My Midi Valentine

 


Nome do duo: My Midi Valentine
Componentes: Marcos Cajueiro ( guitarra, violão, baixo, sintetizadores )
e Tales Maia ( baixo, teclado, programações e bateria eletrônica )
Gêneros: Eletrônica, Experimental e Pop
Local: Arapiraca/AL
Selo de Gravação: Popfuzz Records
Tipo de Selo: Indie.
POPFUZZ ( 31 de março de 2010 )
Lançamento Popfuzz: My MIDI Valentine – My MIDI EP ( 2010 )

Escutar o duo de Arapiraca/AL My Midi Valentine pode levar o ouvinte
às tardes infinitas na frente dos super nintendos, mega drives e master
systems da vida. Com os primos e amigos, cheios de besteira pra
comer e fascínio pelos jogos. Nada mais aconselhável, para quem viveu
esse tempo e gosta de nostalgia, do que (imagine se puder) ouvir
músicas como aquelas, que muitas vezes podiam passar despercebidas
mas que todos sabiam de cor. Só que agora num formato Pop, com
canções construídas, letras inocentes e tudo da forma mais orgânica
possível.

Composto por Marcos Cajueiro (guitarra, violão, baixo, sintetizadores) e
Tales Maia (baixo, teclado, programações e bateria eletrônica), os
multi-instrumentistas apresentam ao público seu novo registro – My
MIDI Ep – com cinco músicas, lançado pelo selo e coletivo alagoano
Popfuzz.

A apresentação é digna de trilha de jogos como F-Zero, Top Gear e
Super Mario Bross. Instrumental e de nome ilegível, “çkrmçsahrm” nos
remete claramente a uma das propostas da banda: a construção das
trilhas de videogame.

Chegando à segunda faixa do EP, “Dreams with butterfly wings”,
podemos sentir a forte influência de technopop dos anos 80, como New
Order, Depeche Mode e até Pet Shop Boys. Mas não precisa se
assustar, a influência gamesística continua ali, e quando menos esperar
você vai está dançando sem perceber.

A terceira música, “The way it should be”, causa estranhamento pela
mudança. Agora apenas um violão acompanha a voz melancólica de
Marcos Cajueiro. No entanto, ao longo da canção os sintetizadores dão
o ar da graça e deixam a balada com a inconfundível cara da banda.

Passando por “Endless skylines”, é possível sentir a transição (ou
mesmo o comportamento da música) que mais parece a ansiosa espera
de estarmos lendo a história do jogo antes do duelo final.

Por último, na faixa “ILUVU”, que com certeza é uma síntese muito bem
feita do som da dupla, tudo está presente: as experimentações
eletrônicas, os arranjos videogamesísticos, as letras quase-infantis e o
apelo pop da banda. O final do Ep deixa aquela vontade de quero jogar
de novo, talvez agora prestando mais atenção, ou vamos dizer assim,
zerando o jogo com 100%.

[ Fonte: popfuzz.com.br, 31/03/2010 ]
PERFIL

Uma palavra pode definitivamente caracterizar a banda: nostalgia. Uma
sequência de sentimentos simples, e até infantis, envolvidos por uma
dessas vozes que parecem ter esquecido algo por aí, num timbre suave
e melancólico. Tudo isso arranjado por sintetizadores e baterias que
mais parecem ter saído daqueles jogos que todos nós jogamos um dia:
ToP Gear, Sonic, F-Zero, Super Mario e etc..

O tipo de som que realmente te transporta para outro plano, hora te
impressionando com as experimentações eletrônicas, hora te fazendo
chorar e lembrar de uma vida que um dia foi tua. E no final das contas
dá até para dançar no meio de tudo isso.

[ Fonte: http://www.myspace.com ]


AÇÃO NA CENA ( Sinopse )

De Hermeto Pascoal a Fernando Melo e seu Duofel e chegando a João
Paulo e Júnior Bocão com a Mopho, o Agreste alagoano viu nascer
alguns dos principais expoentes da música.
E Por Que Não em Arapiraca?
Por Raphael Barbosa ( Repórter ) / ( 11 de dezembro de 2011 )

Arapiraca/AL – (…) O cenário é o Lago da Perucaba, num início de noite
de lua cheia. Aquele seria um dos muitos ‘momentos musicais’
testemunhados pela reportagem ao lado da My Midi Valentine, num
encontro que começou à tarde e se estenderia madrugada adentro
naquele sábado, 12 de novembro.

Para conversar sobre The Fall of Mesbla, segundo e recém-lançado
disco da dupla formada também por Tales Maia, 25, fomos até a cidade
dos músicos. Em dia de jogo do ASA, a entrevista não poderia ter sido
marcada em outro lugar senão em um bar. Numa das choperias mais
badaladas do município, na Avenida Ceci Cunha, entre outros assuntos
eles falaram sobre o novo trabalho, da atual cena roqueira
arapiraquense, de videogames e filmes da Sessão da Tarde e, claro, de
futebol.

Música de Brinquedo
Na companhia da My Midi Valentine a música está sempre presente,
seja nas conversas, no som do carro ou nas reuniões que antecedem a
balada. Antes de partir para um giro pela noite arapiraquense, uma
parada na casa de Tales para o chamado ‘esquente’. Música, é claro,
não poderia faltar.

O repertório vai de Fatboy Slim a Johnny Cash. Na vez de I Will Survive
(a versão do Cake), Marcos questiona como a canção teria virado um
hino gay, já que ele não enxerga nenhuma conotação homossexual na
letra. A turma de amigos concorda. O consenso só deixa de existir
quando o tema é a melhor versão do game Donkey Kong. Os jogos
foram uma constante na vida da dupla. Marcos diz que hoje joga muito
pouco. Já Tales, “por uma questão de saúde”, garante ter se afastado
completamente do ‘vício’. “Eu perdi dez anos da minha vida”.

A choperia que exibia a partida do ASA era apenas um dos muitos
destinos percorridos pela reportagem no encalço da My Midi. Com o
avançar da noite, o Botequim NaBaxa, no Lago da Perucaba, era um dos
points obrigatórios para quem queria dar uma ‘espiada’ na atual cena
musical da cidade.

Conexões Sonoras / As bandas que ajudaram a construir a My Midi
Valentine:
>> Radiohead
>> The Crash
>> The Cure
>> Pink Floyd
>> The Postal Service
>> Belle and Sebastian
>> Pixies
>> Pavement
>> Teenage Fanclub
>> Grandaddy
>> Super Amarelo.

E a Mesbla Com Isso?
Corruptela de The Fall of Math, disco da banda de post-rock
65daysofstatic, segundo o duo alagoano o título The Fall of Mesbla teria
surgido ao acaso, como uma sacada sonora, mas acabou se tornando
mais uma entre as camadas nostálgicas do trabalho. Extinta em 1999, a
famosa loja de departamentos deixou ‘órfãos’ e ainda hoje desperta
saudosismo em muita gente.

“Depois a gente percebeu o quanto isso é uma coisa que ainda está na
memória das pessoas. E realmente, quando a Mesbla fechou foi meio
estranho para a gente por que era uma loja grande, que vendia de tudo.
Se você queria comprar roupa ia lá, se queria comprar videogame ia lá,
se queria comprar Cavaleiros do Zodíaco ia lá. Parecia que ia acabar o
mundo quando ela fechou. Foi um grande choque”, explica Marcos.

Mesmo por acaso, a sacada rendeu frutos à My Midi: há duas semanas
eles foram destaque na revista do Jornal O Globo, com uma reportagem
que situava o álbum no contexto do fenômeno desencadeado pelo fim
da loja.

UMA AVENTURA DAS TARDES OCIOSAS / Crítica

Por Ramiro Ribeiro ( Repórter )

Arapiraca/AL – A receita básica para falar da My Midi Valentine e seu
segundo álbum, The Fall of Mesbla, poderia ser definida como uma
mistura de música eletrônica made in Arapiraca, 8-bit do Agreste,
‘homenagem’ à loja de departamentos que faliu, e o vocal ‘difícil’ de
Marcos Cajueiro. Esqueça tudo. A música mais original produzida em
Alagoas neste ano veio sim de Arapiraca, pode até ser classificada
como 8-bit ou outra nomenclatura da moda, e carrega a tal loja de
departamentos no título. Mas é muito – muito – mais do que isso.

O trabalho reúne faixas dos EPs Infinite Coins e My MIDI, como Endless
Skylines e Bicycle Purple Dream, mas são as inéditas que se destacam
já na primeira audição. O início ‘auto-tunado’ com Press Start e a
sequência com a melódica Hammer é a carta de intenções do duo,
condensando experimentalismo e apelo pop. O sample de Sonny &
Cher em I Got You Babe surpreende e abre espaço para o teclado
viajante e a batida cadenciada. Seja na ingenuidade de Continue? ou na
levada rítmica da pungente Junkie, os timbres se acumulam para
formar o todo, um punhado coerente de paisagens sonoro-imagéticas
que confere sentimento a uma sonoridade tão metálica, alquebrada,
processada e reprocessada para ser a trilha sonora de um mundo cada
vez menor.

Não há mais grandes distâncias separando o interior de Alagoas,
Manchester, Williamsburg (bairro nova-iorquino) e a rua Augusta, em
Sampa. Os beats de ILUVU, So Far From Home e 11re Stand Down dão
o tom: essa música também foi feita para dançar. O coro na faixa-título
parece traduzir o que foi a gravação do disco: amigos fazendo um som.
Um grande mosaico-demente de pré-adolescências passadas jogando
videogame e lendo gibi, ou assistindo a Os Goonnies na TV. De tardes
ociosas surgiu uma aventura.

[ Fonte: gazetaweb.globo.com, 11/12/2011 ]
My Midi Valentine – 8 Bit Music Com Sotaque Brasileiro
Autor: ilankriger ( 29 de janeiro de 2010 )

Adoro 8 Bit Music, não é a toa que uma das competições de remix do
selo Eletrodomésticos ( organizado aqui no site – Rolling Baby / Broken
Mario ), teve uma música que bebe desta fonte, eu também já dediquei
alguns artigos especiais sobre o assunto aqui no site.

Um pouco antes de sair de férias ( fiquei fora de 5 a 25 de janeiro ),
conheci o trabalho do My Midi Valentine, que é formado pelo Marcos
Cajureiro e Tales Maia. Eles misturam elementos orgânicos ( baixo,
guitarra, violão e Trompete, teclado, controlador e pads ) com a música
eletrônica, isso tudo com samples dos velhos vídeo-games. Aproveitei
para fazer uma entrevista com o Tales.

Entrevista Com Tales Maia do My Midi Valentine

Como surgiu o interesse de produzir 8 bit music?
Tales Maia – O projeto surgiu em 2006, quando comecei a usar vst’s e
percebi que alguns deles, remetiam aos barulhinhos de videogame.
Daí, surgiu uma ideia de criar músicas de indie pop com esses sons.
Até então, ainda não tinha contato com nemhum outro projeto, e nem a
propria tag, 8 bit. Tanto que nas primeiras músicas, tem toda uma
estrutura de baixo, bateria, guitarra. Isso acontece pelo fato deu ter me
inspirado nas fontes que eu tinha lembrança. Que eram os cartuchos de
Super Nintendo adiante. Não peguei a corrida do chip, desde o
Commodoro 64, Atari e etc…

Quais softwares e hardwares você utiliza?
TM – No início usava o Guita Pro, em seguida passei a usar o Fruity
Loops, e é o que uso até hoje. De Hardware, apenas o notebook e uma
placa de som externa.

Como você sampleia os sons de video-game?
TM – Basicamente, eu não uso nemhum sampler. Somente vst’s
(QuadraSid, Unknow64, VlCasio, Chip32…).

Como são as apresentações ao vivo do projeto?
TM – No início a ideia era somente produzir músicas. Depois, surgindo
a necessidade de shows, passei a cantar. Soltava a programação e
simplesmente cantava as músicas. Depois a ideia se tornou em tocar o
maior número possível de intrumentos orgânicos, e foi aó que entrou o
meu parceiro de banda, Tales Maia. Hoje fazemos o show substituindo a
maior parte de programação possível, tocando baixo, guitarra, violão,
trompete, teclado, controlador e pads. Revezamos os instrumentos,
tentando criar um show 8-bit / orgânico.

Como é o mercado para Djs e produtores musicais em Alagoas?
TM – No momento, ainda não temos muita consciência disso. Não
fazemos parte de uma cena de Djs, normalmente tocamos em locais
que dão espaços para show de Alt/indie Rock. Fazemos parte de um
coletivo que tem como uma das atividades, um selo musical. Mas
tambem está crescendo na parte de produção de shows, que é o
Coletivo Popfuzz ( http://www.popfuzz.com.br ).

Nos próximos dias 4 e 5 de fevereiro, iremos tocar em Recife/PE e em
maceió, nas edições do Grito Rock de cada Cidade. Que está sendo
promovido em conjunto com o Circuito Fora do Eixo, e realizado em
Maceió e Arapiraca ( no Estado de Alagoas ), pelo Coletivo Popfuzz.

[ Fonte: http://www.ilankriger.net, 29/01/2010 ]

[ Editado por Pedro Jorge ]

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