Zezito Guedes

 
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Frase: “Zezito Guedes, tem dedicado sua vida na coleta de documentos para resgatar a memória histórica e geográfica de Arapiraca”  – Aermeson Barros (ex-secretário de Cultura de Arapiraca/AL  )

[ Fonte ( frase ): http://www.arapiraca.al.gov.br ]
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BIOGRAFIA – 1
 
José Gomes Pereira, o popular Zezito Guedes, nasceu no Município de Juru, interior da Paraíba, em 21 de abril de 1936. É filho de João Pereira Nunes e Antônia Gomes Pereira.
 
Tem Licenciatura Plena em Letras, sendo professor deste curso na FUNESA (Fundação Estadual de Alagoas); é também protético, escultor e folclorista.
 
Entre outras atividades é membro ativo da AAI (Associação Alagoana de Imprensa) e membro da comissão alagoana de Folclore. Ingressou na Academia Arapiraquense de Filosofia, Ciências e Letras (atual ACALA), como sócio-fundador em 1987, com a qualificação de escritor. Ocupa a cadeira de Nº 16, cujo patrono é o Profº Pedro de Franças Reis.
 
Recebeu o 1º prêmio no Salão de Artes Global em Recife/PE, foi destaque também no 1º Salão Nacional de Artes Plásticas no Rio de Janeiro/RJ (1978), foi colaborador do Dicionário dos Folcloristas Brasileiros da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais e é também autor de : “Cantigas de Destaladeiras de Fumo de Arapiraca” (Editora da UFAL, 1978), “Arapiraca Através dos Tempos” (1999). Dez micro-monografias publicadas pela Fundação Joaquim Nabuco, “Meizinhas do Povo” (Folheto em Trovas, 1988), “Alvorada no Sertão” (Folheto em Trovas, 1992) e Mapeamento Cultural do Agreste Alagoano (2002).
 
[ Fonte: Livro “ACALA: História e Vida“,  abril de 2009 ]
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BIOGRAFIA –  2
Por Pedro Jorge  
 
 José Gomes Pereira, popularmente conhecido como Zezito Guedes, é filho de João Pereira Nunes e Antônia Gomes Pereira. Nasceu , em 21 de Abril de 1936, no município de Princesa Isabel (PB), atual Juru. Está radicado em
Arapiraca/AL desde 1943.
 
Autodidata, iniciou suas atividades artísticas como escultor, em 1958. Expôs pela pimeira vez no I Salão de Artes de Arapiraca, onde recebeu Menção Honrosa. Zezito é um dos artistas plásticos mais premiados do Nordeste.
 
Tendo, inclusive, a oportunidade de participar de uma Mostra de Artes na Itália, em 1983, representando Alagoas, como artista plástico, através de um intercâmbio cultural. Nesta mostra também representaram o nosso Estado os escritores Graciliano Ramos e Jorge de Lima e outros intelectuais e artistas alagoanos.
 
O Mestre Zezito Guedes foi diretor do Departamento de Cultura, em quatro
gestões, e atual coordenador dde Estudos Históricos e Geográficos de Arapiraca, Zezito realizou um fato inédito no Brasil: Transformou, dando apoio e incentivo, 11 artesões (aqueles que somente copiam) em artistas
plásticos (aqueles que criam).
 
Relação dos 11 artistas plásticos formados pelo Mestre Zezito Guedes:
 * Lucas
* Edvaldo Santos
* Expedito Florentino
* Gilberto Militão (In memoriam)
* Geraldo Dantas
* Raimundo Oliveira
* José Humberto (In memoriam)
* Saturnino João e
* Irmãs Petuba: Zenaide, Zenilda e Zeneide (esculturas, pintoras e painéis decorativos).
 
Nota: Em sua coleção particular constam obras de vários artesões que ele ajudou a se tornarem artistas plásticos.
 
EXPOSIÇÕES ( Zezito Guedes )
 
 01. I Salão de Artes de Arapiraca (Menção Honrosa)
Ano: 1967
Local: Arapiraca/AL.
 
02. I Festival de Verão (1º prêmio)
Ano: 1968
Local: Marechal Deodoro/AL.
 
03. I Exposição Individual
Ano: 1969
Local: Galeria Álvaro Santos – Aracaju/SE.
 
04. II Exposição Individual
Ano: 1970
Local: Biblioteca Pública Estadual – Maceió/AL.
 
05. I Salão de Novos Artistas do Nordeste (2º prêmio)
Ano: 1971
Local: Salvador/BA.
 
06. Salão do Sesquicentenário da Independência (medalha de bronze)
Ano: 1972
Local: Recife/PE.
 
07. II Festival de Verão (1º prêmio em escultura)
Ano: 1972
Local: Marechal Deodoro/AL.
 
08. Festival de Inverno (através do SECOSNE)
Ano: 1973
Local: Ouro Preto/MG.
 
09. I Salão de Arte Global de Pernambuco
(1º Prêmio “Governo de PE”)
Ano: 1974
Local: Recife/PE.
 
10. III Exposição Individual
(com honrosa apresentação do imortal Ariano Suassuna)*
Ano: 1975
Local: Fundação Joaquim Nabuco – Recife/PE.
 
11. II Salão de Arte Global de PE
(1º Prêmio “Aleijadinho”)
Ano: 1975
Local: Recife/PE.
 
12. Congresso da ASTA
Ano: 1975
Local: Rio de Janeiro/RJ.
 
13. Mostra Coletiva Artistas Alagoanos
Ano: 1976
Local: Teatro do Parque – Recife/PE.
 
14. Aspectos da Arte Popular
Ano: 1977
Local: INPS – Recife.
 
15. Coletiva do DCE
Ano: 1978
Local: Reitoria da UFPE – Recife/PE.
 
16. I Salão Nacional de Artes Plásticas
Ano: 1978
Local: INP/FUNARTE – Rio de Janeiro/RJ. 

17. Projeto Arco-Íris
Ano: 1979
Local: Galeria FUNARTE – Rio de Janeiro/RJ.

18. XXXII Salão Oficial de Arte
Ano: 1979
Local: Museu do Estado de Pernambuco – Recife/PE.

19. III Salão Oficial de Arte/UFSE (Medalha de ouro)
Ano: 1980
Local:TV Atalaia – Aracaju/SE.

20. I Feira Nacional de Arte Sacra
Ano: 1980
Local: Salvador/BA.

21. Artes Visuais em Homenagem a Aurélio Buarque de Holanda
Ano: 1980
Local: Maceió/AL.

22. II Salão Atalaia de Artes Plásticas
Ano: 1978
Local: Rio de Janeiro/RJ.

23. Encontro com a Cultura Alagoana
Ano: 1980
Local: Paço das Artes – São Paulo/SP.

24. I Feira Nacional de Arte Sacra
Ano: 1981
Local: Salvador/BA.

25. VII Salão Nacional de Artes Plásticas
Ano: 1983
Local: Rio de Janeiro/RJ.

26. Alagoas um Estado do Nordeste do Brasil
Ano: 1983
Local: Museu Sant’Egídio – Roma/Itália
Patrocínio: Pinacoteca Universitária da UFAL.

27. Feira do Livro e do Objeto de Arte
Ano: 1987
Local: Praça Deodoro – Maceió/AL.

28. Alagoas Arte Atual
Ano: 1989
Local: Fundação Pierre Chalita.

29. Talentos na Terceira Idade
Ano: 1999
Local: Banco Real – São Paulo/SP.

30. Em nome do Autor / Artistas-Artesões do Brasil
Ano: 2008
Local: São Paulo/SP.

Frase: “Com Zezito Guedes, surge, mais uma vez, a confirmação daquilo que vivo dizendo a respeito do Nordeste e do nosso grande povo: ambos têm reservas maravilhosas de invenção e criação, e de vez e quando como acontece agora com Zezito, irrompe de todas as deformações que andam fazendo, para aparecer com uma obra pura e forte, como é sem dúvida, a escultura em madeira desse moço, nascido e criado no Sertão paraibano”
Ariano Suassuna*

Nota: *Fragmento do texto de apresentação no catálogo da Mostra Individual da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (1975).

[ Por Pedro Jorge ]

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Arapiraca – “Um Celeiro de Artes Plásticas”
Por Zezito Guedes

Uma das manifestações artísticas que mais tem se destacado, pela sua importância como segmento da Cultura e que merece a maior assistência do poder público em Arapiraca/AL é sem sombra de dúvida, Artes Plásticas que há anos vem aparecendo nas importantes exposições do Nordeste e que no final de 2001, Galerias de Artes do Rio de Janeiro/RJ fizeram aquisições de esculturas de nossa cidade.

Despontando em 1967, com a inauguração do I Salão de Artes de Arapiraca, na Semana da Emancipação Política do Município, dessa primeira mostra coletiva, participaram Zezito Guedes, José de Sá, Ismael Pereira, Mauro Jorge, Isabel Torres, Chico Artes, Sebastião (Bibi) e Alexandre Tito expondo suas esculturas, pinturas e desenhos em vários estilos.

Foi uma caminhada espinhosa, participando de sucessivos salões de arte, realizados anualmente, durante mais de uma década. Foi quase uma peregrinação a gradativa evolução das Artes Plásticas em Arapiraca, sem apoio e sem vender obras.

A persistência desses idealistas, a capacidade de luta, participando de exposições fora de Arapiraca, a conquista de prêmios nos grandes salões de artes realizados em Salvador/BA, Aracaju/SE, Recife/PE, São Pauo/SP e Rio de Janeiro/RJ, foi uma verdadeira batalha enfrentada pelos artistas plásticos de Arapiraca para finalmente chegarmos ao ponto atual: a revelação dos verdadeiros talentos em salões competitivos e o reconhecimento da crítica especializada em Arte.

Foi uma grande conquista, não só para a nossa Cidade mas para todo o Estado de Alagoas, pois,  Artes Plásticas atualmente é a área mais promissora no município, por ser mais erudita e ter condições de representar Arapiraca condignamente e projetá-la além fronteiras com o honroso slogan: “Arapiraca, um Celeiro de Artistas”.

[ Colaboração (texto): Zezito Guedes ]

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MUSEU ZEZITO GUEDES
 
Durante muitos anos a população de Arapiraca/AL esperava por um local onde suas memórias fossem conservadas, onde a história oficial da cidade fosse exposta ás gerações mais jovens.
 
Em 2010 esse sonho foi realizado pela administração do Prefeito Luciano Barbosa, com a inauguração do Museu Zezito Guedes, localizado na praça Luiz Pereira Lima, antiga “Praça da Prefeitura”. O espaço leva o nome de um dos mais tradicionais pesquisadores da história local, que teve seu nome eternizado nos trabalhos que fez sobre o Município arapiraquense.
 
O espaço é centro de referência para as diversas escolas particulares e públicas da Cidade. As exposições que ocorrem ali trazem muito da Cultura , do cotidiano e principalmente da característica lutadora do povo agrestino.
 
PRESTIGIEM E DIVULGUEM ESSE BELO ESPAÇO CULTURAL DE NOSSA CIDADE!
 
[ Fonte: falaarapiraca.blogspot.com ]
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SINOPSES
 
Zezito Guedes ( Sinopse-1 )
 
Zezito Guedes nasceu no dia 21 de abril de 1936, no sítio Riacho dos Porcos, Município de Juru/PB. Com Licenciatura em Letras pela Universidade Estadual de Alagoas, Zezito Guedes ( cujo nome verdadeiro é José Gomes Pereira ) é professor universitário, escultor, historiador, cordelista, cronista, poeta popular, sócio-fundador da ACALA (Academia Arapiraquense de Ciências e Letras), membro da AAI (Associação Alagoana de Imprensa), protético, coordenador de Estudos Históricos e Geográficos da Secretaria de Cultura de Arapiraca e folclorista.
 
[ Fonte (Sinopse-1): Dicionário de Folcloristas Brasileiros/ http://www.soutomaior.eti.br ]
 
 
Zezito Guedes ( Sinopse-2 )
 
Zezito dedicou-se a fundação de um centro de memória e artesanato em uma sala anexa á sua residência, onde passa seus dias escrevendo, lendo e compartilhando com os estudantes locais, com empolgação e vivacidade, suas memórias sobre a cidade.
 
Zezito, apesar de ter nascido na Paraíba, mudou-se para Alagoas ainda menino, crescendo em meio ao desenvolvimento de uma cidade que lhe acolhera como substituta de sua terra natal com a qual não estabelecera raízes. Assim, mesmo sendo um “forasteiro” em Arapiraca, foi esta cidade que lhe conferiu uma identidade de pertencimento territorial.
 
[ Fonte ( Sinopse-2 ): http://www.cchla.ufpb.br ]
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Câmara Municipal de Arapiraca Concede Título ao Historiador, Escultor e Folclorista Zezito Guedes
Por Cláudio Roberto
 
A Câmara Municipal de Arapiraca publicou projeto de de decreto legislativo, de autoria do vereador Moisés Machado, concedendo o Título de Cidadão Honorário de Arapiraca, ao historiador, escultor, escritor e folclorista Zezito Guedes.Nascido no município de Princesa Izabel, na Paraíba, Zezito Guedes, depois de passar sua infância no Alto Sertão paraibano, chegou em Arapiraca/AL aos seis anos de idade acompanhado pela avô materna Severina Guedes, onde vive até hoje.Aos quinze anos de idade já desenvolvia suas atividades como protético e estudava no Ginásio N. S. do Bom Conselho. Como autodidata, dedicou-se ás artes como escultor, mas apenas em 1966, Zezito esculpiu as suas primeiras peças em madeira e iniciou efetivamente a sua trajetória de exposições pelo Nordeste brasileiro.
 
Entre os trabalhos desenvolvidos pelo escultor, destacam-se exposições no Salão de Arte de Arapiraca, em 1967, Menção Rosa, Festival do Sesquicentenário da Independência, em Recife/PE, em 1972, sendo agraciado com a Medalha de Bronze.
 
Zezito Guedes também teve participação efetiva em Salões de Artes dos Estados do Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe e Pernambuco. Também participou do Festival de Verão de Marechal Deodoro/AL, em 1968, onde conseguiu o primeiro lugar. Mesmo sendo um defensor intransigente da Cultura nordestina, onde inclusive é o autor do livro Cantigas da Destaladeiras de Fumo, o historiador Zezito Guedes nunca tinha sido reconhecido por seu trabalho artístico.”Ele é a história viva de nossa Cidade, de nossas raízes e da nossa cultura”, afirmaram os vereadores que usaram a tribuna para falar sobre a homenagem. Eles porém, lamentaram também que o historiador e folclorista não tenha sido ao longo dos anos em que vive em Arapiraca, recebido o reconhecimento.
“Diariamente em seu atelier, localizado na Avenida Rio Branco, dezenas de estudantes universitários, pesquisadores e até historiadores de outros Estados vão a sua procura para colher informações e dados sobre a história de Arapiraca”, frisaram os parlamentares.

[ Fonte: Revista “Xereta”, setembro/outubro de 2008 ]

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CULTURA ( 3 de junho de 2009 )
 
Arraiá de Arapiraca / 2009 –  Zezito Guedes, o Grande Homenageado
 
O grande homenageado este ano do Arraiá de Arapiraca – Tem Festança no Interior é o escultor e historiador José Gomes Pereira, mais conhecido como Zezito Guedes, de 73 anos, que nasceu na Paraíba, mas que habita em Arapiraca desde os seis anos. Portanto, um arapiraquense de coração.
 
Zezito Guedes possui Licenciatura em Letras pela UNEAL (Universidade Estadual de Alagoas), é professor universitário, escultor, historiador, cronista, poeta popular, sócio-fundador da ACALA (Academia Arapiraquense de Ciências e Letras), membro da AAI (Associação Alagoana de
Imprensa), protético e Diretor do Departamento de Cultura do Município de Arapiraca/AL. Estudou no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho.
 
Por inúmeras vezes foi chamado para apresentar suas esculturas pelo Nordeste e Sudeste, nesse último participou efetivamente os salões de Artes do Rio de Janeiro/RJ.
 
Como folclorista publicou  os seguintes livros: “Cantigas das Destaladeiras de Fumo de Arapiraca”, “A Feira de Arapiraca”, “Sinais de Chuva”, “A Força da Lua”, “Folclore da Seca”, “Padre Cícero no Folclore”, “O Folclore na História”, “Tabira e Suas Manifestações Populares”, “Uma Fábula Nordestina” e “Religiosidade, Crendices e Misticismo”.
 
[ Fonte: Site – http://www.alagoas24horas.com.br, 03/06/2009 ]
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CORDEL
 
 O Cordel aqui reproduzido, de autoria de Zezito Guedes, trata das práticas de curas populares e recolhe formas do povo lidar com várias doenças, entre elas a epilepsia que o poeta considera um “tormento”.
 [ Fonte: http://www.historiaecultura.pro.br ]
 
MEIZINHAS DO POVO
Autor: Zezito Guedes
 
Hoje, eu resolvi falar / Nas ervas do meu Sertão / Que servem p’ra fazer chá / Ou p’ra fazer infusão / P’ra falar na letra a / Tem a folha de arruda / Quem no ouvido botar / Essa dor logo se muda.
 
Baba- timão é indicado / P’ra quem tem inquietação / Ele é muito procurado / P’ra quem tem inflamação / Também tem erva babosa / Que seu cheiro não agrada / É também muito amargosa / Mesmo assim é procurada.
 
Tem o mijo de ovelha / Para banho de mulher / O cheiro não se assemelha / A uma erva qualquer / Tome chá de quina-quina / Que tem muita indicação / E o povo sempre ensina / Para febre ou infecção.
  
A raiz de fedegoso / Para impingem ou parasita / Se não é muito gostoso / Mas toma quem necessita / Tem capim federação / P’ra uretra é bem usado / Para essa inflamação / Ele é muito procurado.
 
A raiz de ouricurí / Serve também para rins / Se você não acha aqui / Mande buscar nos confins / Pra mulher de veia fraca / Que o doutor chama varizes / Tome a língua de vaca / Mas não as folhas, as raízes.
 
Diabete lhe atormenta / Pois o remédio é um só / E você come até pimenta / Tome o chá de mororó / Pra quem tem colesterol / E só come mais verdura / Cebola roxa é o melhor / Para queimar a gordura.
 
E a flor de mussambê / Que muita gente conhece /É muito bom de beber / A tosse desaparece / Vassourinha de botão / É erva de todo quintal / E aqui no meu sertão / Se toma p’ra qualquer mal.
 
Quixabeira é planta nossa / Serve pra muita meizinha / A raiz ou a casca grossa / E tem também a frutinha / O angico é bem conhecido / Remédio aqui do Sertão / Quem tem o braço partido / Faz da casca encenação.
 
P’ra sair bem o sarampo / Faça chá de flor de tôco
Mas não é erva do campo / Isso é remédio de louco
Cortar leite após o Parto / P’ra mulher é um colôsso
Um rosário de carrapato / Pendurado no pescoço.
 
Hemorragia em mulher / Não faça chá de malissa
Nem de outra erva qualquer / Chá de couro de preguiça
A caatingueira rasteira / É o remédio de homem fraco
Basta tomar uma asneira / Que não enjeita buraco.
 
Folha de samba coité / Para quem tem ferimento
Ou então machucou a pé / Logo acaba o sofrimento
Mas acredite que exista / Uma erva muito cara
É indicada p’ra vista / Jaborandí esta é rara.
 
Se o dito corta um pé / E não tem o que botar
Encha de pó de café / Para sangria parar
Lambedor de Jatobá / P’ra quem tem constipação
Pode até experimentar / Que vê logo a reação.
 
Se faz também de juá / Um outro bom lambedor
Só é mais ruim de tomar / Porque tem um amargor
A raiz de urtiga branca / Para quem tem alergias
Doença na pele estanca / Serve também para as vias.
 
Para gripe ou resfriado / Faça o chá de alecrim
Mas não vá ficar zangado / Se o remédio for ruim
Quem sofrer de coração / Tome o chá de capim santo
Que é uma erva de ação / E se chama em todo canto.
 
Caxumba chama o doutor / A doença de papeira
Lama de pote botou / Acabou-se a brincadeira
Tem também a pucumã / Que se usa em ferimento
Não deixe para amanhã / Hoje acaba o sofrimento.
 
A fruta de gravatá / Para verme de criança
Tanto é fácil de tomar / Como é de confiança
P’ra cortar hemorragia / Tem na bananeira leite
Corte e apare na bacia / Para o doente receite.
 
Para curar a macacoa / Faça o chá de jericó
Essa erva é muito boa / Você toma uma vez só
Também tem a garrafada / De vinte e cinco sementes
Deve ser bem preparada / Por duas mãos competentes.
 
Use a cabeça de nêgo / Mas cuidado com a manobra
O Tejo faz seu emprego / Quando lhe morde uma cobra
Se você sofre do rim / E a sua urina embola
Causa até, um farnezim / Tome um chá de carambola.
 
Tem o olho de arueira / Que o sangue purifica
Não tem o gosto nem cheiro / E a saúde modifica
Ainda tem manacá / Que é uma planta da serra
Ela serve p’ra curar / Muitas doenças na terra.
A folha de carrapateira / Veja bem e não esqueça
Ainda é boa maneira / De curar dor de cabeça
É milindre ou alfinete / Isso aí não é questão
Sua folha é um filete / Muito usado p’ra tensão.

Não existe melhor cura / P’ra doenças de garganta
É bunda de tanajura / E injeção não adianta
Tome leite com mastrús / Para catarro no peito
Não precisa usar capús / P’ra você sair do leito.

Lambedor de jurubeba / Pra fraqueza de pulmão
O seu corpo não tem quebra / E limpa a respiração
Linda flor é a gitirana / Nasce na beira da estrada
Fazer compressa é bacana / Quem levou uma pancada.

A parreira é procurada / P’ra quem sofre empachação
Mas também ela é usada / Pra fazer purgação
Pra coração tem colônia / Que é a folha preferida
P’ra quem sofre de insônia / Ou tem paixão recolhida.

Quem não puder respirar / Aí tem chá de trombeta
E quem tem falta de ar / Pode até tocar cometa
Para o vento que passou / E ofendeu a criancinha
Nem leve para o doutor / Queime logo a camisinha.

Mangericão é cheiroso / E serve p’ra rezadeira
A velha lhe acha ditoso / O melhor pra curandeira
Não falei da papaconha / Que é uma raiz vulgar
Se usa até p’ra quem sonha / Pois é muito popular.

E ainda tem pega pinto / Que serve p’ra fazer chá
Se sentir o que eu sinto / Pode fazer e tomar
A erva de passarinho / Que chamam de parasita
Das folhas faça um chazinho / Que o sangue não se agita.

Quem sofre epilepsia / P’ra minha família é tormento / Mas p’ra quem não conhecia / Chá de osso de jumento / Para quem sofre de ameba / E não sabe quem lhe acuda /Não lhe serve jurubeba / Hortelã folha miúda.

Essas trovas eu já fiz / Falando em toda meizinha / Erva, semente, raiz / Era somente o que tinha.

 
Fonte: http://www.candeeiroaceso.org.br 
 
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CADERNO BJORGE BARBOZA – REPÓRTER

ZEZITO GUEDES: 80 ANOS

COMEMORAÇÃO. Historiador e artista popular nascido em Juru, no Sertão da Paraíba, ele ajudou a transformar Arapiraca num celeiro das artes

FOTO: FELIPE BRASIL

Escultura de Zezito: com incentivo, ele conseguiu transformar artesãos de Arapiraca em artistas

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Na terça-feira, 9, o protético, escultor, poeta e historiador Zezito Guedes, tombado “patrimônio vivo” de Alagoas em 1º de agosto de 2013, completou 80 anos – comemorados discretamente em família. Adoentado, dispensando uma notável vivacidade de outrora, não se dispõe a falar ao telefone. Amigos e familiares dizem que, desde que perdeu o filho mais velho, o dentista José Gláucio de Oliveira Gomes, num trágico acidente dirigindo uma moto, há cerca de 15 anos, entrou em estado depressivo. “Senti que ele se entregou, acho que nem produz mais”, declara a artista visual e galerista Maria Amélia Vieira, detentora de uma série de obras do mestre Zezito.

“Ele está bem velhinho”, reconhece a neta Vanina Oliveira, informando que ele passaria o dia do aniversário na praia, em Paripueira, a 30 km de Maceió – o que não aconteceu.

Para quem não sabe, o grande Zezito Guedes, nascido na zona rural do município sertanejo de Juru, vive no Agreste alagoano, em Arapiraca, desde os seis anos de idade. O nome de batismo é José Gomes Pereira, mas ganhou a alcunha “Guedes” do célebre dramaturgo pernambucano Ariano Suassuna (1927-2014), que escreveu lapidarmente, no catálogo da mostra individual realizada pelo artista na Fundação Joaquim Nabuco, em Recife (PE), em 1975:

“Com Zezito Guedes, surge, mais uma vez, a confirmação daquilo que vivo dizendo a respeito do Nordeste e do nosso grande povo: ambos têm reservas maravilhosas de invenção e criação, e de vez em quando, como acontece agora com Zezito, irrompem de todas as deformações que andam fazendo, para aparecer com uma obra pura e forte, como é sem dúvida a escultura em madeira desse moço, nascido e criado no Sertão paraibano”.

Na quarta-feira, 10, a reportagem conversou com outro neto de Zezito, o filho do finado dentista José Gláucio, de nome homônimo e que, segundo Vanina, “é o xodó” do velho Guedes. “Meu avô é muito curioso e sempre quis saber de tudo da história de Arapiraca”, dispara José Gláucio, abrindo o leque dessa outra veia notável de Zezito Guedes: a história. “Ele sabe tudo sobre o cangaço”, corrobora Maria Amélia.

O vice-reitor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), o arapiraquense Clébio Correia de Araújo, lembra os tempos de Zezito Guedes como professor de História em Arapiraca. “Ele ensinava na antiga Funesa [Fundação Universidade Estadual de Alagoas] até 2003, quando a fundação foi integrada à universidade. É uma figura de referência no curso de História, com um estudo pioneiro sobre o a história da cidade e de todo o Agreste”.

Creditando não apenas um pioneirismo, mas o esforço empreendido pelo mestre, Araújo observa que “não havia núcleo de pesquisas” na faculdade à época em que Zezito Guedes lecionava. “Não havia bolsa de pesquisa nem programas de doutorado ou mestrado, nada. Ele fazia pesquisa com os próprios recursos”.

Entre os volumes publicados pelo historiador, destacam-se Cantigas das Destaladeiras de Fumo (Edufal, 1978) e Arapiraca através do Tempo (publicação independente, 1999). Outros trabalhos foram editados pela Fundação Joaquim Nabuco, entre os quais, Meizinhas do Povo (folheto em trovas, 1988), Alvorada no Sertão (folheto em trovas, 1992) e Mapeamento Cultural do Agreste Alagoano (2002).

O artista que veio a se notabilizar já aos 30 anos foi despertado, porém, na adolescência. “Comecei a trabalhar com gesso, desde os 15 anos”, declarou à imprensa arapiraquense na ocasião em que o Estado oficializou o tombamento de “patrimônio vivo”.

“Ele foi precursor, também, na organização de exposições de artistas populares, estimulando o surgimento de novos artistas em Arapiraca e em toda região”, informa o vice-reitor da Uneal. “Era um estudioso dessa área, dinamizando a cultura popular no município. Em 2014, a universidade criou a Tenda Cultural, dando a ela o nome de Zezito Guedes. É onde se concentram todas as nossas atividades culturais. É uma forma de reconhecimento pela contribuição dele à cultura e ao ensino. O Centro Acadêmico de História leva o nome dele. O professor Zezito trabalhou muito, catalogando as informações, preparando todo esse material para quem viesse depois dele. Enquanto esteve na Funesa, foi extremamente ativo, deixando um legado essencial”.

Ainda na capital do Agreste – essa fremente Arapiraca –, no centro da cidade, ergueu-se em 2009 o Museu Zezito Guedes. Trata-se de um espaço para exposições temporárias e permanentes, com amplo acervo a reconstituir a vida do mestre e a própria história arapiraquense, tomando como base a obra Arapiraca Através do Tempo.

“Uma das manifestações artísticas que mais tem se destacado, pela sua importância como segmento da cultura e que merece a maior assistência do poder público em Arapiraca, é, sem sombra de dúvida, as artes plásticas, que há anos vêm aparecendo nas importantes exposições do Nordeste e que, no final de 2001, galerias de arte do Rio de Janeiro fizeram aquisições de esculturas de nossa cidade”, escreveu o próprio artista e historiador a propósito do que ele chamou “celeiro das artes”.

O jornalista arapiraquense Pedro Jorge lembra alguns feitos de Zezito Guedes: “Ele iniciou suas atividades artísticas, como escultor, em 1958, expondo pela primeira vez no 1º Salão de Artes de Arapiraca. Tornou-se um dos artistas plásticos mais premiados do Nordeste, tendo, inclusive, participado de uma Mostra de Artes, na Itália, em 1983, representando Alagoas. Nessa mostra, também figuraram como representantes do nosso Estado (in memoriam) os escritores Graciliano Ramos e Jorge de Lima”.

Entre as exposições que participou País afora, destacam-se a coletiva do 1º Festival de Verão de Marechal Deodoro, em 1968, classificando-se em primeiro lugar, e a primeira exposição individual, no ano seguinte, em Aracaju (SE).

Depois disso, foi destaque em exposições, coletivas e individuais, em Salvador, Recife, Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo. Como diretor do Departamento de Cultura de Arapiraca em quatro gestões realizou, segundo Pedro Jorge, “um fato inédito no Brasil”. “Ele transformou, dando apoio e incentivo, 11 artesões – aqueles que somente copiam – em artistas plásticos, ou seja, aqueles que criam”.

O jornalista relaciona os artesãos elevados à condição de artistas pelo mestre Zezito Guedes. São eles: Lucas, Edvaldo Santos, Expedito Florentino, Gilberto Militão, Geraldo Dantas, Raimundo Oliveira, José Humberto, Saturnino João e as irmãs Petuba: Zenaide, Zenilda e Zeneide.

 
 [ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

11 Respostas para “Zezito Guedes

  1. Pedro, muito bom o teu trabalho, parabéns. Sua fonte de pesquisa revela muita sensibilidade ao trabalho da terra, isso é muito bom para nós artistas e intelectos.
    Abraços,
    Orlando Santos ( Contador / Artista Plástico, por e-mail )

  2. Agradecemos ao artista plástico Orlando Santos pelo elogio ao Blog Arapiraca Legal. Confira abaixo o resumo do perfil artístico deste grande artista alagoano.
    Assina: Administração do Blog Arapiraca Legal.

    Perfil Artístico de Orlando Santos ( Resumo )
    Artes plásticas e Cultura Popular: a união dessas vertentes se torna um prato cheio nas mãos do cubista alagoano (de Porto Real do Colégio), Orlando Santos, que consegue transmitir com pinceladas a grandeza e o colorido das manifestações folclóricas do Nordeste. Orlando consegue eternizar o estilo do Cubismo, no movimento circular dos vestidos usados pelas dançarinas do Reisado, na cauda triangular dos peixes do Rio São Francisco…
    “O Cubismo é uma temática versátil, de grandiosidade e movimento muito marcante da Arte”, diz o artista que já fez mais de 20 exposições individuais e coletivas e trabalha sempre com o acrílico sobre tela, retratando temas regionais.
    [ Fonte: http://www.aracaju.com ] / [ Editado por Pedro Jorge ]
    Contatos – Telefone: (82) 8858-9804 / E-mail: orlandosantoss@yahoo.com.br
    SAIBA MAIS
    Site: http://www.aracaju.com/orlandosantos/
    Blog: http://orlandocubismo.blogspot.com

    • Boa tarde, meu amigo! Gostaria muito de um favor, sou primo do professor Zezito Guedes, moramos na infância na Fazenda Riacho dos Porcos, preciso muito entrar em contato com ele. Você pode me enviar o número do telefone dele.
      Sou primo dele: Valdenor Marques Pereira, filho de Severino Pereira.
      Vou deixar o e-mail de meu filho, pode me passar o contato dele, desde já agradecemos.
      E-mail: and.er.mp@hotmail.com
      Abraços, Valdenor ( 17 de dezembro de 2012 ).

  3. Meu Primo, parabéns pelo seu trabalho, estamos todos orgulhosos por ter um primo tão talentoso, aqui é o Valdenor, onde nasceu no mesmo sitio em Riacho dos Porcos, somos netos do mesmo avô Joaquim Pereira e de seu tio Severino Alves, estamos residindo no Paraná na Cidade de Jandaia do Sul, estamos com muita saudades!

  4. Nós administradores do Blog Arapiraca Legal agradecemos de coração a todos os leitores que visualizam o nosso blog: um autêntico meio de comunicação que tem por finalidade divulgar e valorizar os artistas, escritores, radialistas e personalidades em geral que fizeram e que ainda fazem parte da história do progresso de nossa querida “Terra de Manoel André”. O resgate da história de nossa Cidade, os pontos turísticos e de lazer em geral, as manifestações artísticas e religiosas também estão presentes no blog.
    Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos os leitores do blog um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO repleto de saúde, sucesso, felicidade e paz.
    São os sinceros votos dos administradores do Blog Arapiraca Legal, Gilvan J. S. e Pedro Jorge.

  5. Ei Zezito Guedes, posta ai a capa do compacto de Zé do Rojão, moro no estado do Pará e gostaria de conhecer essa capa, abraço e aguado resposta!!!

  6. AOS MESTRES DA NOSSA HISTÓRIA
    Por Ronaldo Oliveira* (23 de agosto de 2013)

    Arapiraca é sem dúvida alguma o grande celeiro das culturas populares de Alagoas, seu aspecto cosmopolita juntou uma plêiade de mestres da cultura popular, cada um com sua especificidade. São homens e mulheres nativos e forasteiros que aqui fincaram morada e fizeram brotar uma cultura forte e capaz de promover uma verdadeira cultura de paz. Já era tempo de alguém colocar nos holofotes estes verdadeiros heróis da resistência que plantaram, regaram e atualmente salvaguardam nossas tradições e este reconhecimento veio da Prefeita Célia Rocha por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

    O evento de ontem à noite, 22 de agosto – dia do folclore, ficará na história de a Arapiraca, assim como a semana de arte moderna foi para o Brasil. Um verdadeiro divisor de águas, a história está sendo contada, os fazedores de nossa identidade reverenciados e nós estamos tendo a oportunidade de vivenciar e fazer parte desta história.

    A benção aos mestres Zezito Guedes, Nego Aboiador, Cecílio afinador de sanfonas, Davi – puxador de quadrilha junina, Mestre Duda, Mestra Eurides, Pai Alex, João do Pife e Nelson Rosa, cada um em sua área ajudou a construir nossa identidade. Nomes como Zé do Rojão, Afrisio Acácio, Zé de Sá, Ditinha da Sanfona, Bastinho da Sanfona, Domingos Fonseca, Angelina, dona Nega e tantos outros que são destaques na formação da nossa história. Todos receberam seus certificados assinados pela Prefeita Célia Rocha e pela Secretária de Cultura Tânia Santos, isto tem um grande significado, além de torná-los referências para estudos e pesquisas.

    Não perca a oportunidade de visitar a exposição que ficará até 28 de setembro no Museu Zezito Guedes e depois circulará pelos principais equipamentos culturais da cidade a exemplo de Memorial à Mulher, Planetário, Centro Administrativo, Tendas Culturais da Praça Luiz Pereira Lima e Mercado do Artesanato, porém o grande barato será percorrer a cidade e encontrar estes monstros sagrados da nossa cultura e assim poder bater um papo com cada um deles, com certeza serão momentos que nos farão vivenciar nossa história viva.

    * Ronaldo Oliveira é radialista, administrador de empresas e escritor. Membro da ACALA (Academia Arapiraquense de Letras e Artes).

    [ Fonte (link): http://www.7segundos.com.br/blogs/ronaldo-oliveira/82 ]

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