Hermeto Pascoal – nascido em Lagoa da Canoa/AL (na época pertencente a Arapiraca), que iniciou a sua trajetória artística tocando nas feiras livre de sua cidade natal e na “Terra de Manoel André” e José Carmo de Sá – talentoso e eclético profissional: radialista, artista plástico, professor de música, teatrólogo e historiador. José de Sá é um dos precursores da radiodifusão arapiraquense. Ele é natural de São Miguel dos Campos/AL e apresenta, na Rádio Novo Nordeste AM, o tradicional programa “Nos Braços da Saudade”. Também é conhecido como “J. Sá”, “Zé de Sá” e o “Comendador do Rádio”. Além destas homenagens o blog prestou tributos aos saudosos: Daniel Brasileiro (cantor e compositor) e a Ernande Moreira (bancário e escritor).

O principal objetivo desta enquete cultural não foi a competição, e sim a interação dos internautas com o blog – pois todos os artistas, bandas, escritores e radialistas citados na referida pesquisa são dignos de ser votados. Cada vencedor receberá um certificado produzido de forma independente pelos administradores, Gilvan Juvino e Pedro Jorge, do blog Arapiraca Legal.

Confira, em ordem alfabética, a relação completa de todos os vencedores da 2ª Pesquisa Blog Arapiraca Legal – Edição 2014:
ARTISTAS – Afrísio Acácio do Acordeon / Cheiroso de Alagoas / Destaladeiras de Fumo de Arapiraca / Dira Lino / Ditinha da Sanfona / Elaine Kundera / Eribério / Família Moreira / Hermeto Pascoal / Ismael Pereira / Janu & os Matutos Urbanos / Jorginho Teclados / Laércio Moreno / Lourenço Roque / Marcone Macêdo / Mestre Wilson da Canafístula / Miguel Vieira / Nelson Rosa / Orquestra Ari de Queiros / Palhaço Biribinha / Palhaço Mixuruca e Severino Pedro. / Maestro Nelson Palmeira e Zé do Rojão (in memorians).

ESCRITORES – Adalberto Custódio / Carlindo de Lira / Cárlisson Galdino / Cartuxo Cordelista / Cícero Galdino / Égide Jane de Amorim / Genival Silva / Inez Amorim da Silva / Jeane dos Santos / José Carlos Gueta (“Poeta do ABC”) / Roberto Gonçalves e Ronaldo Oliveira. / Izabel Torres de Oliveira (“Dona Bezinha”) – (in memoriam).

RADIALISTAS – Alves Correia / Antônio Correa / Arethuza Viana / Carlos Wanderley / Diassis Lima / Edvaldo Silva / Fernando Murta / Gilvan Nunes / Isve Cavalcante / Jânio Oliveira / Nasário Silva e Nelson Filho. / Assis Gondim e Romilton Júnior (in memorians).

Também receberão certificados os colecionadores de discos: Antônio Limeira (“Tonho da Pipoqueira”) e Paulo Lourenço (“Paulo do Bar”); o soneto escrito por Cícero Galdino: VOZ DO ENCANTO (dedicado a Jarbas Lúcio); os acrósticos por “Poeta do ABC”: O SOM DAS LETRAS e SILVIO BRITO e os artigos por Pedro Jorge: A SANTA DOS POBRES (publicado, em novembro de 2012, na revista “O Mensageiro”) e TRIBUTO A YOYO DO JAPÃO.

Todos os ganhadores – e os demais nomes citados nessa pesquisa, são merecedores de nossos elogios, aplausos e incentivos. Com os seus trabalhos artísticos eles engrandecem e dignificam a cultura arapiraquense. Agradeço aos leitores-internautas que votaram, e aproveito a oportunidade para parabenizar a todos os vencedores.
VIVA A CULTURA!

CONTATOS – Pedro Jorge
E-mail: pjorge-65@hotmail.com
Blog: arapiracalegal.wordpress.com

* Pedro Jorge de Melo é funcionário público municipal (Arapiraca-AL) e um dos administradores do blog Arapiraca Legal.

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, junho de 2014 ]

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Blog Arapiraca Legal

2 PESQUISA BLOG ARAPIRACA LEGAL – Edição 2014

VOTAÇÃO ENCERRADA – ( Comunicado – 1 de Maio de 2014 )

Nós, Gilvan Juvino e Pedro Jorge, agradecemos a todos que votaram na 2 Pesquisa do Blog Arapiraca Legal, e aproveitamos a oportunidade para comunicar que toda a produção, programação, convidados, etc., para o evento denominado “O Grande Encontro de Criadores e Divulgadores da Cultura Popular Arapiraquense” a ser realizado no Clube dos Fumicultores no dia 16 de maio de 2014, ás 19h30; é de autoria e de total responsabilidade da professora Maria Margarete Malaquias Cavalcante, portanto não nos responsabilizamos por esta festa ou por eventuais patrocínios angariados para a realização da mesma.

Nossa obrigação – como prometemos, é confeccionar e entregar os certificados a cada um dos vencedores da 2 Pesquisa Blog Arapiraca Legal.

Notas:
1. Todos os certificados serão produzidos, de forma independente – sem o apoio cultural (patrocínio), de nenhum órgão público e de pessoa física ou jurídica.

2. Solicitamos de cada um dos ganhadores dos certificados uma contribuição de R$ 20,00 (vinte reais), a título de manutenção do blog Arapiraca Legal. No entanto, informamos que o referido valor não é obrigatório. Aqueles que tiverem a boa vontade de colaborar com o blog, receberão um DVD exclusivo com imagens de nossa cidade (Arapiraca/AL).

Assina: Gilvan Juvino e Pedro Jorge (Administradores do Blog Arapiraca Legal).

[ Editado por Pedro Jorge – E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

João Lúcio da Silva


João Lúcio da Silva

 

BIOGRAFIA – Por  Zezito Guedes

Uma pessoa que não poderia ficar sem o merecido registro no livro “Arapiraca através do tempo” é sem dúvida a figura carismática do político João Lúcio da Silva, um homem simples, de origem humilde, que nasceu no sítio Caititus na zona rural de Arapiraca-AL, o terceiro filho do agricultor Salustiano José Dos Santos, mais conhecido por “Lúcio” e de Maria Josefa de Melo, cuja vida foi marcada por uma série de circunstância adversa.

Órfão de mãe aos oito anos passou a ser criado com os oito irmãos menores, por seu tio Pedro Correia das Graças, um homem generoso e altruísta que acolheu os filhos de sua irmã numa hora difícil. Com essa idade João Lúcio teve que ir para roça com os irmãos mais velhos Manoel e José Lúcio de Melo, trabalhar alugado nas terras de João Nunes Magalhães para ajudar ao velho Salustiano dos Santos, a criar sua numerosa prole, já casado pela segunda vez.

Era na época da mandioca, em 1928 plantava-se ainda pouco fumo e a mão obra NASA casa de farinha era intensa, exigia muitos trabalhadores na fase da colheita. Aos quatorze anos, João Lúcio já derramava seu suor nas rodas da casa de farinha e foi uma criatura que não soube o que era infância e nem adolescência, conheceu somente o que era trabalho.

Em 1932, aos dezoito anos, tentando encontrar uma saída para aquela vida de sacrifício no trabalho alugado, arranjou um emprego na empresa de Antônio Apolinário, em substituição a seu primo Marciano Ferreira que perdera um braço num acidente e João Lúcio ficou em seu lugar. Nessa mesma fase, seu irmão José Lúcio Melo, conseguiu um emprego de balconista na loja de Luis Pereira Lima.

Mais adiante, no dia 22 de janeiro de 1936, João Lúcio contraiu matrimônio com Inês Nunes da Silva, uma prendada jovem filha de Antonio Nunes da Silva e Antônia Madalena da Conceição, ficando Inês órfã aos seis anos, passando a ser criada por seu tio Antonio Ventura, um pequeno comerciante que morava na rua do comércio e mantinha em sua guarda umas criações de cabras herdadas por Inês. Com o casamento seu pai adotivo vendeu as criações e comprou trinta tarefas de terra no sítio Cavaco, onde João Lúcio com muito sacrifício construiu uma casa de taipa, com a madeira que cortara na Serra da Mangabeira e onde o jovem casal passou residir.

Nessa fase, em 1936, João Lúcio deu os primeiros passos no cultivo de fumo, incentivado pelos cunhados Antonio Ventura de Oliveira, João Alexandre e outros parentes. Aos poucos foi prosperando com a nova cultura e quatro anos depois em 1940, com as economias do curral de fumo, se estabelece com uma pequena mercearia e nesse mesmo ano constrói um bangalô, no lugar da casa de taipa, onde o casal e os quatro filhos Elisene, Luisa e Bernadete, passam a residir.

A Essa altura, início da década de 40, João Lúcio aproveitando a especulação, passa a investir no comércio de fumo em corda e vai melhorando a cada ano a sua situação econômica, faturado com a mercearia onde José Cândido ajudava e armazenando o fumo para aproveitar a alta do preço do produto. Nasceram ainda no cavaco os filhos Narciso, Ana Alice Dulcineia, Felício e Florisval. Enquanto seu irmão José Lúcio de Melo em 1944, instala a “fábrica de charutos Lêda” e mais adiante, ingressa na política partidária e na eleição de 1947, elege-se vereador pela UDN, fazendo oposição ao prefeito Luis Pereira Lima, eleito pelo PSD, com o apoio do Governador eleito Silvestre Péricles de Góes Monteiro.

A essa altura, a família Lúcio não era vista com bons olhos pelos políticos da situação e a rivalidade se consolida com injusta prisão de José Lúcio da Silva e se agrava com o tiroteio ocorrido no Cartório do Tabelião João Ribeiro Lima em fevereiro de 1948.

João Lúcio permaneceu no sítio Cavaco, cuidando de suas atividades e para evitar confrontos, poucas vezes vem ao centro da cidade. Todavia, mantém-se a frente do reduto eleitoral, apoiando o irmão José Lúcio de Melo, líder da UDN na câmara de vereadores. Com a eleição de Claudenor Lima, em novembro 195 para Deputado Estadual, diversos membros da família Lúcio homens de índole pacifica, tiveram que se ausentar de Arapiraca, temendo ser assassinados. Em fevereiro 1954 o Deputado Claudenor Lima envolve-se no tiroteio com a polícia do Major Vicente Ramos e acusa os “Lúcio” de cúmplices.

Apesar desse clima de tensão, na eleição de 1954, os Lúcios conseguem eleger o Deputado Marques da Silva além de José Lúcio de Melo e seu primo José Pereira Lúcio – “Lucinho” como vereadores pela UDN. A política do município começa a tomar um novo rumo, com a renúncia do prefeito Dr. Coaracy da Mata Fonseca, que faz concurso para Juiz de Direito e se afasta da política. Como não havia vice-prefeito, assume o cargo de prefeito o presidente da Câmara Municipal, José Pereira Lúcio, em 15 de setembro de 1955.

Os dirigentes da UDN, liderados pelo deputado José Marques da Silva e pelo vereador José Lúcio de Melo (que mestre em articulações nos bastidores) numa manobra hábil retornaram o Prefeito interino José Pereira Lúcio para a Presidência da Câmara de Vereadores, formando assim a maioria no Poder Legislativo. Recurso este que foi usado para eleger o dentista Dr. José de Souza Guedes (que entrou na “fogueira”), para tomar a liderança do município dos políticos do PSD.

Para a eleição de novembro de 1955, a UDN lança João Lúcio da Silva como candidato a Prefeito de Arapiraca e apesar da violência instalada em vários pontos do Estado, o eleitorado de Arapiraca elegeu o “sizudo” João Lúcio da Silva para Prefeito do município de Arapiraca, para a gestão de 56 a 60, quando passa a residir na Praça Marques da Silva onde nasceu seu filho caçula Carlos Hamilton.

Em dezembro de 1956, foi assassinado o vereador Benício Alves de Oliveira e recrudesce a violência no município de Arapiraca. O Deputado Marques da Silva passa a denunciar da Tribuna da Legislativa Assembleia a morte do vereador e compadre Benício Alves e em fevereiro de 1957 foi trucidado em praça pública. Todavia, apesar do clima de violência que imperava em Arapiraca, o prefeito João Lúcio da Silva elegeu o vereador “Lucinho” para Deputado estadual em 1958 e em 1960, após o assassinato de Hugo Lima, em fevereiro, em novembro João Lúcio elegeu seu sucessor Francisco Pereira Lima para prefeito na gestão 1961 a 1965. Em 1962 elegeu José Lúcio de Melo para Deputado Estadual.

Em 1966, João Lúcio da Silva passou a comandar os destinos de sua terra, para mais um mandato e elegeu novamente José Lúcio de Melo para Deputado Estadual em mais dois mandatos seguidos. Mais adiante, em 1974 elegeu seu filho Narciso Lúcio para deputado estadual. E para culminar a sua carreira política, em 1980, foi eleito suplente na chapa do senador Arnon de Melo que saiu vitorioso com a votação de João Lúcio no Agreste alagoano.

Com o falecimento do ex-governador Arnon de Mello, o carismático político João Lúcio da Silva, para orgulho de Arapiraca, assumiu o mandato de senador da República.

E finalmente, a sua vida de lutas chegou ao fim no dia 17 de julho de 1985, quando o povo de Arapiraca lhe prestou a sua última homenagem ao GRANDE LÍDER

 

Fonte: Livro “Arapiraca Através Do Tempo”,  (1999)
Autor: Zezito Guedes.

Pesquisa: Blog Arapiraca Legal.

 

A Educação Em Arapiraca Entre As Décadas De 1940 e 1970


 A Educação em Arapiraca entre as décadas de 1940 e 1970, sob a orientação do Professor Pedro de França Reis.

Uma análise do Ensino Tradicional e rigoroso que contribuiu como avanço na formação da sociedade arapiraquense.

Simone Barbosa Santos

EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E PRÁTICAS EDUCATIVAS.

RESUMO:

Este trabalho discute a prática pedagógica desenvolvida pelo professor Pedro de França Reis em Arapiraca na década de 1940 quando foi criada a primeira escola privada dessa cidade, o Instituto São Luis. A intenção é compreender como um ensino de cunho tradicional deixou saldos positivos na construção daquela sociedade.

Essa discussão está sustentada nas concepções de teóricos que tratam do processo educacional no período investigado, a exemplo de Faoro (1975) e Verçosa (1999) além de outros estudiosos do tema. A história oral foi relevante além da analise de documentos, decretos e fichas de alunos. Dessa forma percebe-se que na década de 40 o ensino desenvolvido com forte disciplina foi responsável pela formação de bons profissionais em Arapiraca.

INTRODUÇÃO

O professor Pedro de França Reis deixou para a sociedade arapiraquense, um grande legado, pois nesta cidade ele viveu mais de quarenta anos prestando um grande serviço na educação e formação de muitos jovens, que, como profissionais elogiam as práticas desenvolvidas por aquele professor. Arapiraca é considerada a segunda maior cidade do estado de Alagoas, pelo seu crescimento populacional motivado pela economia baseada na cultura fumageira segundo a tradição.

Seu povoamento começou por volta de 1848, quando Manoel André foi em busca de terras no agreste alagoano, com o objetivo de desenvolver o plantio da mandioca a pedido de seu sogro, Amaro da Silva Valente, ex soldado português. A mandioca era indispensável naquela época, pois a farinha era alimento de agrado da população brasileira. Conta a tradição, que em sua caminhada Manoel André parou para descansar na sombra de uma árvore chamada “arapiraca” perto de um riacho, conhecido como o Riacho Seco.

A primeira casa a ser construída foi a de Manoel André, era uma casa de taipa. Depois seus parentes vieram contribuir nos trabalhos com a mão de obra para o plantio da mandioca que tinha alto custo ampliando o numero de casas e moradores. Ainda segundo a tradição, Amaro da Silva Valente morreu em 1875 e seus herdeiros que residiam em Cacimbinhas buscaram suas heranças acerca do povoado Arapiraca.A união matrimonial entre parentes aumentou a população, numa verdadeira relação familiar.

Dessa forma constitui-se em Arapiraca, uma sociedade assentada no patriarcalismo, consoante com a sociedade brasileira, que àquela altura se desenvolvia numa perspectiva neopatrimonial tendo em vista que a herança patrimonial ibérica ultrapassa os primórdios coloniais, permeia os períodos, imperial e republicano, atingindo os dias atuais, com especial relevo para Alagoas. (cf. FAORO, 2000; VERÇOSA, 2001) Enquanto as famílias iam se multiplicando, a concentração de terras também ampliava-se gerando a riqueza de poucos que sentiam-se no direito de cuidar dos menos favorecidos.

Professor Pedro de França Reis

Bibliografia do Professor Pedro de França Reis

O professor Pedro de França Reis perpetuou-se como um dos maiores educadores em Arapiraca e no estado de Alagoas. Nascido em Igreja Nova e educado em Penedo, acumulou muito conhecimento e sabedoria, procurando expandir essa experiência através da prática de ensino. Foi um professor honesto, hábil e corajoso, segundo depoentes que conviveram com o referido professor e contribuíram com a elaboração desse trabalho.

Enfrentou muitos desafios, principalmente em relação à perseguição política, por que não era de ficar calado quando se sentia incomodado, como esclarece Guedes (1999).

Era filho de Luis de França Reis e de Marceonila de França Reis; nasceu em 31 de janeiro de 1907 na cidade de Triunfo atual Igreja Nova. Pertencente à uma família humilde de ferreiros, não pode atender os anseios de seus pais, ser padre, devido às condições financeiras, porem teve uma boa formação moral e cristã; aos 10 anos de idade concluiu o curso primário numa escola estadual, depois estudou por mais um ano, particular, com o professor Rosendo Borges. Para ampliar ainda mais seus conhecimentos mudou-se com a família para Penedo. Lá, Pedro Reis conquistou a amizade do Cônego Dr. Teotônio Ribeiro e Silva que possibilitou sua matricula no colégio Jacomo Calheiros dirigido pelo professor Tertuliano Filho.

Terminou seus estudos na Escola Normal em Maceió, passando a lecionar aos 15 anos, no curso primário na cidade de Penedo. Ainda nessa cidade lecionou no Grupo Escolar Gabino Besouro criada em 1931. Passou por diversas cidades, do alto ao baixo São Francisco. Destacou-se por sua dedicação e desempenho.

Em Delmiro Gouveia foi nomeado delegado regional de ensino estadual em 1937; voltando a Penedo assumiu grande responsabilidade na delegacia da educação estadual. Mas, as delegacias logo foram extintas, então o professor foi transferido para o Grupo escolar Pedro Francisco Correia em Santana do Ipanema; após três meses transferiu-se para o Grupo Escolar Bráulio Cavalcante da cidade de Pão de Açúcar. Por ser destaque entre os professores da época no estado de Alagoas, Pedro de França Reis foi solicitado pelo prefeito da cidade de Porto Real do Colégio José Vieira Dantas para assumir a direção do novo Grupo Escolar Santa Bulhões, pedido aceito pelo então governador do estado Osman Loureiro em 1940. Por discordâncias políticas em 1942 o professor Pedro Reis foi novamente transferido, desta vez para um Grupo Escolar em Piaçabuçu.  No ano seguinte em 1943 recebeu mais um convite importante; o diretor de educação do estado, a Cônego Medeiros Neto convidou-o a dirigir o grupo escolar da cidade de Traipu. Neste mesmo ano é removido para Arapiraca pelo então diretor da educação do estado, para dirigir o primeiro Grupo Escolar Adriano Jorge, mas não chegou a assumir o cargo, porque o então governador, Ismar de Góis Monteiro não concordou. Isso explica as retaliações políticas existentes em Alagoas, discutidas por Verçosa (1999). Em reportagem ao jornal Gazeta de Alagoas (1999) o professor Manoel Oliveira Barbosa falou que Pedro Reis não admitia ingerência política dentro das unidades de ensino em que trabalhava. Essa é a explicação para tantas transferências.

Em 1950 Pedro Reis foi aposentado pelo estado, passando a se dedicar dessa forma apenas ao Educandário Instituto São Luis. Morreu aos 68 anos no dia 2 de abril de 1975, depois de muito sofrimento causado por cegueira e uma trombose. Durante 35 anos prestou serviços a comunidade arapiraquense, que durante muito tempo, retardou seu processo educacional. Escolaridade em Arapiraca Em entrevista para elaboração desse trabalho, o professor Zezito Guedes afirma que a escolaridade em Arapiraca começou por volta de 1880 com professores leigos, a exemplo do professor Antônio Raimundo, que era chamado de professor “pé de pau” porque ele era leigo, mesmo assim ensinava o português, o que significa escrever uma carta e lê outra, e matemática, o conhecimento das quatro operações: somar, diminuir, multiplicar e dividir.

Não tinha curso regular, não existia primeiro segundo nem terceiro ano. Outras professoras leigas que se destacaram, foram: Antônia Macedo e sua irmã Chiquinha Macedo que seguiam orientações de seu irmão, o padre Macedo, para desenvolverem sua prática pedagógica. Segundo Farias (2007) com o progresso econômico que se desencadeou em Arapiraca com a expansão da cultura fumageira, essa sociedade passou a se envolver num processo capaz de inseri-la numa dinâmica educativa escolar que atendesse aos seus interesses. A década de 40 representa para esse município um grande avanço tanto no campo econômico como educacional.  A cultura fumageira atraiu um grande contingente populacional oriundo de todo o nordeste, transformando Arapiraca em pólo de desenvolvimento econômico.

Nessa época o professor Pedro Reis passou a ministrar aulas particulares, traçando novos rumos para a escolarização da população de Arapiraca; conseguiu mobiliário e formou a primeira turma com 24 alunos matriculando-os em nome do Educandário São Luis. Como consta nos registros desse colégio, essa Instituição de ensino foi criada no dia 1º de março de 1943, cujo nome homenageava seu pai Luis de França Reis e também ao protetor dos Professores, São Luis. Oficialmente, o Educandário São Luis foi registrado em 1945 no Departamento Estadual de Educação. Como era professor do estado, Pedro Reis não pode assumir a direção da Escola, colocando Manoel de Oliveira Barbosa que foi seu aluno no grupo escolar Adriano Jorge no curso primário, já que este não tinha vinculo com serviço público.

Apenas com dezesseis anos, era um aluno aplicado, recebeu do então Secretario de Educação do Estado, Medeiros Neto um certificado de posse, de n 157, através do Decreto 2.225 de Dezembro de 1936, registrado na folha 84 do livro n 01, conforme informações prestadas pelo professor Manoel Barbosa à autora desse trabalho. Apesar de o Professor Manoel Barbosa assumir oficialmente a direção do Instituto, o Professor Pedro Reis era o administrador de fato, porque era ele que cuidava do funcionamento da escola, contando com o apoio do professor Manoel. De início, o Instituto não tinha local próprio, funcionava em um salão na Rua do Comércio na Praça Marques da Silva, depois passou a funcionar na própria casa do Professor Pedro Reis, na Rua Estudante José de Oliveira Leite; só após dez anos foi construído um prédio próprio para o Instituto também na Rua Estudante graças ao desempenho da sociedade arapiraquense no apoio a esses dois grandes educadores. A nova instalação foi inaugurada em 5 de julho de 1953.

Na inauguração foram distribuídas lembrancinhas em modelos de folder, constando além da foto do novo prédio do instituto São Luis a letra do hino da instituição criada pelo seu Diretor, além dos nomes da equipe diretiva. Em conversa informal com Valdemar Macedo, percebe-se que estiveram presentes à inauguração, figuras ilustres da sociedade como o Dr. Marques da Silva, que chegou a discursar, elogiando o Professor Pedro Reis pela iniciativa e também por ter criado uma escola longe da cidade, num lugar reservado sem barulho “sossegado”. Isto significa que Arapiraca, apesar de autônoma continuava, na década de 1950, com o perfil de um povoado! Pedro Reis, que apesar de não ter nascido nesta cidade se considerava arapiraquense de coração, chegou a receber um diploma de cidadão arapiraquense do presidente da câmara municipal de Arapiraca Antônio Ventura de Oliveira.

Além da sua experiência em alfabetizar, foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento educacional em Arapiraca; tinha apreço pela arte, musica e poesia, foi o autor da letra do Hino Municipal de Arapiraca que teve sua oficialização depois de uma votação unânime da câmara de vereadores da cidade; fez também o Hino do ASA ( Agremiação Esportiva de Arapiraca) imortalizando o “pendão alvinegro”, fundada em 1959. A “casa da cultura” nesta cidade, leva seu nome devido a uma votação na câmara de vereadores onde a escolha foi feita como homenagem a esse inesquecível educador. Sua presença e instalação do Instituto São Luis de Arapiraca vieram acelerar a escolarização formal dos cidadãos; suas ações influenciaram vários setores administrativos da cidade, deixando um grande legado para a sociedade arapiraquense. Criado em 1943 o Instituto São Luis foi oficializado em registro dois anos depois.

A primeira turma de alunos foi formada com 13 meninos e 11 meninas destacados em fotografia; dessa forma as demais turmas que precederam na instituição, seguiam um sistema de ensino misto. Analisando os sobrenomes nas fichas de matriculas daquela escola, percebese que famílias inteiras frequentavam o Instituto São Luis, entre duas a três gerações. Isso demonstra que o ensino ali desenvolvido era bem aceito. (A prática pedagógica daquela escola, era consoante com a educação dominante no país de cunho tradicional, no que pesem os movimentos de modernização pedagógica que, desde fins do século XIX já despontavam aqui e ali;  por todo o país. No Instituto São Luis o aluno deveria aprender por práticas rigorosas, por meio de castigos físicos, em que a palmatória era o instrumento mais usado para impor a disciplina, quando necessário, também à aprendizagem. Para muitos pais, o Instituto fazia milagres com seus critérios ). (FARIAS, 2007, p.83).

Os métodos utilizados no processo de ensino no Instituto tiveram efeitos positivos, pois os alunos com a oportunidade de ali estar para aprender tiveram um educação incontestável em aprendizagens de um modo geral como educação moral, religiosa e formal. O professor e historiador, Valdemar de Oliveira Macedo conta em entrevista semi estruturada que o uso da palmatória era de conhecimento dos pais, que sentiam orgulho por ter seu filho estudando no Instituo São Luis. Geralmente os alunos castigados, eram aqueles indisciplinados. O professor explica ainda que o Pedro Reis, diretor do Instituto São Luis era muito compreensivo com relação às condições financeiras dos arapiraquenses que só tinham acesso a um volume maior de capital na época da colheita de fumo, entre outubro e dezembro. A esses, era permitido que só fizessem o pagamento anual. A prática pedagógica desenvolvida pelos professores dessa Instituição, não era imposta pelo professor Pedro de França Reis, mas sim, o consenso entre esses profissionais como pose-se perceber: Havia um bom relacionamento entre os professores e alunos, um sistema disciplinar ótimo, com isso concorrendo para escola ter o seu conceito de referencia nacional, preparando os jovens para o meio social. O processo de punição existia sim, mas para o aluno excessivamente indisciplinado. A relação do Professor Pedro Reis e Manoel Barbosa para com os outros professores sempre foi de total coerência com um trabalho combinado. (ENTREVISTA / OLIVEIRA-julho/2010).

O uso da Palmatória e as punições, com castigos físicos eram utilizados, mas como forma de impor respeito, como declara o ex-professor do Instituto: ( Eu, Ademar Pereira tenho o prazer de ter sido professor e educador do famoso Instituto São Luis por 33 anos, hoje encontro com ex-alunos em vários lugares e eles me recebem sempre com muito carinho. Foi um trabalho sempre recompensador, tanto na época como professor quanto agora.) (ENTREVISTA / PEREIRA, julho-2010). Os professores José de Oliveira e Ademar Pereira citaram vários nomes de ex-alunos daquela escola e que hoje são pessoas ilustres da sociedade e exercem profissões muito importantes como os médicos Dr. Welington Palmeira, Dr. Fernando Lins, Dr.Nelson Brandão, Dr. Genisvaldo Pereira, Dr. Geraldo Vital, Dra. Vilma Marques, Dr. Adailton Leão, Dr. João Santana Sobrinho, o ex-prefeito de Lagoa da Canoa e médico Dr. Lauro Farias. Os dentistas Diogo Cesar e João Nascimento. O desembargador Tutimés e os advogados Mauricio Fernandes e José Pereira Neto, o deputado Gilvan Barros, o secretario de educação do estado, Dr. Rogério além destes tantos outros que exercem cargos muitos importantes.

Todos eles lembram o nome do Pedro Reis com muito orgulho, contam os entrevistados acima citados.  Complementando essas formulações, a professora Maria Lucia, filha do professor Manuel Barbosa que são inúmeros os ex alunos do Instituto São Luis que desenvolvem atividades importantes no Brasil inteiro. Apesar da prática tradicional com castigos físicos como a palmatória, o rigor na disciplina gerou efeitos positivos como se pode perceber nos depoimentos de ex-alunos, como o de Sineide Maria Valentino de Moura, que colaborou com seus relatos, na elaboração desse trabalho. ( Estudei o maternal, a alfabetização, ao 4º ano. Ao chegar à escola no sábado ultimo dia de aula da semana, a primeira coisa que se fazia era hastear a bandeira e cantar o Hino Nacional. Eu era “danada”, mas quando ia para sala do Diretor morria de medo, quando chegava em casa que a minha mãe via as mãos vermelhas, sabia que era da palmatória e eu levava mais castigos.). A entrevistada deixa claro que foi a melhor forma para que ela aprendesse o suficiente para que hoje conviva com as complexidades que os avanços tem promovido.

Existia nesse período um verdadeiro antagonismo entre os alunos do Adriano Jorge e do Instituto São Luis, sendo os últimos considerados elite por poderem pagar pelo ensino. No entanto, as escolas tinham muita coisa em comum: o fardamento era exigido em ambas que zelavam também pela seleção de professores; as escolas eram mistas, recebendo alunos com idades variadas entre 7 e 18 anos de idade. A organização dessas Instituições de Ensino destacava-se também nos desfiles estudantis.

Desfile de 7 de setembro década 1970

Conta Zezito Guedes, um historiador arapiraquense que também contribuiu com a construção desse texto que o primeiro desfile de Arapiraca, foi organizado pelo Professor Pedro de França Reis que em 1945 já havia conseguido uma pequena banda marcial para essa escola. Esse desfile emocionou a população de Arapiraca e atraiu alunos de regiões vizinhas. Para atender aos moradores dessas regiões, o professor Pedro de França Reis criou o internato. Os alunos que vinham de outras cidades ficavam residindo na casa do Professor, ocupando as mesmas instalações. Os alunos internos ficavam dependendo do seu aproveitamento para poder ir para casa da família no final de semana. ( A maior parte dos alunos ficava internos, pois assim estudaria mais, ou, seja, os dois horários, os pais que deixavam seus filhos no sistema de internato pagavam um acréscimo sobre a mensalidade normal. Grande parte dos alunos que ali frequentaram obtiveram boa formação e se destacaram como excelentes profissionais.  (ENTREVISTA / OLIVEIRA-julho-2010).

O entrevistado, conta ainda que um aluno, depois de concluir seus estudos (o primário) no Instituto foi para o Rio de Janeiro para complementar sua formação; lá se destacou em suas avaliações de modo que os diretores do Instituto São Luis receberam uma carta de elogios pelos trabalhos desenvolvidos na instituição. A disciplina envolvia alunos e profissões; não era permitido adiantamento de aulas nem ausência de professores.  O professor Pedro Reis buscava desenvolver uma formação moral e religiosa entre seus alunos, pois esse era vocacionado para o ministério religioso, mas não logrou seu intento, por razões particulares. Este pensava em atender a sociedade arapiraquense de todas as formas possíveis; como muitos jovens precisavam trabalhar muito cedo e não tinham como estudar durante o dia, para estes o Instituto São Luis passou a oferecer curso noturno. Dessa forma o trabalhador podia pagar seus estudos e inserir-se no processo de escolarização.

Foi criado ainda o curso de Datilografia, que contribuiu com a formação de alunos que pretendiam submeter-se a exames para concursos. Percebe-se dessa forma que essa Instituição não teve só a prática repressora, com castigos e punições; premiava com medalhas (ouro, prata e bronze) os alunos que conseguiam notas boas e colocava-se num quadro de honra a foto daqueles que se destacavam. O trabalho burocrático era realizado com muita precisão as fichas de matriculas eram preenchidas com os dados pessoais como nome e profissões dos pais, sendo para as meninas fichas de cor rosa e para os meninos fichas azuis.

Os certificados de final de ano eram entregues aos alunos, na presença dos pais e de autoridades locais em clima de festas. Era uma forma de estimular os alunos. Em 1975 com a morte do Professor Pedro Reis a escola ficou sob responsabilidade do professor Manoel Barbosa que em 1990, sem condições de manter essa Instituição resolveu fechar, em função da oscilação financeira do Brasil que dificultou financeiramente a administração da escola, cedendo o prédio a um grupo de professores da cidade.  O Instituto São Luis chegou a fazer cerca de mil matriculas por ano. Atualmente o professor Manoel Oliveira Barbosa encontra-se impossibilitado de dar qualquer depoimento devido a problemas de saúde, sua filha auxilia no resgate à história do Instituto e Professor Pedro Reis através de documentos que estão aos seus cuidados.

Hoje o Colégio Rosa Mística, funciona no antigo prédio do instituto, e mantém um memorial do Instituto São Luis. CONSIDERAÇÕES FINAIS Não foi fácil penetrar nas particularidades vivenciadas pelo Instituto são Luis. Ao contrario do que se percebe em relação às escolas públicas municipais de Arapiraca na década de 1950, que tiveram alguns documentos queimados pela transferência dos arquivos para um novo prédio. Segundo as informações obtidas, os registros do Instituto São Luis prevalecem intactos, no entanto, não são de fácil acesso. Percebe-se nessa investigação que o professor Pedro de França Reis destacou-se por ter contribuído com a formação dessa sociedade. Chegando a essa cidade com o intuito de dirigir o Grupo Escolar Adriano Jorge, termina criando a primeira escola privada, que com o ensino pré-primário e primário, estimulou muitos alunos a ultrapassarem as barreiras do exame de admissão e cursarem o ginásio. Este foi um grande educador, mas não era só esse o seu papel político, pois contribuiu muito nas discussões políticas em prol do crescimento da cidade.

A análise de registros, boletins e atas de final de ano, evidencia o desenvolvimento de uma prática pedagógica disciplinada e rigorosa, que contribuiu positivamente com a formação de cidadãos capazes de se inserir no mundo da complexidade e das transformações.

REFERÊNCIAS:

FARIAS, Maria Aparecida de. O Romper do silencio: a trajetória da educação escolar em Arapiraca (AL), do seu povoamento até a década de 1950 / Maria Aparecida de Farias. Dissertação de Mestrado – Maceió, 2007. 119 f. FAORO, R. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro (v. 1 e2) Porto Alegre: Globo: São Paulo. EDUSP, 1975 GUEDES, Zezito. Arapiraca através do tempo. Maceió. Gráfica Montergraphy, 1999. MACEDO, Valdemar de Oliveira. Raízes e Frutos de Arapiraca. Maceió: Ed. gazeta de Alagoas, 1992. TENÓRIO, Douglas Apratto In Cabanos: Revista de História / Fundação Universidade de Alagoas- Ano 1, vol.1 n.1(jan/jun.2006).- Arapiraca: FUNESA: Maceió: EDUFAL, 2006. VERÇOSA, Elcio de Gusmão. et alli. Caminhos da Educação em Alagoas da Colônia aos dias atuais / Elcio de Gusmão Verçosa. Maceió: edições Catavento, 2001.

Fonte:  http://www.educonufs.com.br/

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Edição: Gilvan Juvino

UFAL / Campus Arapiraca


Histórico
O Campus Arapiraca foi criado em 16 de setembro de 2006, aprovado pela Resolução nº 20/2005 de 01 de agosto de 2005 do Conselho Universitário da Universidade Federal de Alagoas, como primeira etapa do seu processo de interiorização.

Situado no Agreste alagoano, este campus tem sua sede na cidade de Arapiraca, a segunda maior cidade do Estado, de onde exerce sua influência imediata sobre toda a porção central do Estado de Alagoas, assim como sobre o Baixo São Francisco e seu delta, no Litoral Sul do Estado. São 37 municípios diretamente envolvidos, contando com uma população de mais de 880.131 habitantes (IBGE, 2000), correspondente a cerca de 31,18 % da população do Estado (2.822.621 habitantes em 2000). Aí estão concentradas 70.354 matrículas ensino médio (INEP, 2003).
O Campus apresenta estrutura inovadora, ao estender-se de sua sede, em Arapiraca, para os seus Pólos em Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa. A presença da UFAL no interior alagoano veio possibilitar o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade, de uma enorme parcela de estudantes pobres, com baixa ou mesmo nula capacidade de deslocamento ou transferência para Maceió.

Cursos do Campus Arapiraca

Dezenove cursos estão sendo oferecidos no Campus Arapiraca, admitindo-se 890 alunos/ano e 4.140 alunos distribuídos entre os cursos de Administração, Administração Pública, Agronomia, Arquitetura, Biologia, Ciência da Computação, Educação Física, Enfermagem, Física, Letras, Pedagogia, Matemática, Química e Zootecnia.

Reuni

A adesão da UFAL ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais deverá representar, a médio e longo prazo, as condições concretas para o grande salto qualitativo global que tem constituído a aspiração de todos que acreditam que a educação superior tem um papel decisivo e fundamental na transformação dos indivíduos e da sociedade. Em 2012, a UFAL certamente terá atingido os indicadores previstos nesse documento: crescimento quantitativo mínimo de 20% nas matrículas da graduação e na pós-graduação; maior produtividade do processo pedagógico, com taxa de conclusão aproximando-se cada vez mais da meta estabelecida, tudo isso, associado à melhor qualidade científica do trabalho docente e ao indispensável suporte tecnológico de uma geração de servidores qualificados e capacitados. A Universidade contará ainda com currículos mais flexíveis, interdisciplinares, atualizados, abertos à universalidade do conhecimento, produzindo não somente profissionais, porém indivíduos críticos e cidadãos intelectual e socialmente qualificados.
O Campus de Arapiraca é fruto do processo de Expansão das Universidades Federais Brasileiras desenvolvido pelo Governo Federal durante a gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Teve sua implantação na gestão da profa. Ana Dayse Rezende Dorea em setembro do ano de 2006.

É composto pela sede do Campus (Arapiraca) e mais três Unidades Educacionais de Ensino (Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa). Possui 19 cursos distribuídos na Sede e nas suas Unidades, entre cursos de bacharelado e licenciatura. São eles:

Na Sede Arapiraca:

Administração
Administração Pública
Agronomia
Arquitetura
Biologia Licenciatura
Ciências da Computação
Educação Física Licenciatura
Enfermagem
Física Licenciatura
Letras Licenciatura
Matemática Licenciatura
Pedagogia Licenciatura
Química Licenciatura
Zootecnia

Além disso, apresenta um Projeto Curricular inovador com a ideia de Troncos: Inicial (1º Período), Intermediário (2º Período) e Específico (a partir do 3º Período).

Atualmente, tem como Diretor Geral Prof. Dr. Márcio Aurélio Lins dos Santos e Diretora Acadêmica Profa. Dra. Eliane Aparecida Holanda Cavalcanti.
Equipe
Direção Geral
Márcio Aurélio Lins dos Santos

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Alagoas (2000), Mestre em Agronomia – área de concentração em Irrigação e Drenagem pela Universidade Federal do Ceará (2002) e Doutor em Agronomia – área de concentração em Irrigação e Drenagem pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP (2005). Tem experiência na área de Engenharia Agronômica, com ênfase em Irrigação e Drenagem, atuando principalmente nos seguintes temas: Irrigação e Drenagem, Fertirrigação, Programação Linear Aplicada a Irrigação, Análise de Decisão Aplicada a Irrigação, Uso da Vinhaça pelos Microorganismo do Solo, Irrigação em Cana-de-Açúcar "Aspersão (Convencional, Autopropelido, Pivô-central), Gotejamento". Coeficiente de Cultura (Kc) da Cana-de-Açúcar. Gestão dos Recursos Hídricos. Captação de Água e Alternativas de Irrigação Não-Convencionais voltada a Agricultura Familiar.

Direção Acadêmica
Eliane Aparecida Holanda Cavalcanti

Possui graduação em BACHARELADO EM CIENCIAS BIOLOGICAS pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2001) , mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal de Pernambuco (2002) e doutorado em Oceanografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2008) . Atualmente é Professor Adjunto 1 da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Zoologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Série temporal, Biodiversidade, Macrozooplâncton.

Secretaria Executiva do Conselho do Campus Arapiraca

Maria Amélia Álvares de Azevedo Freitas, Secretária Executiva

Secretaria Executiva da Direção Geral
Deywid Wagner de Melo, Secretário Executivo

Possui Graduação em Letras pela Fundação Universidade Estadual de Alagoas (2005), atual Uneal (Universidade Estadual de Alagoas). Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Alagoas (2008). Doutorando em Linguística do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística – PPGLL/FALE/UFAL. Especialista em Gestão e Desenvolvimento Universitário (UFAL/2009). Secretário Executivo desta Universidade/ Campus de Arapiraca e Professor de Língua Portuguesa da Rede Estadual de Ensino de Alagoas.

Secretaria Executiva da Direção Acadêmica
Everaldo Bezerra de Albuquerque, Secretário Executivo

Licenciado em Letras, com habilitação em Português/Inglês pela Fundação Universidade Estadual de Alagoas (2004) e Especialização em Gestão Escolar (2006). Atualmente é secretário executivo da Universidade Federal de Alagoas-Campus de Arapiraca e professor de Teoria da Literatura em Letras-Português. Tem experiência na área de Educação e sua Gestão, com ênfase em Ensino de Língua Inglesa e sua Literatura.

Secretaria dos Cursos de Graduação
Marcius Antônio de Oliveira , Técnico em Assuntos Educacionais

Graduado em Letras pela Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, com especialização em Gestão Escolar pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Atualmente é técnico em assuntos educacionais, na UFAL, Campus Arapiraca.

Coordenação de Registro e Controle Acadêmico – CRCA
Aldiane Tenório de Almeida Silva , Técnica em Assuntos Educacionais

Biblioteca
Nestor Antônio Alves Júnior , Bibliotecário

Núcleo de Tecnologia da Informação – NTI
Rômulo Nunes de Oliveira , Professor Assistente.

Possui graduação em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Alagoas (2003) e mestrado em Informática pela Universidade Federal de Campina Grande (2006). Atualmente é docente efetivo da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência em algumas áreas da Ciência da Computação, especialmente em “Modelos Computacionais Cognitivos”, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino-educação, informática na educação, tecnologia da informação e Inteligência Artificial.

Coordenadoria em Infraestrutura do Campus Arapiraca
José Alves do Santos Júnior , Administrador

Coordenadoria de Cursos de Graduação (Ensino)
Mônica Vanderlei dos Santos Bezerra, Pedagoga

Possui graduação em PEDAGOGIA pela Universidade Estadual de Alagoas (2007). É especialista em Gestão Escolar. Foi Gerente de Graduação da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL (2008-2010). Atualmente é Pedagoga da Universidade Federal de Alagoas – UFAL, membro da Comissão Técnica Acadêmica do Campus de Arapiraca – UFAL, e membro da Comissão de Autoavaliação do Campus de Arapiraca – UFAL.

Coordenadoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Edmilson Santos Silva, Professor Adjunto

Possui graduação em Engenharia Agronomica pela Universidade Federal da Bahia (2000), mestrado e doutorado em Entomologia pela Universidade de São Paulo (2003, 2007 respectivamente) e atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitossanidade, atuando principalmente nas seguintes áreas: Acarologia (Taxonomia, levantamento de espécies, biologia, controle biológico e químico); Nematologia (Taxonomia e levantamento de espécies); Zoologia geral e Entomologia geral.

Coordenadoria de Extensão e Cultura
Rafael Denes Arruda, Professor Assistente

Professor Assistente da Universidade Federal de Alagoas desde 2008, junto ao Curso de Bacharelado em Turismo. É mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (qualificação, formação profissional, mercado de trabalho e turismo). Tem especialização pela Scuola Internazionale di Scienze Turistiche de Roma (2001-bolsista OMT). Possui curso de graduação em Turismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000)

Coordenadoria de Apoio Estudantil

Maria Ester Ferreira da Silva, Professora Adjunta

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Alagoas (1985), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2004) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2010). Atualmente é professora assistente da Universidade Federal de Alagoas, lotada no Campus Arapiraca-Unidade Academica de Palmeira dos Índios. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em geo-história, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia, história, geografia, nordeste, povos indígenas e quilombolas, território, memória, demarcação de terras,semiárido, desterritorialização, e desenvolvimento rural

Coordenadoria de Planejamento e Avaliação
Thiago Barros Correia da Silva, Professor Adjunto

Possui graduação em Farmácia pelo Centro de Ensino Superior de Maceió – CESMAC (1999), e em Química Licenciatura pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL (2002) mestrado em Química e Biotecnologia pela Universidade Federal de Alagoas (2002), doutorado em Química e Biotecnologia pela Universidade Federal de Alagoas (2006) além de curso de especialização em Farmacologia Clínica pelo Instituto brasileiro de Pós-graduação e Extensão (2009). Atualmente é professor Adjunto II da Universidade Federal de Alagoas. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química, atuando principalmente nos seguintes temas: atividade larvicida, atividade antioxidante, carapaticida.

Coordenadoria de Recursos Humanos
Ângela Maria Aquino de Oliveira, Assistente em Administração

Coordenadoria do Plano Diretor (COPD)
Thaisa Francis Cesar Sampaio Sarmento

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas (2002) e mestrado em Dinâmica do Espaço Habitado pela Universidade Federal de Alagoas (2005). Atualmente é professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFAL Campus Arapiraca, onde leciona as disciplinas de Desenho Técnico, Expressão Gráfica, Detalhes Arquitetônicos e Construtivos e Projeto de Arquitetura. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Tecnologia e Projeto de Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto de arquitetura, acessibilidade, tecnologias construtivas e desenvolvimento sustentável.

Telefones

SETOR

RESPONSÁVEL

TELEFONE

E-MAIL

Direção Geral

Prof Márcio Aurélio Lins dos SantosDiretor Geral

3482-1836

direcaogeral-ufalara@

hotmail.com

Direção Acadêmica

Profa. Eliane Aparecida de Holanda Cavalcanti – Diretora Acadêmica

3482-1802

sec.da.campus@

gmail.com

Secretaria Executiva

(Direção Geral)

Deywid Wagner de Melo – Secretário Executivo

3482-1804

s.executiva-ufalara@

hotmail.com

Secretaria do

Conselhodo Campus

Maria Amélia Álvares de Freitas – Secretária Executiva

3482-1803

conselhoufal.arapiraca@

gmail.com

Setor/Assessoria

de Pessoal

Ângela Maria de Aquino – Assistente de Administração

3482-1803

pessoal-ufalara@

hotmail..com

Coordenação de

Registro e

Controle Acadêmico –

CRCA

Aldianne Tenório de Almeida Silva – Técnica em Assuntos Educacionais

3482-1800

3482-1801

crca.ufal@y

ahoo.com

Administração

de Patrimônio

Raniere Costa de Souza – Administrador

3482-1832

suprimentosarapiraca.

ufal@gmail.com

Almoxarifado

e Compras

Cleide Vasconcelos Dantas – Assistente de Administração

3482-1832

suprimentosarapiraca.

ufal@gmail.com

Administração:

Transportes/

Contratos/Bolsas

José Alves dos Santos Junior – Administrador

3482-1805

ufal.admarapiraca@

gmail.com

Biblioteca

Nestor Antônio Junior – Bibliotecário

3482-1837

Núcleo de

Tecnologia

da Informação –

NTI

Prof. Rômulo Nunes de Oliveira – Coordenador

3482-1838

nti@arapiraca.ufal.br

Secretaria

de Cursos

Marcius Antonio de Oliveira – Técnico em Assuntos Educacionais

3482-1833

Coordenação de Administração

Profa. Ana Paula Lima Marques Fernandes

3482-1808

coordadm@arapiraca.

ufal.br

Coordenação de Administração Pública

Profa. Grace Kelly Marques Rodrigues – Coordenadora

3482-1808

Coordenação de Agronomia

Prof. Allan Cunha Barros – Coordenador

3482-1831

Coordenação de Arquitetura

Prof. Ricardo Vitcor Rodrigues Barbosa – Coordenador

3482-1830

Coordenação

de Biologia

Prof. Tiago Gomes de Andrade – Coordenador

3482-1831

coordbio-lic@arapiraca.

ufal.br

Coordenação

de Ciência da

Computação

Prof. Marcelo Costa Oliveira – Coordenador

3482-1829

coordcomp@arapiraca.

ufal.br

Coordenação

de Educação Física

Profa. Vannina de Oliveira Assis – Coordenadora

3482-1806

coordedfl@arapiraca.

ufal.br

Coordenação de Enfermagem

Profa. Cintia Bastos Ferreira – Coordenadora

3482-1808

coordenf@arapiraca.

ufal.br

Coordenação

de Física

Prof. Emerson Lima – Coordenador

3482-1807

coordfis-lic@arapiraca.

ufal.br

Coordenação

de Letras e

Pedagogia

Profa. Tereza Cristina Cavalcanti de Albuquerque – Coordenadora

3482-1830

Coordenação de Matemática

Prof. Jose da Silva Bastos – Coordenador

3482-1807

coordmat-lic@arapiraca.

ufal.br

Coordenação

de Química

Prof. Wander Gustavo Botero – Coordenador

3482-1806

coordqui-lic@arapiraca.

ufal.br

Coordenação

do Tronco Inicial

Prof. Marconi Tabosa de Andrade – Coordenador

3482-1830

Coordenação

de Zootecnia

Prof. Tobias

3482-1829

 

 

ARAPIRACA GANHA CURSO DE MEDICINA Por Davi Salsa ( Repórter )

O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, anunciou dia 6 deste mês de junho, a inclusão de Alagoas no Plano de Expansão de Cursos de Nível Superior, com a oferta de mais 80 vagas para o curso de Medicina na UFAL (Universidade Federal de Alagoas). Serão 20 vagas para Maceió/AL e, como novidade, a oferta de 60 vagas para o Campus de Arapiraca/AL.

O anúncio foi comemorado pela sociedade do Agreste e de todo interior de Alagoas, bem como pelo prefeito Luciano Barbosa (PMDB), que, destacou o empenho da ex-reitora Ana Dayse Dórea; do senador Renan Calheiros (PMDB) e da deputada federal Célia Rocha (PTB), juntamente com toda a bancada federal de Alagoas em Brasília/DF, além do presidente do CRM/AL (Conselho Regional de Medicina/Alagoas), Emanuel Fortes.

A implantação do curso de Medicina em Arapiraca é um antigo sonho que era acalentado há várias décadas pelos diversos segmentos da sociedade local.

No ano de 2009, durante solenidade de ampliação do Campus de Arapiraca, o prefeito Luciano Barbnosa aproveitou o momento para entregar um ofício, na época, á reitora Ana Dayse, solicitando estudos para implatanção do curso de Medicina. O senador Renan Calheiros estava presente e confirmou empenho para viabilizar o projeto em Brasília/DF, mais precisamente no Ministério da Educação.

Desde sua implatanção, no ano de 2006, o Campus da UFAL (Universidaade Federal de Alagoas), em Arapiraca, vem passando por um processo de ampliação, facilitando o acesso de centenas de jovens agrestinos ao ensino superior. Atualmente, o Campus oferece 11 cursos para cerca de 3.500 alunos de várias regiões do interior do Estado.

[ Fonte: Revista “Visão Alagoas”, junho de 2012 ]

Fonte: Universidade Federal de Alagoas

Campus Arapiraca

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Progresso/Arapiraca (S.)


Síntese Do progresso

A)  Progresso Econômico:

A partir de 1918 com o aprimoramento do plantio de fumo como gerador de riqueza, os proprietários acostumados a Agricultura criaram uma Cooperativa que foi presidida pelo  Sr. Manoel Lúcio Correia.  Espontaneamente foi feita uma verdadeira reforma agrária, aqueles que possuíam terra mais que o necessário vendia uma parte para o amigo que ainda  não possuía, e continuavam trabalhando juntos. Os que ainda não podiam comprar terra se associavam aos proprietários e trabalhavam como meeiros no plantio do fumo até adquirirem terra própria, assim havia união, alegria, lucros e felicidade.  As vendas do fumo em corda para os Estados vizinhos davam condições de além do dinheiro apurado, arrastar para Arapiraca estrumo de gado e de bodes para fortificar os terrenos e continuar produzindo melhores produtos.

A arte de cavar cacimba introduzida pelo Sr. Feliciano Nobre, foi muito oportuna para produzir mais fontes de água e dá lucros aos seus mestres.  Surgiu a ideia de fabricação de carroças de burro que foi oportuna como meio de transportar os produtos do plantio a colheita gerando lucros para os fabricantes  e para os carroceiros, e assim em Arapiraca não faltava nem trabalho, nem trabalhadores.

Durante os anos de 1918 até 1951, não havia nenhum tipo de empréstimo bancário para os agricultores, tudo era conforme o bom entendimento local.  Em 1951 Arapiraca teve sua primeira agência bancária do Banco da Lavoura de Minas Gerais para favorecer o Comércio e a partir de 1952 o Banco do Brasil com agência em Penedo/AL começou os primeiros empréstimos aos fumicultores, criando uma nova sistemática no setor entre patrões e meeiros.   Para favorecer o comércio do fumo em folha os irmãos Manoel Lúcio da Silva e o Vereador José Lúcio de Melo, criaram uma fábrica de charutos em 1948 que serviu para propagar a boa qualidade do fumo de Arapiraca.

B)  Progresso No Setor Religioso:

Na parte religiosa o bom gosto pelas festas da Padroeira, os casamentos e os batizados, foi sempre uma motivação de fazer progresso em Arapiraca. A igrejinha  construída por Manoel André em 1864 foi sempre bem zelada e em 1912 foi ampliada com a participação de todos para embelezar a festa de ordenação do Padre Francisco Xavier de Macedo com sua primeira Missa no dia 18/12/1912, em Arapiraca com grande festa.

Por uma promessa  foi construída em ação de graças a capela de São Sebastião sendo todos os anos celebrada a festa do seu Padroeiro. Em 1936 já com o Padre Epitácio Rodrigues, Vigário da Paróquia do Limoeiro e Arapiraca foi reconstruída a capela de Nossa Senhora do Bom Conselho deixando-a nas condições de ser Matriz, e em 18/08/1944 com o Padre Epitácio Rodrigues e Dom Fernando Gomes, Arapiraca passou a ser sede paroquial tendo por Padroeira Nossa Senhora do Bom Conselho, ficando como Pároco o mesmo Padre Epitácio Rodrigues que permaneceu como seu administrador até o ano de 1979 quando renunciou e ficou sempre celebrando na paróquia de Limoeiro e Arapiraca.

Durante o período do Monsenhor Epitácio o progresso era tão evidente que a paróquia foi mãe de três outras paróquias:  Paróquia de Craibas, de Cacimbas e a paróquia de São José em Arapiraca. E para completar o bom gosto dos arapiraquenses com a administração do Cônego Hidelbrando Mendes Costa e do Monsenhor José Soares foi erguida a nossa Concatedral de Nossa Senhora do Bom Conselho dando a nossa Cidade um testemunho de fé e de progresso. Os movimentos de Igrejas, tanto Católicos como de outras denominações realizam atividades harmoniosas que merecem respeito e elogios, justificando assim que o progresso religioso em Arapiraca é uma realidade.

C) Progresso Cultural e Educacional:

 Nos setores da Educação e da Cultura, além dos professores natos do início, tivemos as pequenas Escolas Municipais instruindo crianças e jovens na cidade e no interior do Município.

Em 1939, Arapiraca ganhou a primeira Escola Estadual com a construção e funcionamento do Grupo Escolar Adriano Jorge.  Em 1943 por iniciativa do Professor Pedro de França Reis e com o apoio do Sr. José Bernadino dos Santos foi criado o Instituto São Luis que funcionou até 1990 como uma das melhores escolas na formação da nossa juventude.

Em 1951 por iniciativa do Prefeito Dr.  Coaracy da Mata Fonseca, foi criado o Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho cujos frutos foram e continuam sendo uma glória para a comunidade arapiraquense.  Em  1956 foi criado com as Irmãs Franciscanas o Educandário São Francisco de Assis com formação fundamental e normal.  Em  1965 foi criado o Colégio Estadual Professor Quintela Cavalcanti trazendo para jovens e adultos novas oportunidades no campo cultural e educacional.

Em 1971, na gestão do Prefeito Dr. João Batista Ferreira da Silva foi criada por meio da Fundação Educacional do Agreste Alagoano a primeira Escola Superior com a Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca.  Em 1980 a juventude arapiraquense ganhou do Estado o seu sonhado Ginásio de Esportes para assim unir a Educação a sua Cultura e melhor projetar Arapiraca entre as Cidades desenvolvidas.  A rede Escolar Municipal também evoluiu e atingiu o nível de Formação Secundária e Normal.  Podemos afirmar que o progresso Educacional e Cultural em Arapiraca é uma realidade.

D) Progresso Urbanístico de Arapiraca:

 A partir de sua emancipação municipal (30/10/1924), todos os Prefeitos procuram realizar ações que marcassem em obras públicas, principalmente no alinhamento das ruas em projetos.  A  partir de 1943 com o Prefeito Manoel Leal foram iniciados o trabalho de calçamento de ruas, em 1946 o Prefeito João Ribeiro Lima construiu a nova Prefeitura Municipal e o novo cemitério. Em 1948/1951, o Prefeito Luis Pereira Lima Iniciou a preparação de praças, melhoramento de ruas e calçamento, os demais Prefeitos deram continuação a esses trabalhos fazendo de Arapiraca uma Cidade limpa e bonita. As construções de prédios escolares se ampliaram a partir do Prefeito  João Lúcio da Silva (1956), essa foi  sequenciada  por todos os demais Prefeitos de modo que todas as comunidades tem seus prédios escolares.

O trabalho de higienização da lagoa central (atual Parque Ceci Cunha) , foi uma tarefa iniciada pelo o Prefeito Dr. João Batista Pereira da Silva, sequenciada pelo Prefeito João do Nascimento, sendo aterrada e construído o canal na gestão do Prefeito Severino Leão Barbosa. Para  evitar a formação de favelas o Prefeito Severino Leão empenhou-se no melhoramento dos bairros pobres da periferia fazendo canalização e calçamentos para embelezar o centro da Cidade construiu o calçadão do Largo Dom Fernando Gomes (1985).  O Prefeito José Alexandre dos Santos iniciou suas obras construindo o parque das crianças e aumentando o número de praças da Cidade. Em tudo é notável o progresso urbanístico de Arapiraca.

E) População de Arapiraca  1925/1991:

Ano  Habitantes
1925                                                                       15.000
1930                                                                       20.000
1940                                                                       25.514
1950                                                                       37.713
1960                                                                       56.872
1970                                                                       94.430
1980                                                                    136.418
1991                                                                    165.346

Fonte: livro “Frutos e Raízes  de Arapiraca” (1992)

Autor: Professor  Valdemar Oliveira de Macedo

Pesquisa: Blog Arapiraca Legal

Digitado  por:  Gilvan Juvino

E-mail: http://www.gggalfa@hotmail.com

AA (Alcoólicos Anônimos)/AL


Alcoólicos Anônimos de Alagoas

Alcoólicos Anônimos Completa 29 Anos em Arapiraca (AL)
Por Cláudio Roberto ( 09/03/2012 )

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), O alcoolismo é uma doença considerada incurável e com terminação fatal, mata mais do que o câncer e outras enfermidades. No mundo, a Irmandade de Alcoólicos Anônimos completa, em junho, 77 anos de existência. Em Arapiraca/AL, todos os anos, o Escritório de Serviços Locais em Arapiraca, realiza no Grupo Coragem, na Rua Tiradentes, 361, Bairro Baixão, uma reunião de esclarecimento ao público.

O AA foi fundado em 1935, pelo corretor da bolsa de valores de Nova York, Bil e pelo médico de Ohio, Bob.

Estes grupos autônomos que surgiram inicialmente nos Estados Unidos da América tiveram a sua raiz quando em 1935 um corrector da bolsa de Nova Iorque e um cirurgião de Ohio com um grave problema de alcoolismo decidiram criar uma comunidade de entreajuda para apoiar os que sofrem deste problema e para se manterem eles próprios sóbrios.

Eventualmente os AA difundiram-se por todo o globo. Sem carácter religioso, embora tenha incorporado muitos princípios de diversas religiões, a comunidade recebe pessoas de todas as doutrinas. Sobrevive financeiramente através dos seus próprios membros que contribuem espontaneamente, não aceitando financiamento proveniente de fora da própria Irmandade.

Em todo o mundo, milhões de famílias hoje vivem felizes ao encontrarem uma Sala de AA. “Antes, a minha mãe não podia nem pensar em fazer uma festa de aniversário em minha casa, porque sabia que eu iria chegar bêbado e armar o maior barraco”, disse um membro de alcoólicos anônimos, preservando o seu anonimato.

Em Arapiraca, a irmandade que tem 29 anos de existência, é composta como em todo o mundo, por homens e mulheres, compartilham entre si suas experiências vividas durante o tempo em que bebiam.

Segundo os coordenadores do Escritório de Serviços Locais, que fica localizado no Largo Dom Fernando Gomes, Centro de Arapiraca, vários grupos são espalhados por Arapiraca, onde seus membros realizam seus encontros, sempre às segundas, quartas, sábados e domingos pela manhã. Em alguns grupos, como o Grupo Coragem, localizado na Rua Tiradentes, no Baixão, suas reuniões são realizadas às segundas, quartas e sábados, às 19h30.

Fonte: Texto e pesquisa – Cláudio Roberto.

[ Fonte:   http://www.96fmarapiraca.com.br/noticias/editoria/arapiraca/alcoolicos-anonimos-completa-29-anos-em-arapiraca/7628  ]

ALCOOLISMO
Por Professor Gilvan Custódio de França

O uso do álcool remota de épocas memorais. Há milênios, a humanidade descobriu seu efeito liberador, euforizante e dionisíaco. Já nas tribos primitivas, o álcool participava das festas é até das seitas religiosas. O próprio Cristianismo utilizava o vinho como símbolo do sangue de Cristo.

Pode-se dizer que não há comemoração humana, pública ou privada que, de alguma forma, a bebida não participe. Até aí muito bem. As coisas do alcoolismo são misteriosas. O alcoolismo compromete homens e mulheres, brancos, negros, amarelos, ricos e pobres.

Atinge indiscriminadamente pessoas de todos os tipos físicos e de todo tipo de temperamento. Gordos, magros, altos, baixos, pessoas bem-sucedidas e malsucedidas, tímidos e extrovertidos, gulosos, personalidades alegres ou tristes, ativas ou preguiçosas, angustiadas ou tranquilas. Todas estão sujeitas à dependência do álcool.

O álcool é a droga preferida de 70% dos brasileiros, e a droga de maior prevalência na vida de 53,2%. Já é utilizada por 52% de crianças de 9 a 12 anos, e 32% destes já usaram em doses elevadas até a completa embriaguez. É responsável por mais de 95% das internações hospitalares provocadas por drogas em 68% dos adolescentes. Está diretamente relacionada a 76% dos acidentes de trânsito com vítimas fatais e está inserida em mais de 60% dos homicídios e em 80% das violências sexuais com crianças e agressão, mutilação a mulheres nos seus lares entres outras mazelas.

É uma droga que gera tonturas, vômitos, comprometimentos das funções mentais e reflexos retardados, falha incompreensível, redução do controle cerebral, superestimação das passibilidades e, entre outras coisas, causa danos graves ao fígado, ao aparelho digestivo e cardiovascular e eleva a polineurite, a síndrome fetal pelo álcool e ao coma alcoólico. Além do desenvolvimento dos limites de tolerância. A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que na realidade cerca de 13% de quem bebe se tornarão alcoólatras.

Como Saber se Alguém é Alcoólico?
Ainda hoje é uma das dúvidas mais frequentes do público em geral. AA* é uma irmandade leiga e não está qualificada para responder tecnicamente a essa pergunta, porém como portadores do alcoolismo encaramos os fatos referentes a esta doença. Em particular, tivermos que dar respostas honestas e perguntas realísticas sobre nosso modo de beber e seus efeitos sabemos por experiência própria.

Quem responde (SIM) a quatro ou mais perguntas, indica clara a tendência para o alcoolismo.

01. Já tentou para de beber por uma semana, ou mais sem conseguir atingir o objetivo? ( ) sim ou ( ) não
02. Ressente-se com os conselhos de outros que tentam faze-lo(a) para de beber? sim ( ) ou não ( )
03. Já tentou controlar a tendência de ingerir uma bebida alcoólica por outra? sim ( ) ou não ( )
04. Tomou alguma droga pela manhã nos últimos doze meses? Sim ( ) ou não ( )
05. Inveja pessoas que podem beber sem criar problemas? Sim ( ) ou não ( )
06. Seu problema de bebida vem se tornando cada vez mais sério nos últimos doze meses? Sim ( ) ou não ( )
07. A bebida já criou problemas no seu lar? sim ( ) ou não ( )
08. Nas reuniões sociais, onde as bebidas são limitadas, você tenta conseguir doses extras? Sim ( ) ou não ( )
09. Apesar de provar o contrário, você continua afirmando que bebe quando quer e para quando quer? Sim ( ) ou não ( )
10. Já experimentou alguma vez “apagamento” durante uma bebedeira? Sim ( ) ou não ( )
11. Faltou ao serviço durante os últimos doze meses por causa da bebida? Sim ( ) ou não ( )
12. Já pensou alguma vez que poderia aproveitar muito mais a vida se não bebesse? sim( ) ou não( ).

*Observação: AA (Alcoólicos Anônimos) é uma irmandade de homens e mulheres que compartilha suas experiências, forças e esperança, a fim de resolver seu problema comum e ajudar outras pessoas a se recuperarem do alcoolismo. Seu único requisito para tornar-se membro, é o desejo de parar de beber.

AA não está ligada a nenhuma seita ou religião, nenhum movimento politico, nenhuma organização ou instituição; não deseja entrar em qualquer controvérsia, não apoia nem combate quaisquer coisas. Nosso propósito primordial é mantermos sóbrios e ajudar outros alcoólicos a alcançarem a sobriedade.

Você poderá encontrar o AA em qualquer um dos endereços, telefones e E-mails listados abaixo:

Escritório de Serviço Locais de Alagoas
Rua do Livramento,104 -2 anda-sala 201, Centro, CEP: 57020-030
Maceió/AL
Caixa Postal 50
Telefone: 82-3221-2611
E-mail: maceio@hotmail.com.

Escritório de Serviço Locais do Agreste e Sertão de Alagoas
Praça Marques da Silva, 56 – sala 201, centro, CEP:57300-330
Arapiraca/AL
Telefone: (82) 4102-0325
E-mail: asl.agreste@hotmail.com.

Fontes Bibliográficas:
* Alcoolismo- Eduardo Mascarenhas
* Vivência- Revista Brasileira de Alcoolismo Anônimo
* Jornal Extra- AL – Heloísa Helena.

Texto: Professor Gilvan Custódio de França

[ Fonte: revista “Visão – Alagoas”, junho de 2012 ]

[ Editado por Pedro Jorge ]

Centro Nise Da Silveira (CAPS II)


Fundado no dia 23 de setembro de 1998, o CAPS de Arapiraca oferece atendimento a pessoas portadoras de transtornos mentais, reduzindo e evitando internações psiquiátricas, por meio de acompanhamento interdisciplinar e da articulação com recursos sociais, culturais e a participação da família e da comunidade.

De acordo com a diretora do órgão, Edleuza Leandro, o Caps conta com o apoio de médicos, incluindo psicólogos, psiquiatras, além de nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais.

O Centro de Apoio Psicossocial também possui uma ampla rede de apoio social, com a realização de oficinas terapêuticas, atividades recreativas, bem como ambulatório e farmácia.

Centro Nise Da Silveira
Av. Vicente Nunes de Albuquerque, 611
Bairro Catitus / Cep: 57.311-250
Telefone: (82) 3522-1051
E-mail: cpasnsilveira@oi.com.br
Tipo de Atenção Psicossocial (CPAS II)
Esfera Administrativa:  municipal.
Natureza da Organização: municipal.
Dependência: mantida.

Nível de Atenção:

Atividade:                                                                                                 Gestão:

Ambulatorial Atenção Básica                                                        Municipal
Ambulotarial Média Complexidade                                            Municipal
Ambulatorial Alta Complexidade                                                Municipal

Profissionais:

  • Alexandra Santos Cavalcante – Assistente Social
  • Ângela Maria da Silva – Aux. de emfermagem / aux de ambulatório
  • Auricelia Silvia Rios – Enfermeira
  • Brenda Laura C. Nogueira – Enfermeira
  • Carlos Antonio A. dos Santos – Tec. de enfermagem psiquiátrica
  • Cicera Oliveira Pereira – Aux. de emfermagem / aux de ambulatório
  • Edileuza Jacinto Lenadro – Gerente de Serv. de Saúde / adm. de ambulatório
  • Elisângela Mª. da Trindade – Tec. de enfermagem da estrategia de saúde familiar
  • Estelita Leobino de Holanda – Aux. de enfermagem / aux. de ambulatório
  • Fabiane Pereira G. Melo – Aux. de enfermagem / aux. de ambulatório
  • Francisca Antônia da Silva – Aux. de enfermagem / aux. de ambulatório
  • Giannini Santos Souto – Assistente social
  • Iara Florentino V. Melo – Enfermeira
  • Irenilda Gabriel de Macedo – Aux. de enfermagem / aux. de ambulatório
  • Jackline Ribeiro Gama – Psicologa Clínico – Acupunturista
  • Lineide Martins L. Padilha – Tec. de enfermagem psiquiátrica
  • Maria de Fátima G. Rocha – Médica Psicologa
  • Maria Helena P. Arruda – Psicologa Clínico – Acupunturista
  • Natália Rocha Teruel – Farmaceutico boticario / cosmetólogo
  • Neide de Fátima V. Cavalcante – Médica Psiquiatra
  • Patrícia Márcia C. Marques – Psicologa Clínico – Acupunturista
  • Patrícia Sarmento Cotrim – Farmacêutico boticario / cosmetólogo
  • Pedro da Cunha B. Filho – Farmacêutico boticario / cosmetólogo
  • Regia Maria Damasceno Silva – Tec. de enfermagem de estrategia de Saúde da família
  • Shirley Pereira Santos – Psicologa Clínico – Acupunturista
  • Tatiane Costa A. Santana – Aux. de enfermagem / aux. de ambulátorio / socorrista
  • Valfrido Leão de M. Neto – Médico Psiquiatra
  • Verônica da Fonseca Silva – Aux. de enfermagem / aux. de ambulatório
  • Washington Luis de O. Melo – Médico Clínico

Fonte: Secretaria de Atenção a Saúde (DATASUS)

http://cnes.datasus.gov.br

Letícia Barbosa


A ex-vereadora Letícia Barbosa é natural de Arapiraca/AL e nasceu no Sítio Mocó, zona rural do Município. É filha do agropecuarista Manoel Ricardo Barbosa e Maria Guilermina Barbosa, de cujo matrimônio nasceu uma numerosa prole assim constituída: Maria, Edite, Euclides, Jaime, Letícia, Noêmia, José, Narciso e Eurise.

O patriarca Manoel Ricardo Barbosa em 1936, mais conhecido por Nezinho, resolveu se transferir para o centro urbano e adquiriu um imóvel no Bairro Alto do Cruzeiro, onde passou a residir instalando também uma mercearia, que entregou aos filhos mais velhos, colocando os mais jovens na escola para estudar o curso primário.

Enquanto isso, o chefe da família continuou suas atividades agrícolas cultivando cereais, algodão, palma forrageira e cuidando do criatório de gado bovino nas propriedades que lhe pertenciam, vizinhas aos seus irmãos.

Mais adiante, o filho mais velho, casou e foi viver em São Paulo/SP, Nelclides se estabeleceu com o seu próprio negócio e Letícia também se instalou com uma casa comercial no ramo de secos e molhados, na Rua do Comércio (atual Praça Manoel André) logo prosperando com o empreendimento.

Acompanhando a política do Prefeito Luís Pereira Lima, líder do PSD, no ano de 1955 resolveu ingressar na política partidária, candidatando-se a vereadora e foi eleita com expressiva votação, tomando posse e fazendo oposição as lideranças da UDN, na gestão do Prefeito João Lúcio da Silva.

Vereadora atuante, Letícia Barbosa marcou época, participando do Poder Legislativo como a primeira mulher eleita para exercer o cargo de vereadora em Arapiraca na gestão 1958-1966.

Fonte:
Câmara Municipal de Arapiraca
Av. Rio Branco; 104
Telefone: (82) 3522-1672.
 
Site Oficial:
http://www.cma.al.gov.br/
 
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Benício Alves de Oliveira


          
 
 BIOGRAFIA
 
O Vereador Benício Alves de Oliveira, era natural do Sítio Nogueira, zona
rural do Município de Anadia/AL, onde nasceu no ano de 1916. Era o filho
primogênito do casal Antônio Alves de Oliveira e Maria Olímpio de Oliveira,
de cujo matrimônio nasceram: Benício, Experidião, Lourival, Egina, Josefa,
Maria José e José.
 
Jovem , inteligente e dotado de iniciativa, em 1936, Benício Alves pensando
em melhores dias, deixou sua terra natal aos vinte anos e se transferiu para
a Cidade de Palmeira dos Índios/AL, onde ingressou na Empresa Comércio e
Construção, empreiteira de Recife/PE, que prestava serviços na implantação da linha férrea ligando Maceió – Porto Real de Colégio/AL, na qual Benício Alves passou a atuar como apontador de obras.
 
Nesse mesmo ano ( 1936) casou-se em Palmeira dos Índios com a jovem
Aurelina Valões de Oliveira, que logo após faleceu deixando o filho Antônio.
Uma vez viúvo, Benício Alves continuou engajado na implantação da linha
de ferro, que seguindo o projeto avançava na direção do então Povoado Olho
D´`Agua do Acioli – atual cidade de Igaci/AL.
 
Em 1939, a Empresa Comércio e Construção tomava o rumo de Lagoa do
Rancho, para em seguida prosseguir na direção de Arapiraca. Nessa época
não havia tecnologia e as construções eram muito lentas, pois toda mão de
obra era braçal e só no início de 1940 é que Benício Alves chegaria em Lagoa
da Canoa/AL onde se instalou com seus pais e irmãos e adquiriu uma
mercearia, porém muito ligado a sua função de apontador de obras na
empreiteira cujo Diretor Administrativo era o alemão Dr.Gastão.
Em, 1942, casou-se pela segunda vez com a jovem Josefa Barbosa Bóia, mais
conhecida por Branca, filha de Manezinho Bruno, que faleceu e não deixou
filhos. Após ficar viúvo Benício Alves casou pela terceira e última vez com a
jovem Ilda Araújo de Oliveira de cujo casamento nasceram: Manoel,
Samoel, Benício, Cibele e Gláucia.Em 1950, Benício Alves passou a residir no Bairro  Cacimbas em
Arapiraca, onde se estabeleceu com armazém de cereais, mantendo outro
em Lagoa da Canoa cujo transporte fazia em seu próprio caminhão.

Em 1954,  filiado a UDN e correligionário do médico e candidato a deputado
estadual Dr. Marques da Silva, de quem era compadre, candidatou-se a
vereador e foi eleito em 1954 a 1958, sendo trucidado em novembro de 1956,
no Sítio Alexandre quando dirigia seu caminhão no trajeto Lagoa da Canoa –
Arapiraca. Era um político que primava pela lealdade, prestação de serviço,
um cidadão reconhecido também pela sua coragem, e que marcou época
como homem público.

Fonte: Câmara Municipal de Arapiraca
Site Oficial: www.cma.al.gov.br
 
Crimes e Processos Insolúveis em Alagoas (Sinopse)
[ 8 de julho de 2011 ]Cronologia dos Crimes
O Jornal EXTRA apresenta, a seguir, uma cronologia dos crimes que mais repercutiram na história de Alagoas, nos últimos 50 anos. Crimes de queima de arquivo, de vingança, de conotação política, de guerra de grupos, deixando um rastro de sangue e de impunidade, que tem sido a marca do Sindicato do Crime neste Estado: muitos deles, até hoje, sem a punição dos autores intelectuais, dos mandantes.

Vereador Benício Alves de Oliveira
Militante da UDN, em Arapiraca/AL, partido que já não mais estava no poder, por conta da derrota da oposição ferrenha no seu Município, batendo de frente com integrantes do PSP, partido do então Governador Muniz; candidato apoiado por Arnon de Mello, no final de seu Governo, o vereador Benício Alves teve que enfrentar o grupo de Muniz Falcão, que, em Arapiraca, era liderado pelo Deputado Claudeonor de Albuquerque Lima.O vereador, membro de uma família de Craibas dos Nunes, que pertencia a época a Arapiraca, foi morto numa emboscada, em 1956.

Fonte: Jornal EXTRA.

[ Fonte: http://www.oxentenews.com.br/2011/07/08/crimes-e-processos-insoluveis-em-alagoas/ ]

 
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Professor Lourenço de Almeida


                                                    

Prof. Lourenço de Almeida

 BIOGRAFIA – Lourenço de Almeida
 
Lourenço de Almeida foi autodidata (poeta, professor, prosador), alagoano, filho de Fausto Vieira de Almeida e Caetana Maria de Albuquerque, nasceu no Engenho Triunfo, distrito de Cajueiro – município de Capela em 8 de setembro de 1915, (em todos os seus documentos a data de nascimento é 3 de setembro de 1915).
 
Em virtude de fortes divergências familiares, entre os Almeidas e Albuquerques, em 1919, juntamente com seus pais, residiu na capital do estado por 4 anos, onde aprendeu as primeiras letras com sua mãe dona Caetana. Em 1923, regressou à Capela, matriculando-se numa escola isolada dirigida pela professora Francisca de Assis Maciel (“Dona Chiquinha”), ingressando no Grupo Escolar Torquato Cabral daquela cidade, no ano de 1924, no qual completou o curso primário no ano de 1929. No mês de dezembro daquele mesmo ano, empregou-se como “Almoxarife” da Usina Capricho, deixando o emprego em janeiro de 1930, por ser menor de idade, voltando a Capela, onde trabalhou de balconista em lojas e padarias.
 
No mês de março de 1931, deixou o trabalho para continuar os estudos no Colégio Paroquial, instalado pelo vigário do município de Capela, padre Joaquim de Oliveira e orientado pelo professor João Spindola, que faleceu precocemente em fins de 1931. Em meados de 1932, transferiu-se para a cidade de Quebrangulo, onde matriculou-se no Colégio Ateneu Quebrangulense, dirigido por seu cunhado, Manoel de Almeida. Durante seis meses, Lourenço de Almeida permaneceu em Quebrangulo, estudando e residindo na casa da irmã Maria José de Almeida, em fevereiro de 1933, regressou a Capela onde trabalhou na Prefeitura Municipal como auxiliar da Secretaria e Cobrador de Impostos, cargos que exerceu até abril de 1934.
 
Com o falecimento de seu pai em 04 de abril de 1934, e, estando sua mãe residindo na Cidade de Limoeiro de Anadia em companhia de sua irmã, Maria de Lourdes de Almeida desde 1932 e que era professora estadual, foi para aquela cidade, onde permaneceu até setembro do mesmo ano, retornando para a Cidade de Quebrangulo, com o intuito de continuar os estudos e ser Professor de Aritmética no Colégio Ateneu Quebrangulense. Em Quebrangulo, permaneceu até setembro de 1935, regressando à Capela, onde trabalhou até março de 1936, como balconista de um armazém de secos e molhados do Senhor José Augusto Zumba, indo desse mês em diante trabalhar na agricultura em companhia de seu cunhado Isaias Oliveira de Almeida, casado com sua irmã Margarita Palmeirinha de Almeida (“Nini”), abandonando essa atividade em 5 de setembro, face ao convite que lhe fizera seu ex-patrão José Augusto Zumba, para ser apontador da plantação de algodão da Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos, no município de Rio Largo. Nessa função, trabalhou até 10 de outubro de do mesmo ano, por haver sido convidado pelo prefeito de Limoeiro de Anadia, Pedro Ribeiro de Castro, para ocupar o cargo de Secretário-Tesoureiro da Prefeitura Municipal daquele município, interinamente, cuja nomeação se deu em 17 de outubro de 1936, através de Ato Administrativo assinado pelo prefeito Pedro Ribeiro da Costa, de acordo com a Letra X do artigo nº 51 da Lei nº 1.240 de 17 de dezembro de 1935, e, publicado na Secretaria da Prefeitura no mesmo dia, mês e ano da sua assinatura. Em 11 de janeiro de 1937, foi efetivado no cargo, ocupando-o por nove anos consecutivos.
 
Em novembro de 1940, casou-se com a jovem limoeirense Alvacy de Souza Vieira, filha de Antonio Vieira Nunes e Amália Francisca de Souza, uma das mais prendadas senhoritas do burgo seculiar. Em 07 de agosto de 1940, nasceu-lhe o primeiro filho, José Rosival de Almeida: em 27 de outubro de 1944, nasce José Roberval de Almeida, seu segundo rebento, na cidade de Capela deste Estado de Alagoas, e, em 2 de novembro de 1945, veio residir em Arapiraca/AL, a convite de seu cunhado Valdomiro Barbosa, casado com sua irmã, Maria de Lourdes de Almeida Barbosa, com a finalidade de trabalhar para o mesmo, na Força e Luz de Arapiraca Ltda, sociedade por quotas de responsabilidade limitada, distribuidora de energia elétrica, adquirindo na ocasião 70 (setenta) cotas-partes da referida sociedade.
 
Durante o período de nove anos, que exerceu o cargo de Secretário-Tesoureiro da Prefeitura Municipal de Limoeiro de Anadia, demonstrou ser um homem de visão, espírito empreendedor, administrador público impecável, urbanizador e profundo conhecedor das finanças públicas, defensor incansável da economia municipal em benefício do progresso e desenvolvimento do Município. Com total apoio dos prefeitos e dos munícipes, urbanizou a cidade com abertura de novas ruas, aumentou a receita municipal, enlargueceu as vias de comunicação do distrito-sede com os distritos de Coité do Nóia, Junqueiro e Cana Brava (atual Taquarana) e com os povoados de Cadoz, Boqueirão, Peri-Peri e Genipapo; aumentou o número de salas de aula do Município incentivando a educação; idealizou e construiu a ponte de madeira sobre o Rio Coruripe, possibilitando a intercomunicação da cidade de Limoeiro de Anadia com as cidades das zonas do Agreste e do Sertão, apoiou integralmente a instalação da Força de Luz de Limoeiro de Anadia, iniciativa do jovem empresário Valdomiro Barbosa em 1938; ampliou o cemitério municipal, reformou a prefeitura municipal e a câmara de vereadores. A sua decisão de residir em Arapiraca muito foi sentida pelos limoeirenses, quando tiveram conhecimento de seu pedido de demissão do cargo de Secretário-Tesoureiro do Município, nos seguintes termos:“ Ilmº. Sr. Prefeito Municipal de Limoeiro de Anadia
Lourenço de Almeida, brasileiro, casado, funcionário público municipal, não desejando continuar no cargo que ocupa nesta Prefeitura, vem mui respeitosamente solicitar a V. S. se digne em lhe conceder demissão do referido cargo.
Nestes termos espera demissão.

Limoeiro de Anadia, 17 de abril de 1946.

Ass. Lourenço de Almeida”.

Lourenço de Almeida foi, quando secretário-tesoureiro da Prefeitura Municipal de Limoeiro de Anadia, acima de tudo, um batalhador incansável pelo bem –estar dos munícipes, não poupou esforços, para tornar Limoeiro em termo eleitoral, face da distância e dificuldade de transporte para a sede da respectiva Comarca, Anadia. Foram anos de lutas e viagens a Maceió, para conseguir tornar realidade o seu intento, até que em 21 de julho de 1946, o Tribunal Regional de Justiça Eleitoral, através da Resolução nº 42, assinada pelos juízes Barreto Cardoso, M. Xavier Acioli, Artur Jucá, Osório Calheiros Gato e Antonio Guedes de Miranda, nomeou o cidadão Lourenço de Almeida, preparador do termo de Limoeiro de Anadia, da 4ª Zona Eleitoral, a qual foi entregue, ao Juiz de Direito Victor M. D. Botelho, da Comarca de Limoeiro de Anadia em 2 de agosto de 1945.

Homem íntegro em suas convicções políticas, tinha em Getulio Vargas a Esperança do Brasil, e apoiava todas as decisões políticas, administrativas e econômico-financeiras tomadas pelo Ditador, e, a prova disso, é quando foi criada a COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL, com um capital de Cr$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de cruzeiros), dividido em 1.250.000 ações nominativas preferenciais com prioridade de dividendos de 6%, de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) cada uma, sem direito a voto, e 1.250.000 ações nominativas ordinárias de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) cada uma, foi o primeiro interiorano de Alagoas a adquirir uma ação da referida Companhia, de número 0389524, conforme Cautela nº 17.320, datada de 31 de janeiro de 1944, bem como, acreditando nas idéias do Presidente Juscelino Kubstchek de Oliveira, adquiriu 10 ações da PETROBRÁS (Petróleo Brasileiro), em nome de sua esposa Alvacy de Souza Almeida, inscrita no Livro de Acionistas preferências sob o nº p-1.181, conforme Cautelas nºs 1219 –05 (cinco) ações preferências de nºs 44811 a 44815, no valor de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros)cada uma, datada de 26 de março de 1958, e, 5.943 – 5 (cinco) ações preferências de nºs 185010 a 185014, também no valor de Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros)cada uma, datada de 23 de setembro de 1958.

Fixando residência em Arapiraca, em 1945, nos meados de novembro, no Alto do Cruzeiro, depois na Rua XV de Novembro, no principio de 1946, em uma casa vizinha a chapelaria do Velho Chico Chapeleiro, defronte a casa do Cornélio e finalmente na Rua Nova, depois Praça Gabino Besouro e atual Marques da Silva, em finais de 1946 na casa que hoje pertence ao professor Manoel Bernardino de Oliveira, onde fundou o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) em Arapiraca, do qual foi o seu primeiro Presidente, ingressando dessa forma na política arapiraquense e dando total apoio ao cunhado Valdomiro Barbosa, candidato a Prefeito de Arapiraca, na Segunda-República, tendo como pilastra a união UDM/PTB, contra o candidato do PSD (Partido Social Democrático), Luiz Pereira Lima. Em uma das maiores e mais ferrenhas das campanhas eleitorais de Arapiraca, as urnas sufragaram o nome de Luiz Pereira Lima, prefeito de Arapiraca, derrotando Valdomiro Barbosa, pela diferença de 42 votos.

Na cidade de Capela deste Estado de Alagoas, em 21 de setembro de 1946, nasce o seu terceiro filho, José Roberto de Almeida. Após a campanha eleitoral, Lourenço de Almeida, restringiu-se a gerenciar e a cuidar da contabilidade de Força e Luz de Arapiraca Ltda e do Armazém Geral de propriedade da empresa mercantil Pedro Barbosa & Filhos, que se localizava na Praça Manoel André, 21, com o nome de “Armazém Brasil”, e, também começou a escrever os seus primeiros versos sem métrica e suas poesias, dentre as quais destacam-se em companhia de alguns, dos muitos de seus amigos, como João Ribeiro Lima, Antônio Lino Bereguedé, Domingos Lúcio e Valdomiro Barbosa, quando ouviram a voz de prisão dada por um sargento que comandava um pequeno destacamento do policiamento local, resistiram, e após uma breve troca de tiros, renderam-se e foram presos, exceto Valdomiro Barbosa que conseguiu evadir-se pelo fundos. Todos foram postos em liberdade dois dias depois, por ordem do então governador do estado, doutor Silvestre Péricles de Góes Monteiro, retirando-se em vista disso para a cidade de São Paulo, onde permaneceu até fevereiro de 1951, regressando a Arapiraca, continuou a trabalhar para Valdomiro Barbosa, nas firmas Força e Luz de Arapiraca Ltda e Pedro Barbosa & Filhos, conforme Registro de Empregados, nº de ordem 1, como auxiliar de escritório, com um salário de Cr$ 2.000,00(dois mil cruzeiros) mensais, para trabalhar das 7 ás 17:05h com um intervalo de duas horas diárias e uma carga horária semanal de 48h, tendo como beneficiários Alvacy de Souza Almeida e os filhos José Rosival de Almeida, José Roberval de Almeida, José Roberto de Almeida e Jaçuamin Robson de Souza Almeida, este último nascido a 30 de abril de 1954.

Por insistência dos amigos, em 1954, voltou a interessar-se pela política, candidatando-se a Vereador, pela coligação UDN/PTB, sendo eleito primeiro suplente. Mais uma vez, em 1957, por novas incidências políticas foi preso, passando 13 meses, 3 dias, 4 horas e 15 minutos na Penitenciária deste estado, acusado por crimes que não cometera e nem praticara direta ou indiretamente, sendo declarado inocente de todas as acusações que lhes eram impostas, e posto em liberdade no dia 13 de maio de 1958, pelo Colendo Tribunal de Justiça de Alagoas, em sessão presidida pelo Emérito Doutor Desembargador Osório Gatto, funcionaram no feito, como relator o Exmº Sr. Dr. Desembargador Moura Castro e como Advogado o Bacharel Antonio de Góis Monteiro. Ainda se encontrava preso quando nasceu o seu quinto e último filho Jazon Romilson de Souza Almeida no dia 28 de novembro de 1957.

Voltando à vida livre por decisão unânime da Justiça Alagoana, assumiu o cargo que lhe cabia na Câmara deste Município, por morte do ilustre vereador Benício Alves de Oliveira, continuando dessa forma na política candidatou-se no mesmo ano a Vereador pela coligação PTB/PSP, sendo eleito com elevado número de votos. Como em 31 de outubro de 1955, havia comprado uma parte de terras com 214 hectares pertencentes a Ursulino Antônio de Oliveira e Maria Glória da Conceição, assentes no Povoado Pé Leve, denominado “Santa Cruz do Limoeiro”, cujo título de compra e venda passado em nome de sua esposa Alvacy de Souza Almeida, no cartório de registro de imóveis de Município de Limoeiro de Anadia, Estado de Alagoas,transcrito às folhas 76/77 do livro 39 sob número 2.556, pelo valor de Cr$ 20.000,00(vinte mil cruzeiros), resolveu, em junho de 1959, residir no povoado da Lagoa do Pé Leve, do município de Limoeiro de Anadia, voltando a Arapiraca no ano de 1962, para se candidatar a Vereador pelo PSP, sendo eleito primeiro suplente do Partido. Durante a sua permanência no povoado Lagoa do Pé Leve, dedicou-se exclusivamente à agricultura e á agro-indústria da mandioca e da agave, e, adotou como legítima, a criança Rosileide de Souza Almeida e assumiu a tutela judiciária da menina Rosineide Maria da Silva, aquela nascida em 31 de dezembro de 1959, e esta em 24 de maio de 1958.

Dado a crise fumageira nesta região em 1963, juntamente com vários amigos, encetou a campanha pelo Cooperativismo, sob a orientação do sr, Francisco de Assis Gonçalves, então Diretor do Departamento de Assistência ao Cooperativismo, fundado em 15 de dezembro do mesmo ano a Cooperativa Agro-Pecuária e Industrial de Arapiraca Ltda (CAPIAL), sendo eleito seu primeiro Presidente, cargo que exerceu por democrática vontade dos associados durante 13 anos consecutivos. Em 1965, a convite do dr. José Moacir Teófilo, passou a dar aulas práticas de Contabilidade as três serie que compõem o Curso Técnico de Contabilidade, exercendo a função de professor de contabilidade e orientador contábil dos técnicos em contabilidade de Arapiraca e de cidades circunvizinhas até a morte, sendo, em vida, considerado como o mais completo Contador do Nordeste, dando inclusive conferencias sobre Contabilidade no Auditório da Universidade Federal do Recife. Em 1966, torna-se a candidatar-se a Vereador, sendo eleito com significante maioria de votos, graças à cooperação dos amigos e dos jovens estudantes arapiraquenses.

Lourenço de Almeida, de 1956 a 1962, dedicou-se a escrever crônicas literárias, que eram lidas por ele próprio, através do Serviço de Alto-Falante de Arapiraca, de propriedade do pioneiro em radiofonia em Arapiraca, José de Sá. Centenas de crônicas literárias foram levadas ao ar sob o titulo de “CRÔNICA DA NOITE”, duas das quais se destacaram entre muitas pelo tema que abordaram, de uma sensibilidade impecável, amizade sincera, respeito dos grandes líderes e de visão futurística.

Barbosa da Silva, Pedro Barbosa Júnior e Valdomiro Barbosa, este, seu maior acionista, com 50% (cinqüenta por cento) do capital social integralizado e sócio-controlador, Lourenço de Almeida, participava apenas com 400 (quatrocentas) ações nominativas; no exercício do cargo de vereador de Arapiraca, apresentou a Câmara Municipal mais de 450 (quatrocentos e cinqüenta) requerimentos entre Indicações, justificativas, solicitações, Protestos de Lei, além de reformular a Lei Orgânica do Município tornado-a mais moderna e atuante, e organizou o Regimento Interno da Câmara Municipal; instalou e organizou as Prefeituras Municipais de Lagoa da Canoa e Craíbas, quando de suas emancipações políticas, a pedido do então Deputado Estadual José Pereira Lúcio (“Lucinho”); aos jovens, dedicou um especial carinho educando-os e instruindo-os dentro dos preceitos de honra, moral e dignidade; como Secretário de Finanças do Município de Arapiraca, cargo que ocupou na Administração curta, porém, modernizada e dinâmica de Higino Vital da Silva, incentivou a instalação de pequenas agroindústrias fumageiras e a criação de pequenas empresas de transportes urbanos. O muito seria pouco para descrever a figura versátil por demais do Professor Lourenço de Almeida e, os arapiraquenses, por sua vez, retribuíam tudo o que recebiam de Lourenço de Almeida com carinho, respeito, cuidados e gratidão.

A Câmara Júnior de Arapiraca, em 13 de janeiro de 1973, filiada à Câmara Júnior do Brasil e Júnior Chamber Internacional, concedia ao Professor Lourenço de Almeida o Título de PROFESOR DO ANO DE 1972, por sua eficiência e dedicação comprovada; em 25 de maio de 1973, foi com Padre Oscar Gonzalez Quevedo, para participar integralmente do Centro Latino-Americano de Parapsicologia de São Paulo; em 23 de janeiro de 1974, pela sua participação ativa na formação da Biblioteca da Faculdade de Filosofia de Arapiraca, o Diploma de Honra; pela sua participação atuante no Clube de Mães de Arapiraca, recebe em 19 de novembro de 1977, das mãos da Presidente do Clube Maria Aparecida da Silva, o Diploma de Honra ao Mérito, entre inúmeras outras honrarias, como “A SALA PROFESSOR LOURENÇO DE ALMEIDA”, no Grupo Hugo José Camelo Lima.

Lourenço de Almeida, morreu aos 62 anos, moço ainda, mas foram longos os seus dias. Bebedor sadio; bebia todos os dias, porém, não bebia o dia todo; tabagista consciente e inveterado; baixa estatura e constituição fraca; boêmio, que preferia as noites para o seu entrosamento com os jovens pelos bares da vida, filosofando e orientando; frequentador assíduo do Cine Trianon, que inclusive possuía cadeira cativa, e, na noite do dia 06 de dezembro de 1977, assistindo a um filme no Cine Trianon, foi vítima de uma trombose cerebral, chegando a desmaiar, imediatamente levado com cuidado, carinho e respeito pelos amigos que interromperam a projeção para socorrê-lo, à Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, sendo prontamente socorrido pela equipe médica de alto porte comandada pelo Dr. José Fernandes. No dia 07 de dezembro chega a Arapiraca vindo do Recife acompanhado de um neurologista, o Dr. José Roberto de Almeida, terceiro filho de Lourenço de Almeida e médico gastroenterologista, achou por bem levá-lo para a cidade de Recife/PE onde teria melhores e mais modernos tratamentos; Internado no Hospital da Clínicas, Lourenço de Almeida é submetido a uma série de exames e medicado, ficando internado até o dia 15 de dezembro quando recebeu alta.

Regressando a Arapiraca, com uma paralesia parcial no lado esquerdo submeteu-se a uma fisioterapia caseira. Porém, a radiografia do tórax em PA e Perfil revelou um processo enfizematose em instalação e a imagem cardio-áortica dentro do limite da normalidade. Sem um tratamento adequado para a enfizematose em instalação revelada pela radiografia tirada no dia 8 de dezembro, em Recife, devido à debilidade física e outras causas secundárias, o problema agravou-se de maneira brutal, de tal forma, que em 6 de janeiro de 1978, o Professor Lourenço de Almeida foi levado às pressas para a Casa de Saúde e Maternidade Afra Barbosa, do Dr. Djacy Correia Barbosa, com surtos, problemas respiratórios. Com o passar dos dias os problemas respiratórios foram se agravando cada vez mais, até que em, 30 de janeiro de 1978, ao cair da tarde entre amigos e familiares, ao canto do Hino “DEUS DE PAZ E DE AMOR”, falecia em meus braços o homem que em vida atendia pelo nome de LOURENÇO DE ALMEIDA, MEU PAI.

Fonte:
Câmara Municipal de Arapiraca.
Site Oficial:
www.cma.al,gov.br
 
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