ARTISTAS DE ARAPIRACA I

 

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Crédito da foto: arquivo de Romilton Júnior (in memoriam).

1.29 l  ROMILTON JÚNIOR [ Radialista (Forró), in Memoriam

“Quero morrer trabalhando em uma emissora de rádio. Mesmo estando fora dos estúdios, faço a minha própria comunicação nas praças e nos palcos!” (Romilton Júnior, in memoriam)

Romilton Antônio Paulino, conhecido artisticamente como Romilton Júnior (in memoriam), nasceu no dia 18 de setembro de 1952 na cidade de Palmeira dos Índios (AL) e veio residir, em Arapiraca (AL), quando ainda era criança. Ele foi um artista popular eclético e tinha na pluralidade artística a sua principal referência e superação, tendo realizado em seu extenso currículo as seguintes atividades: cantor, compositor, poeta-cordelista, radialista, animador de eventos, estilista, gravação de jingles, artista plástico, ator, professor e ensaísta teatral, entre outras atividades artísticas-culturais. Por tudo isso ficou conhecido como O Homem das 21 Profissões.

Ele foi um dos fundadores do antigo MOCE (Movimento Cultural e Estudantil de Arapiraca): um dos mais importantes movimentos culturais e estudantis da Terra do ASA Gigante, “O Fantasma das Alagoas”. Como compositor teve músicas de sua autoria gravadas pelo showman, Alves Correia, e pelo cantor popular, Sandiel Júnior. Romilton Júnior, teve a oportunidade de fazer a abertura de shows de diversos artistas conhecidos nacionalmente, a exemplo da baiana Sarajane. Antes de ser radialista, trabalhou ainda na adolescência como locutor de estabelecimentos comerciais e carros de som.

Como radialista, ficou conhecido por sua versatilidade e irreverência no comando de vários programas populares dedicados à música regional. As principais emissoras de rádio que ele trabalhou foram as Rádios Sampaio AM (Palmeira dos Índios), em 1973; Novo Nordeste AM, de 1976 a 80 e de 1982 a 83; e Cultura AM, de 1992 a 1993 (ambas de Arapiraca); Jornal Centro-Sul AM (Iguatú CE) e, em várias emissoras comunitárias.

Romilton Júnior atuou na antiga peça Paixão de Cristo no Morro Santo da Massaranduba, em Arapiraca. Pouco antes de sua morte, ele estava se dedicando a atividade de artista plástico e produzindo a letra do Hino do ASA (Agremiação Sportiva Arapiraquense), em estilo de papiro (um tipo antigo de escrita). O radialista Romilton Júnior faleceu vítima de problemas de saúde, aos 58 anos de idade, no dia 27 de outubro de 2011. O corpo de Romilton Júnior foi velado na residência da irmã dele (Rita Maria Paulino) localizada na rua Maurício Pereira (bairro Baixão, ao lado do Campo do ASA) e o sepultamento ocorreu, às 16h do dia seguinte, no Cemitério Pio XII (bairro Baixa Grande, Arapiraca).

Segundo, Rita Maria (irmã do comunicador) – com quem Romilton Júnior conviveu nos últimos anos de sua vida – ele vinha enfrentando uma difícil batalha pela vida, buscando amenizar o sofrimento por causa das dificuldades financeiras. Dias antes de seu falecimento, Júnior encarou uma cirurgia para retirar uma bolha na panturrilha da perna esquerda e teve que retornar ao Hospital Regional de Arapiraca para uma segunda cirurgia. Ele permaneceu internado durante 13 dias, onde veio a falecer. No dia 28 de outubro, os arapiraquenses se despediram de Romilton Júnior. Compareceram ao seu sepultamento os radialistas Jarbas Lúcio (in memoriam), Nelson Filho, Waldo Cézar, Fátima Tenório e Diassis Lima; os cantores populares Carlito Cardoso (in memoriam) e Beto Borges (Jovem Guarda Arapiraquense); Pedro Jorge (funcionário público municipal e um dos administradores do blog cultural Arapiraca Legal); além de seus familiares e outros (as) amigos (as).

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O 30 DE OUTUBRO [ Soneto ]* (Autor: Romilton Júnior, in memoriam)

É o grande dia na história / De nossa comunidade / É data magna e altaneira / É símbolo de liberdade desta gente hospitaleira

Se não com um grito histórico / Mas com muita bravura e fé / No 30 da Emancipação / Saudamos Esperidião e brindamos Manoel André

Á você, o descobridor / Á ele, o emancipador / Deste torrão varonil

O arapiraquense agradece / E, humildemente oferece / A cidade que mais cresce no Nordeste do Brasil.

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MEU TORRÃO [ Soneto ]*                                                                                                                                                            Autor: Cícero Galdino (poeta e membro da ACALA)

Na Cidade dos Andrés, nossa Arapiraca                                                                                                                                      Vivemos hospitaleiros em harmonia. / Pássaros cantam nas manhãs em sinfonia; / No bosque, praças, no verde que se destaca.

Ao equívoco que Antônio Carlos alertou: / Trinta de outubro sempre se comemorou,                                                                       Mas trinta de maio foi que se emancipou, / Pois foi na ACALA que essa história ele contou.

Seu ouro verde foi cultivo do passado. / Temos clima bom controlado pelos ventos,           Onde se vive bem feliz e muito amado!

Precisamos ter coragem e corrigir, / Mesmo que se comemore até dois eventos. / Só depende de nós, nossa forma de agir.

  • Sonetos e cordel dedicados à Emancipação Política de Arapiraca (AL) que é comemorada erradamente no dia 30 de outubro. Segundo o membro da ACALA (Academia Arapiraquense de Letras e Artes), Antônio Carlos da Conceição, a data correta é 30 de maio de 1924 – dia, mês e ano que o projeto de lei foi assinado pelo então governador de Alagoas, Fernandes Lima – portanto, foi este o dia e o mês da Emancipação do município que passou a ser comemorado no dia 30 de outubro porque somente nesta data o governador pôde vir à Arapiraca comunicar oficialmente o fato.

UM SONHADOR [ Soneto ] (Autor: Cícero Galdino, poeta e membro da ACALA)

Jovem ativo, sonhador que conheci,  / Ele pensava e foi locutor da emissora Novo Nordeste que foi grande professora, / Um talentoso amigo que nunca esqueci

O Romilton Júnior que se tornou famoso, / Trabalhando pela trilha da poesia;                                                                                      Sabe lidar com os simples e a burguesia / Com atitudes brandas, num gesto formoso

Adotou: Homem sete instrumentos por três. / Com persistência e garra tem ele vencido,   Procurando ser honesto e também cortês

A vivência lhe ensinou a buscar o caminho / Com pouca ajuda, a labutar quase esquecido, / Improvisando seus cordéis sempre sozinho.

  • Soneto em homenagem ao amigo, Romilton Júnior.

Tributos (Romilton Júnior):                                                                                                             

1 – “Romilton Júnior, sempre soube preservar as suas amizades. Ele costumava comparecer na minha loja: a Eletrontek, aos sábados, para buscar minha singela ajuda. Sua visita para mim era sempre uma renovada satisfação. Numa dessas visitas, ele me pedira um soneto. Na ocasião, brincando com a ideia, eu lhe disse: Faça você mesmo. Você não é poeta! ‘. Ele respondera: ‘Quero que você faça para quando você lançar seu livro, que fique um registro sobre minha pessoa’ ‘Tudo bem, Romilton, estou brincando. Vou fazer, mas o que você quer que eu escreva?’ Ele dissera: ‘Tenho 20 profissões e vou relacioná-las’. Logo, me pediu uma folha de papel e uma caneta. Sentou-se e escreveu rapidamente. Depois que li a lista, eu lhe disse: ‘Romilton! Descobri que você acaba de ganhar mais uma profissão. Você é um anotador de profissões’. Foi assim que surgiu o soneto, Um Sonhador. Após a despedida de Romilton Júnior os meus sábados não foram mais os mesmos, até me acostumar com sua ausência! ” (Cícero Galdino, empresário e membro da ACALA)

2 “Ele iniciou sua vida profissional no rádio, em 1976, na inauguração da Rádio Novo Nordeste AM, onde apresentava, todas as tardes, o programa Casarão Nordestino. Ultimamente, ele também se dedicava à pintura, retratando o cotidiano de Arapiraca. Para o comunicador, Isve Cavalcante, ele era um profundo conhecedor das chamadas poesias matutas. Bastante versátil, Romilton Júnior tinha o dom do improviso!” (Cláudio Roberto, jornalista, e Mitchel Torquato, radialista)

Fontes: blog Arapiraca Legal (entrevista exclusiva com Romilton Júnior) Pedro Jorge; jornais: (extintos) Novo Nordeste Romilton Júnior e O Jornal Alagoas (coluna Entre Linhas)  redação; sites: 7 Segundos redação e Portal 96 FM Arapiraca Cláudio Roberto e Mitchel Torquato; e, livros: Desafio (2012) Cícero Galdino e O Cordel do Oitentão (2016) Judá Fernandes.

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Crédito da foto: site 7Segundos.

1.30 l  SEVERINO DO PAPEL     (In Memoriam)

O veterano e irreverente forrozeiro, Severino do Papel, se apresentava com o projeto denominado Forrozão me Leve Que eu Vou. Ele, também, cantava nas portas de estabelecimentos comerciais acompanhado de um trio de músicos formado por um trianguista, um zabumbeiro e um sanfoneiro.

Em 2015, Severino do Papel, compôs a canção Arapiraca é Cidade Boa! cujos versos são os seguintes: “A cidade boa / Estado de Alagoas / Terra dos Marechais / Manoel André foi quem te criou / Inaugurou pra gente morar / A quem vier pra aqui / Não quer mais voltar / Não quer mais sair / A quem vier pra cá / Não quer mais sair / Não quer mais voltar!”      

O seu nome de batismo é Severino Firmino da Silva. Ele faleceu, aos 87 anos de idade, de causa natural às 6h do dia 14 de junho de 2017. Natural do estado de Pernambuco, Severino era casado com a dona Rita e deixou sete filhos – sendo seis mulheres e um homem. Segundo informações, Severino do Papel, morreu em sua própria residência. O sepultamento aconteceu, no dia 15 de junho de 2017, às 10h, no Cemitério Pio XII (bairro Baixa Grande, Arapiraca).

Linha do Tempo (Severino do Papel):                                                                                    

2016 – No mês de junho, Severino do Papel, se apresentou no palco do Mercado de Artesanato Margarida Gonçalves, no São João de Arapiraca: Terra de Mulher Arretada. Este evento foi uma realização da Prefeitura Municipal de Arapiraca, por meio da SECTUR (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), com apoio do MINC (Ministério da Cultura) e do tradicional Grupo Coringa de Arapiraca.

Fontes: Facebook Notícias Cidade redação, site 7Segundos  Lais Pita e blog Arapiraca Legal (entrevista exclusiva com Severino do Papel) Pedro Jorge.

1.31 l  SEVERO DA MATA LIMPA (SEVERO SANFONEIRO)  [ Lagoa da Canoa (AL)

O sanfoneiro, Severo da Mata Limpa (Severo Sanfoneiro), é bastante conhecido no Agreste alagoano e às segundas-feiras participa regularmente, ao lado do Mestre Afrisio Acácio e de outros forrozeiros da região, do projeto Cultura na Praça. Severo, já teve a oportunidade de fazer parte das caravanas de Gerson Filho & Clemilda (in memorians) e da Gigante Maria Feliciana, em excursões pelos estados de Alagoas e Sergipe.

Severo é um excelente acordeonista, cantor e compositor. Ele possui um repertório com composições próprias, a exemplo de Forrofiando e De Campo Grande a Arapiraca (parceria com Afrísio Acácio do Acordeon e dos 8 Baixos). As quatro últimas faixas são daqueles forrós que expressam a musicalidade e o sensualismo dos nordestinos. Os amantes do legítimo forró pé de serra gostam do sanfoneiro que sabe realmente brincar com os dedos e, Severo da Mata Limpa, sempre mostra seu estilo e a influência do Agreste do estado de Alagoas, com belos acordes e muita animação.

Fonte: site Forró Alagoano José Lessa Gama (Zé Lessa, Maceió AL).

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1.32 l  TÂNIA DO ARROCHA & PAIXÃO MUSICAL (TÂNIA DULES)

Tânia do Arrocha & Paixão Musical (Tânia Dules), é filha do veterano e consagrado forrozeiro e radialista, Miguel Vieira. Em algumas de suas performances – cantando o repertório de forró –  ela se apresenta acompanhada de seu pai, no acordeom; de seu irmão (Nenê), no contrabaixo; e de outros três músicos.

Linha do Tempo (Tânia Dules):                                                                                                

2016 No dia 10 de junho, o evento São João de Arapiraca – 2016 cujo tema foi Terra de Mulher Arretada, homenageou merecidamente a forrozeira Ditinha do Acordeon. O espaço denominado Polo Forró do Mercado: localizado no Mercado do Artesanato Margarida Gonçalves foi intitulado de Palco Tânia Dules. A abertura aconteceu no dia 10 de junho e contou com as presenças de Tânia Dules – acompanhada por seu pai, Miguel Vieira; Neide Morena – com o acompanhamento de Bastinho da Sanfona e da veterana e consagrada forrozeira, Ditinha do Acordeon.

2016 No dia 25 de junho, duas grandes representantes do forró pé de serra: Tânia Dules e Alcina Acácio; foram homenageadas no palco do Mercado de Artesanato Margarida Gonçalves, localizado na Praça Ceci Cunha, no São João de Arapiraca – Terra de Mulher Arretada. As duas artistas foram prestigiadas pelo deputado estadual, Ricardo Nezinho, e pelo vice-prefeito, Yale Fernandes. O evento foi uma realização da Prefeitura Municipal de Arapiraca, por meio da SECTUR (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo), com apoio do MINC (Ministério da Cultura) e do tradicional Grupo Coringa. “Participar de uma homenagem desta a duas importantes artistas da nossa terra, nos enche de orgulho!”, disse o deputado estadual, Ricardo Nezinho.

Fontes: Facebook Notícias Cidade redação, jornal Jornal de Arapiraca (coluna Janu) Januário Leite e blog Arapiraca Legal (com informações de Miguel Vieira) Pedro Jorge.

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Crédito da foto: Prefeitura Municipal de Arapiraca.

1.33 l   ZEZINHO DO ACORDEON (TRIO OS 3 NORDESTINOS COM ZEZINHO DO ACORDEON)

Zezinho do Acordeon é o nome artístico de José dos Santos. Ele nasceu, em Pão de Açúcar (AL), no dia 1º de janeiro de 1940 e está radicado no município de Arapiraca (AL), desde 1966.  De sua terra natal, primeiro ele se mudou para a cidade de Carneiros (AL), aos seis anos de idade, onde passou toda a sua infância e adolescência.  Nesta época, Zezinho, já sonhava em ser caminhoneiro e músico. O primeiro instrumento que ele aprendeu a tocar foi o cavaquinho.

Aos 20 anos de idade, foi morar no povoado Lagoa da Volta (pertencente a Porto da Folha SE); aprimorando o aprendizado do cavaquinho, mas sempre sonhando em aprender a tocar acordeom. Para conseguir comprar este instrumento musical, ele resolveu plantar feijão: semeou treze litros e colheu 13 sacos e meio. Com parte do dinheiro arrecadado da safra, Zezinho conseguiu comprar o instrumento que tanto sonhava. Com oito dias de treino já estava tocando algumas músicas. Zezinho do Acordeon é casado com D. Josefa Maria dos Santos e, é pai de seis filhos: Cícera Maria, Maria de Fátima, José Carlos, Quitéria Maria, Marinês Maria e Valdíria Maria dos Santos.                                                                                                           \

Antes de vir morar, em Arapiraca, ele residiu um ano, em Maceió (AL). Chegando na antiga Capital Brasileira do Fumo, no ano de 1966, foi trabalhar no DER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagens). Nessa época parou com a música, só vindo retornar no ano de 1988, quando comprou o seu segundo acordeom. Em 1991, se aposentou pelo DER por tempo de serviço e resolveu se dedicar à música. Autodidata, Zezinho do Acordeon, aprendeu tocar sanfona escutando os LPs de Trio Nordestino, Luiz Gonzaga (1912-1989), Ari Lobo (1930-1980), Marinês (1935-2007) & Sua Gente, Genival Lacerda, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro, Zé Nílton; entre outros.

No início dos anos 1990, José dos Santos, participou como músico-integrante do grupo Os Alegríssimos, que era formado por um acordeonista, um trianguista, um zabumbeiro e um tocador de reco-reco no antigo programa Pell Marques (TV Gazeta de Alagoas). O apresentador desta atração televisiva gostou bastante de seu desempenho no acordeom e o batizou artisticamente de Zezinho do Acordeon. Ele já teve a oportunidade de se apresentar, além de todo o território alagoano, em diversas cidades de outros estados brasileiros: Caldas Novas (GO), Aracaju (SE), Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE) e outras. Em Maceió (AL), Zezinho do Acordeon, cantou no Centro de Convenções; na casa de shows Sururu de Capote; no Clube Fênix Alagoano; e, em um navio de turistas que estava ancorado na Praia de Pajuçara.

Atualmente, Zezinho do Acordeon, está trabalhando na pré-produção de seu primeiro CD; que é uma antiga exigência de seus admiradores. Ele se apresenta com a formação Trio Os 3 Nordestinos com Zezinho do Acordeon. O estilo e timbre de voz de Zezinho do Acordeon é parecido com o do Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989).

Fonte: blog Arapiraca Legal (entrevista com Zezinho do Acordeon) Pedro Jorge.

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Crédito da foto: lembrança da Missa de sétimo dia de Zé do Rojão.

1.34 l  ZÉ DO ROJÃO [ Radialista e Forrozeiro, in Memoriam ]

“Sou um homem completo pois tenho minha família ao meu lado. Arapiraca é minha grande paixão. O estúdio da Rádio Novo Nordeste AM leva meu nome. Tem também um retrato bem grande me homenageando. A música e a poesia são meus amores! O caso é sério, conterrâneo, e ninguém zomba da verdade! ” (Zé do Rojão, in memoriam)

Perfil 1 O saudoso radialista, cantor e poeta-declamador, Zé do Rojão; foi um dos pioneiros da Rádio Novo Nordeste AM – 570 de Arapiraca (AL). Ele estreou O Rojão do Nordeste: primeiro programa da emissora que foi ao ar, em 21 de agosto de 1976, ás 5h. Desde então as famílias nordestinas acostumaram-se a tomar o café da manhã, em tão boa companhia. Ao mesmo tempo em que apresentava sua atração radiofônica na Novo Nordeste AM atuou também por alguns anos nas tardes da Rádio Sampaio AM de Palmeira dos Índios (AL).

A sua ligação com a radiodifusão teve início, aos 16 anos de idade. Durante o período que morou, em Maceió (AL), conheceu pessoas ligadas à radiodifusão de Alagoas onde deu seus primeiros passos. Em 1960, na antiga Rádio Clube de Arapiraca participou junto com amigos, em um programa de música regional. Foi nesse período que se descobriu com um timbre de voz caracteristicamente nordestino.

Em 1966, durante um ano, das 5 ás 7h, atuou na antiga Rádio Antena de Publicidade, em Arapiraca, com o programa Alegre Amanhecer. Em 1960, José Cícero passou uns dias no estado de Sergipe onde se apresentou na TV Aperipê, e por várias vezes cantou na Rádio Liberdade de Aracaju (SE). Seu nome foi aparecendo na região de Sergipe e interior de Alagoas passando a cantar, em várias cidades. Em 1971, o maestro Jovelino Lima produziu um compacto na Gravadora Rozenblit, em Recife (PE), e Zé Cícero gravou um rojão. Foi um grande sucesso, em sua carreira artística, então Jovelino deu um novo nome ao cantor, surgindo daí o Zé do Rojão. Em 1974, participou de uma excursão ao estado da Bahia, patrocinada pelo tradicional Grupo Coringa (fundado no ano de 1969) Que estava lançando naquela época seus produtos na região. Zé do Rojão cantou na Emissora Rural, em Petrolina (PE), no programa No Forró da Cuia Grande de onde foi conquistando popularidade além-fronteiras.

Com o início de sua carreira como radialista, Zé do Rojão, foi se projetando rapidamente no meio artístico ao mesmo tempo, em que fazia parte da Rádio Novo Nordeste AM, se apresentando nas Festas Juninas, Folclóricas e de Santos; circos; Vaquejadas; Emancipações Políticas; antigos comícios e outros eventos regionais do interior de Alagoas. Pela Rozenblit gravou, em 1979, o LP Boca de Forno O primeiro de uma série de músicas juninas ; um grande sucesso com o notável acompanhamento do sanfoneiro pernambucano, Basto Peroba. Em 1980, gravou o LP Boca de Forno – Volume 2; outro grande sucesso e, ainda, um compacto intitulado Zé do Rojão Canta o Novo Nordeste. Seu último trabalho foi o CD Zé do Rojão, Poesias Matutas – uma coletânea de sua autoria e de outros grandes poetas. Em sua carreira artística cantou ao lado de Genival Lacerda e Trio Nordestino; Luiz Gonzaga, Jacinto Silva, Mestre Zinho e João do Pife (in memorians); e outros astros da música popular nordestina. Por volta de 1947, conhecido por Zé Cícero, se apresentou na Feira Livre de Cana Brava acompanhado pelo sanfoneiro, Zé Luiz.

Perfil 2 José Cícero dos Santos é o nome de batismo de Zé do Rojão (in memoriam). Ele é natural do antigo distrito de Cana Brava (atual Taquarana – AL), que na época pertencia ao munícipio de Limoeiro de Anadia (AL). Primeiro filho do casal, senhor Pedro Silvestre e dona Regina Rosa dos Santos (in memorians). Ele nasceu no dia 27 de fevereiro de 1938. Aos seis meses de idade foi trazido pela família para Arapiraca (AL). Com seis anos a família se transferiu para o povoado Lagoa do Rancho (atual Vila São José). Aos 14 anos, José Cícero, foi trabalhar na padaria do senhor José Nobre e, nos finais de semana tocava pandeiro nos forrós e sítios da redondeza. Mais adiante, em 1957, foi servir o Exército Brasileiro no quartel do 20 BC (Vigésimo Batalhão de Caçadores). Após um ano na caserna foi dispensado e voltou para Lagoa do Rancho, retomando o trabalho na padaria. Dois anos depois, em 1959, casou-se com a jovem Mailza Matias dos Santos, em Coité do Nóia (AL). Desse matrimônio nasceram cinco filhos (a): Jackson, Jacy, Jailson, Jadielson e Jair Matias dos Santos. O casal ainda adotou, Claudiane Lima da Silva.

Além de radialista, poeta-declamador, compositor e forrozeiro ele, também, foi vereador pelo município de Coité do Nóia eleito, em l982, pelo antigo PDS (Partido Democrático Social). Durante este período continuou seu trabalho na Rádio Novo Nordeste AM (570) – Conceito e Liderança. Zé do Rojão com seu vozeirão característico, sua animação inconfundível, carisma e dedicação; prestou uma grande contribuição à música regional nordestina, divulgando a antiga Capital Brasileira do Fumo e alegrando semanalmente o povo do Agreste e Sertão de Alagoas durante décadas.

Zé do Rojão faleceu, na manhã do dia 23 de novembro de 2013, aos 75 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória. Ele estava internado havia mais de 15 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional de Arapiraca. O velório foi bastante movimentado com a presença de amigos, fãs e familiares. O seu sepultamento aconteceu às 9h da manhã de domingo (24 de novembro de 2013) no Cemitério Pio XII da Terra de Manoel André e Esperidião Rodrigues. Zé do Rojão deixou sua marca registrada ao longo de mais de 50 anos de vida dedicada à produção artística por meio do rádio e de diversos outros seguimentos da Cultura regional.

Linha do Tempo (Zé do Rojão):                                                                                                

2010 Neste ano, a Rádio Novo Nordeste AM onde, Zé do Rojão, atuou por mais tempo da sua vida em um justo reconhecimento ao seu talento batizou um moderno estúdio com o seu nome artístico. Aproveitando o ensejo, o Museu Zezito Guedes lhe prestou uma homenagem como reconhecimento de seu inestimável valor e de sua importante atuação na radiodifusão arapiraquense. A exposição O Rojão do Nordeste, homenageou o Mestre do Rádio Interiorano. Esta mostra permaneceu aberta até o dia 17 de setembro de 2011 no referido museu, que fica localizado na praça Luiz Pereira Lima.

2012 A Câmara Municipal de Arapiraca (AL), prestou homenagens ao radialista e forrozeiro, Zé do Rojão, e ao empresário e gerente da Carajás, Munir de Paulo. Com a presença de familiares, amigos e convidados. Zé e Munir, receberam na noite de 27 de junho os títulos de Cidadãos de Arapiraca outorgados pelo vereador, João dos Santos. Daniel Rocha comparou os símbolos de Arapiraca como o ASA Gigante e a Rádio Novo Nordeste AM a Zé do Rojão, afirmando que o radialista também faz parte da história do município. Ao agradecer a homenagem, Zé do Rojão que teve o seu currículo apresentado pelo seu filho o radialista, Jadielson do Rojão aproveitou a oportunidade para agradecer ao responsável por tudo isso: o Dr. Judá Fernandes (primeiro diretor-presidente da NN AM), quem lhe deu a oportunidade de mostrar o seu trabalho, desde agosto de 1976, quando a emissora foi oficialmente inaugurada. Ainda, em 2012, Zé do Rojão e diversos outros radialistas foram homenageados durante as Festas Juninas.

 2014 A emoção esteve no palco, contracenando com os sanfoneiros de Arapiraca reunidos na Tenda Cultural do Mercado do Artesanato, na noite do dia 6 de junho, onde foi celebrada a abertura do São João de Arapiraca – Especial Zé do Rojão. Houve apresentações da quadrilha estilizada Banaluar (Vila Bananeira) e da banda Forrofiando, sendo acompanhada pelo Mestre Afrísio Acácio, Bastinho da Sanfona, Severo e Zé Moreira. Os músicos dedicaram o show a Zé do Rojão. Levado ao palco o radialista, Jadielson do Rojão, agradeceu à prefeita, Célia Rocha, e à secretária de Cultura e Turismo de Arapiraca, Tânia Maria, pela homenagem.

2016 No dia 23 de janeiro, o bloco Língua Solta participou do desfile carnavalesco denominado Folia de Rua de Arapiraca. Este bloco voltou a desfilar após um hiato de oito anos. Reunindo os profissionais da comunicação do Agreste alagoano, além de familiares e amigos, o Língua embalou com marchinhas de Carnaval e frevo com o acompanhamento da Orquestra Santa Cruz de Taquarana. O abadá trouxe uma homenagem a um dos maiores comunicadores do rádio alagoano, o Zé do Rojão. Ele tornou-se um ícone da comunicação radiofônica ao militar por mais de 30 anos na Rádio Novo Nordeste AM (570). O Língua Solta desfilou com cerca de 200 foliões no entorno do Bosque das Arapiracas.

CONTERRÂNEO [ Soneto ] (Autor: Cícero Galdino, poeta e membro da ACALA)

Leal, amigo, de versos encantadores, / Grande poeta e famoso nordestino. / O José agrada a homem, mulher e menino, / As canções satisfazem até doutores.

Sempre chama a todos nós de conterrâneo, / Nos programas das manhãs, fins de semana. / Como é bondoso, e também muito bacana, / Gente boa, meu xará contemporâneo.

Um grande pai, muito amado ele é também, / Recebe, acolhe os seus com muito carinho. / Zé do Rojão, só o bem faz, mal a ninguém.

Experiente! Só o tempo é quem o faz. / Quem direito trilha, não corta caminho: / O bom exemplo reflete e satisfaz.

Homenagens (Zé do Rojão):                                                                                                             

1 – “Há mais de 35 anos uma voz forte e cadenciada acorda o povo alagoano. Com sua linguagem simples este vulto da comunicação nordestina foi o responsável pela formação de toda uma geração. Valorizando o trabalho, a cultura do nosso povo, a boa música e a credibilidade de Zé do Rojão forjaram um linguajar todo especial. Tão importante como ouvir os bordões do Zé é apreciar seu dom quase que exclusivo para a declamação poética popular. Ouvir Zé do Rojão é viajar pelas paisagens deste grande Sertão nordestino. Deus te abençoe, e sempre continues como guardião e salvaguarda da nossa cultura popular!” (Ronaldo Oliveira empresário, radialista, cordelista e incentivador cultural)

2 – “Sou de Coité do Nóia e hoje resido, em São Paulo, mas sempre procurei notícias do nosso Zé do Rojão, pois cresci ouvindo a Rádio Novo Nordeste AM (570). Minha mãe ligava o rádio para ouvir a abertura da programação que era com Desiderata na voz de Cid Moreira, e não parávamos mais de escutar. Gostava muito dos poemas que o Zé declamava. Minha mãe uma analfabeta, chorava quando ouvia o poema É Triste Não Saber Ler, e com isso fez com que seus oito filhos fossem todos para a escola. Que Deus continue protegendo o nosso Zé do Rojão!” – (Domingos Eugênio de Melo São Paulo)

3 – “Nesta data, 27 de fevereiro de 2012, desejamos ao Zé do Rojão muitos anos de vida, saúde e lucidez para levar adiante o seu potencial artístico e que só engrandece a nossa querida Arapiraca e região!” (Ely Leão, Brasília DF)

4 – “Há 25 anos resido, em Maceió. Sou natural de Porto Real do Colégio (AL) e, passei um tempo, sem ter notícias desse Gigante da Comunicação, mas, sempre guardava em minhas lembranças, quando meu pai, ás 5h ligava o nosso Motorádio, daí então não dormíamos mais. Com suas lições de vida, ele é, até hoje, para mim, uma referência de honestidade, caráter e moral. Recentemente descobri, que o Zé, juntamente com seu filho Jadielson do Rojão, estão fazendo uma audição especial do Rojão do Nordeste, daí então, todos os sábados, logo cedinho, estou ligado na NN AM, através da Internet. Muita vida para você, Zé do Rojão e muito obrigado, por ter contribuído, com seus ensinamentos e ter ajudado a formar o meu caráter de homem de bem!” (Izidoro, Maceió)

5 – “O Novo Nordeste canta desassombrado na voz de Zé do Rojão. O verdadeiro Nordeste brasileiro de hoje, supermoderno, musicalmente avançado e que, graças a Deus, não perde a singeleza e a ternura das coisas bem nossas, cantadas ontem, hoje e sempre na história de nossa gente, que cada vez mais encontra novos e bons motivos para cantar!” (Rosa Maria Guerrera)

Tributos (Zé do Rojão):                                                                                                                     

1 – “O conheci desde seu início profissional. Ele valorizava a riqueza da natureza através de prosas, versos e canções brejeiras. A poesia nascera com ele e a sua voz era de trovão. Ele sabia como ninguém emocionar a todos com mensagens que ficarão gravadas nos corações de cada um que o admirava. A NN AM soube reconhecer seu valor, o colocando até seus últimos dias fazendo seu programa. Sua despedida foi por muito tempo adiada. Seus sintomas, sua fragilidade… mas você voltava no outro dia. Acredito, que até o Criador queria ver você um pouquinho mais com a gente. Nós, sempre nos alegrávamos ao ouvi-lo nas manhãs. Infelizmente o adeus inevitável. Hoje (24 de novembro de 2013) é uma manhã de domingo muito triste! Uma grande multidão lhe deu o último adeus, em forma de poesia e reconhecimento!! Vá Zé, fazer duetos com pessoas que lhe esperam no Céu. Aqui ficamos relembrando sua trajetória, suas manhãs, seus recados… Mereces todos os nossos aplausos. Vá com Deus, insubstituível, Zé do Rojão!!!” (Marcos Góes, empresário)

2 – “Fui agraciado por Deus em ouvir, Zé do Rojão, desde o dia 21 de agosto de 1976, estreando na Rádio Novo Nordeste AM, até abril de 1980 quando fui pra São Paulo. É uma perda irreparável. Descanse em paz, Zé!” (Luiz Barbosa da Silva, São Paulo SP)

3 – “A sua voz calou, mas sua presença permanece. Sua partida deixou em nossos corações profunda tristeza, confortada com a presença da vida eterna. Fostes uma semente que semeou, nasceu e cresceu com fruto de amor que tivesses por todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com você!” (Igor Pinheiro)

4 – “Zé do Rojão: a vida cumpre seus ciclos e ao girar como um disco de vinil deixa no ar e na nossa memória aquilo que escutamos. Ouvi durante muito tempo o programa Rojão do Nordeste, na NN AM de Arapiraca, onde também trabalhei. O apresentador era o Zé do Rojão, que dedicou mais de 50 anos à vida artística cantando e narrando histórias do povo da região. Hoje ele está de partida, mas certamente continuará sendo ouvido ou lembrado da sua voz forte, do seu carisma e do seu talento!” (Valdir Oliveira, Olinda / Recife PE)

5 – “Morreu um dos pais do rádio arapiraquense! Acabei de saber que perdi um grande amigo, o Zé do Rojão. E, saber que vou chegar em Arapiraca e não vou mais ouvi-lo na Novo Nordeste AM – coisa que fazia há mais de 36 anos. Liguei no programa dele, ficamos felizes, ganhei até uma poesia de presente. Radialista de uma voz inconfundível. Cantor, artista – O melhor poeta do Nordeste brasileiro, premiado em todo o Brasil. Os radialistas arapiraquenses estão órfãos. Adeus, pai! Adeus, amigo! Fica com Deus! Minhas condolências à família. Estou muito triste!” (Márcia Meirellys, colunista social e esportiva, Aracaju SE)

6 – “Recebi uma notícia triste: perdemos mais um grande artista nordestino – nosso grande Zé do Rojão. Fica aqui minha homenagem póstuma a esse cara que aprendi a admirar. O Pedro Jorge, sempre me deu todas as informações a respeito dele. Os meus sinceros pêsames a todos os seus familiares e a toda nação que admirava o seu trabalho. Arapiraca e todo o Brasil estão muito tristes com essa perda de hoje!” (Felipe Batista, Belo Horizonte MG)

7 – “Para mim o Zé do Rojão era único e deu muitas alegrias para mim e para toda a minha família. Zé, você sempre estará pra sempre nos nossos corações. Descanse em paz!” – (Gilvan Nunes)

8 – “Vamos sentir muita falta das gargalhadas do Zé do Rojão, nas manhãs da Novo Nordeste AM com o seu tradicional programa Rojão do Nordeste! ” (Prof. Sebastião Cândido)

9 – “Zé do Rojão, foi uma figura muito conhecida e ligada a Cultura tradicional da região Nordeste do Brasil. Seja no âmbito do forró pé de serra, com o qual teve muita ligação por ter apresentado um programa matinal por mais de três décadas e por ter gravado vários discos nesse estilo ou pela sua maneira de comunicar e divulgar todos os momentos culturais e folclóricos de Arapiraca. Ele era um amante da vida e um profissional entusiasmado!” (Paulo Marcello, radialista e DJ)

10 – “Eu me lembro de uma das composições do Zé do Rojão. Eu era adolescente e nunca esqueci. Ele fez para o Sr. Alonso de Abreu (in memoriam). Sou fã do Zé do Rojão. Meu grande abraço, a todos os arapiraquenses!” – (Gomes Cruz, cantor São Paulo)    

11 – “O povo sente saudades de nosso Zé do Rojão contando suas histórias. Em sua comunicação sempre era bem descontraído e com muita educação. Nós, jamais iremos lhe esquecer: verdadeiro Herói do Sertão!” – (Donizete Batalha, radialista: de Jacaré dos Homens  AL, radicado em Batalha – AL )

12 – “Zé do Rojão foi um dos primeiros radialistas da Rádio Novo Nordeste AM. A sua voz com boa dicção despertava a Nação Agrestina com música de raiz, forró pé de serra e declamações de poesias matutas de autoria de Zé da Luz, Catulo da Paixão Cearense e outros.” (Roberto Gonçalves, jornalista)

13 “O saudoso comunicador e forrozeiro Zé do Rojão, foi um dos maiores defensores da genuína cultura nordestina. O poeta de Palmeiras dos Índios – AL, Turunguinha, lançou a obra literária intitulada Zé do Rojão do Nordeste (1995); Jadielson do Rojão, está escrevendo um livro e o radialista, Donizete Batalha, um cordel sobre Zé do Rojão! ” (Pedro Jorge, blog Arapiraca Legal)

14 – “Hoje (23 de novembro de 2016) faz exatamente três anos que esse Rei nos deixou triste, mas infelizmente é a realidade. Meu pai, Zé do Rojão – Que nos deu muitas alegrias –, tu saibas que a sua ausência é, e sempre será muito triste, mas nunca iremos te esquecer. Obrigado, Zé, por tudo o que fizestes, em vida, por nós: filhos, esposa (Mamãe) e amigos (as). Descanse em paz, papai!” (Jair Matias Santos, filho de Zé do Rojão)

15 – O meu nome é Turunguinha, / Sou poeta da poeira, / Recomendo ao pessoal, / Da capital fumageira, / João de Lima sempre canta, / Na praça Luiz Pereira. // (…) // Eu sou filho correntino, / Pernambucano é o meu chão, / Lancei meu primeiro livro, / Na Princesa do Sertão, / Em homenagem ao locutor, / Chamado Zé do Rojão. // Falando em Zé do Rojão, / Peço que alguém não conteste, / Este grande locutor, / Do Sertão e do Agreste; / o nome do livro é: / Zé do Rojão do Nordeste. // Norte, Sul, Leste e Oeste, / Se ouvia Zé do rojão, / Todo mundo se ligava, / Em Zé com seu vozeirão, / Na Hora do Fazendeiro… / Na Princesa do Sertão. // A voz de Zé do Rojão, / Deixava o povo animado, / Eu aprendi a lição, / Do Rojão considerado, / Um abraço pra família… / Terminei… muito obrigado!” – (José Francisco Bezerra, Turunguinha – TRGA).

Fontes: exposição O Rojão do Nordeste (Museu Zezito Guedes – Centro de Apoio à Educação Integral II) redação; sites Prefeitura Municipal de Arapiraca ASCOM, Diário Arapiraca Bernardino Souto, 7 Segundos Ronaldo Oliveira, Paulo Marcello & Kamylla Lima e 96 FM Arapiraca Cláudio Roberto; contracapa do compacto Zé do Rojão Canta o Novo Nordeste Rosa Maria Guerrera; Facebooks Cláudio Roberto Silva, Jair Matias Santos, Afrísio Acácio, Marcos Góes e Valdir Oliveira; jornal Expresso Alagoas redação; livros Desafio (2012) Cícero Galdino e Alagoas 200 Anos (2017) –  José Francisco Bezerra (Turunguinha) ; (extinta) revista O Mensageiro Pedro Jorge e blog Arapiraca Legal.

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Crédito da foto: Facebook José Dules.

1.35 l  ZÉ DULES, O DENGO DO FORRÓ (GRUPOS DENGO DO FORRÓ E A2 – TOCANDO SEU CORAÇÃO!) 

“O evento Viva Nossos Artistas (2013) com músicos arapiraquenses evidenciou e trouxe o devido reconhecimento aos artistas da nossa querida Arapiraca. Neste projeto representamos todos os músicos da Terra de Manoel André!” (Zé Dules)

José Dules de Oliveira é o nome batismo de Zé Dules, O Dengo do Forró. Ele nasceu no dia 26 de novembro de 1962, em Arapiraca (AL), e é uma das mais belas e versáteis vozes de sua geração. A sua trajetória artística teve início nos anos 1960, influenciado principalmente pelo convívio familiar  já que em sua residência, literalmente se respirava música. No começo de sua carreira artística tocava instrumentos percussivos tais como zabumba, triângulo e outros, até sentir o gosto pela arte de cantar. Depois ele teve passagem por várias bandas até chegar, enfim, a sua carreira-solo. Zé Dules, sempre inclui em seu repertório o nosso legitimo forró pé de serra.

Dules é um músico nato. Percorreu os inúmeros caminhos que a canção pode proporcionar a um profissional foi do forró ao rock e do axé ao forró, até chegar à MPB. Eclético, ele mostra em seus mais de 30 anos de carreira que o público é seu mediador. Hoje, Zé Dules, tem três projetos musicais: solo (violão e voz) & Grupos Dengo do Forró e A2 Tocando seu Coração!

A primeira experiência de Dules num grupo musical foi no antigo Limão Doce. Participou, também, do Cio da Terra, Alta Voltagem e Folha Verde: todos em Arapiraca. Zé Dules passou uma temporada de 12 anos no estado da Bahia participando das seguintes bandas musicais: Lordão, Phases, Dengo e Flor de Cacau; e no Rio Grande do Norte foi um dos integrantes do Circuito Musical.

Linha do Tempo (Zé Dules / Grupos Dengo do Forró e A2):                                            

2013 Esteve presente no Palco Perucaba (evento Viva Arapiraca – 2013), em 14 de novembro, gravando o DVD do projeto Viva Nossos Artistas com músicos arapiraquenses. Ele participou juntamente com os (as) cantores (as) Lourenço, Nelsinho Silveira, Jorginho, Marcelo Vieira, Dira Lino, Eribério, César Soares, Elaine Kundera e Paulinho. Todos (as) fizeram performances históricas.

 2016 Em junho, participou do show de lançamento do DVD Viva Nossos Artistas no Palco Ditinha do Acordeon, em frente ao Ginásio João Paulo II localizado no Parque Ceci Cunha.

Homenagem (Zé Dules, O Dengo do Forró):                                                                            

“O amigo, Zé Dules, é um excelente artista e tem profundas raízes musicais familiares. Acompanho e gosto bastante de seu trabalho!”  (Dira Lino, intérprete musical)

Fontes: release Zé Dules – redação; site Prefeitura Municipal de Arapiraca – Departamento de Imprensa; jornal Jornal de Arapiraca redação e Facebook José Dules.

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Crédito da foto: Prefeitura Municipal de Arapiraca.

1.36 l  ZÉ MOREIRA (FAMÍLIA MOREIRA)

José Moreira Brito é o nome de batismo do forrozeiro, Zé Moreira. Ele nasceu no sítio Guaribas (atualmente bairro) pertencente a cidade de Arapiraca (AL), em 1965. Casou com Josefa Rosa Brito no ano de 1979 com quem teve nove filhos, mas apenas cinco se criaram. Devido as dificuldades que persistiam, Moreira com muita força de vontade e bastante perseverança, em busca de uma vida melhor, deixa a Terra de Manoel André e Esperidião Rodrigues rumo a Aracaju (SE) onde formou um grupo de forró pé de serra com amigos que acabou sendo desfeito em virtude da falta de entrosamento entre seus componentes.

Sozinho, Zé Moreira, não deixava de extrair o som da sua sanfona com seus filhos ao seu redor Todos acompanhando e cantando a música que o pai tocava. Nesses momentos, ele percebeu os potenciais artísticos que eles possuíam para a musicalidade e formou o grupo Família Moreira com três de seus filhos: Claudevan (acordeom), Claudeir (guitarra) e Claudilane (back-vocal). Este grupo anima diversos eventos, em Arapiraca e região.

Homenagem (Zé Moreira / Família Moreira):                                                                    

“Que pena não ter alguém que se interesse por essa turma. Para mim são nota 10. Tem gente aí que não chega nem no rastro deles e são famosos!” (Edmilson Messias dos Santos)

Fontes: release Família Moreira redação e blog Arapiraca Legal.

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Crédito da foto: CD O Major do Forró – Tradicional Vol. 6 (Minha Nêga Geme).

1.37 l  ZÉ PAULO, O MAJOR DO FORRÓ

“O meu maior prazer é cantar o genuíno forró pé de serra desde menino. Fazer o que eu gosto é muito bom. Eu me sinto feliz assim! É pena que os representantes dos órgãos públicos de Alagoas e, especialmente, de Arapiraca que cuidam da cultura não deem o devido valor a minha profissão. Os meus cachês, geralmente, são menores do que os de muitos artistas amadores. Verdadeiramente, desde o início de minha trajetória artística, não tive o reconhecimento que deveria ter por parte dos governantes de Arapiraca!” (Zé Paulo, O Major do Forró)

José Paulo Silva conhecido como Zé Paulo, O Major do Forró; nasceu no dia 3 de dezembro de 1947 no povoado Capivara, pertencente ao município de Traipu (AL) e está radicado, em Arapiraca (AL), desde 1962. Ele continua em plena atividade musical, realizando vários shows. Este veterano e consagrado cantor e compositor de forró começou tocando, em festas religiosas, aos 10 anos de idade. Tocou nos grupos de guerreiro, chegança e reisado e, também, dançou e cantou nos pastoris. Zé Paulo cantou 25 anos, em Sergipe, durante as Festas Juninas e Festas de Vaquejadas no período de 1973 a 1998.

Em 1967, Zé Paulo, viajou para São Paulo (SP) onde se apresentou representando Alagoas no Forrozão de Pedro Sertanejo Localizado no bairro Belém. Ele já teve o privilégio de se apresentar ao lado de grandes nomes da música regional nordestina: Jackson do Pandeiro; Jacinto Silva; João do Pife, O Rei do Pife; Osvaldo Oliveira; Marinês & Sua Gente; Trio Nordestino; entre outros. Zé do Paulo, O Major do Forró acompanhou Luiz Gonzaga, O Rei do Baião de 1964 até 1985, tocando zabumba e fazendo back-vocal. Também acompanhou Zé Gonzaga (irmão do Gonzagão), Oswaldinho do Acordeon, Elba Ramalho, Dominguinhos; e outros representantes da autêntica música nordestina.

Ele é cadastrado, desde 1989, na SICAM (Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais) e na SOCINPRO (Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais); nas categorias de cantor e compositor. Zé Paulo, O Major do Forró participou de diversos programas de televisão: Clube do Bolinha (TV Bandeirantes – atual BAND / SP), Pell Marques Show (TV Gazeta de Alagoas – afiliada da Rede Globo/RJ), Programa do Ratinho (TV Record / SP); entre outros.

Zé Paulo, foi casado com D. Lenira Maria Silva (1946-2016).  Ele é pai de quatro filhos. Suas duas filhas, Adriana e Ana Paula, estão entre as cantoras mais conhecidas das bandas de forró eletrônico da Terra do ASA Gigante; e os seus filhos José Flávio e José Fábio, se apresentam em casas noturnas de São Paulo (SP): tocando e cantando diversos estilos musicais. Ao longo de sua trajetória artística, Zé Paulo, O Major do Forró gravou três vinis, seis CDs (independentes) e um DVD.

Discografia Básica (Zé Paulo, O Major do Forró):                                                                    

* LP José Paulo – Forró da Dona Aurora (Iracema, 1987); // * LP Zé Paulo –  Gemido de Madalena (Chororó Discos – Madrigal Discos, 1988); // * LP 2 em 1 – Zé Paulo e Miguel Vieira (JM Som / 1994); // * CD Zé Paulo, O Major do Forró  A Andorinha (Discos Chororó).

Linha do Tempo (Zé Paulo, O Major do Forró):                                                                  

2011 Neste ano, Zé Paulo, lança o CD As Belezas de Arapiraca, onde homenageia a Terra de Manoel André com a faixa-título. Este disco conta com as participações especiais de Damião do Acordeon (in memoriam), Cláudia Santos e Moisés do Forró.

2011 No mês de junho, o forrozeiro Zé Paulo, gravou um DVD com a coordenação de D. Lurdes na AAPIAR (Associação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Arapiraca). Este DVD contém 23 faixas e conta com o Damião do Acordeon (in memoriam) na sanfona e Eduardo Silva Leite (neto de Zé Paulo) nos teclados; e, as participações especiais de Afrísio Acácio do Acordeon, Bastinho da Sanfona, Moisés do Forró e Zezinho Gasolina.

Homenagem (Zé Paulo, O Major do Forró):                                                                           

“Zé Paulo, iniciou sua carreira musical aos 10 anos de idade. Sua atividade artística teve início nas manifestações folclóricas: guerreiro, chegança e reisado que tiveram grande influência para a consolidação do forró como gênero musical e na forma de interpretação dos forrozeiros alagoanos!” (José Lessa Gama / Zé Lessa, site Forró Alagoano, Maceió)

Fontes: blog Arapiraca Legal (entrevista exclusiva com Zé Paulo, O Major do Forró) Pedro Jorge e site Forró Alagoano José Lessa Gama (Zé Lessa, Maceió AL).