PROFESSOR BENILDO


TRIBUTO – Professor Benildo Medeiros

 Os administradores do blog Arapiraca Legal, Pedro Jorge e Gilvan Juvino, e os poetas Eufrásio e Cartuxo Cordelista prestam um tributo, através do cordel “O Grande Mestre”, ao saudoso Prof. Benildo Medeiros.
 
O GRANDE MESTRE
Autores: Eufrásio e Cartuxo Cordelista
 
Eu vou contar uma história / Com prazer e alegria
Falando do grande “Mestre” / Doutor em Geografia
Ele já está no céu / Junto da Virgem Maria
Foi chamado por São Pedro / Para lecionar Filosofia.
 
Benildo foi bom aluno / Filho de Dona Yayá
Morava na Rua Quinze / Gostava de trabalhar
Ajudando o seu pai querido / Seu trabalho era soldar
Aproveitando as horas vagas / Somente para estudar.
 
Foi aluno aplicado / Estudava noite e dia
Era bom em Português / Lecionava Geografia
Foi aluno nota dez / Em toda prova que fazia
Os professores orgulhosos / Suas notas exibiam.
 
Gostava de escrever / Era bom em poesia
Desenhava a mão livre / Com muita categoria
Os alunos se admiravam / Dos mapas que ele fazia
Desenhando no quadro negro / E sua mão não tremia.
 
Sempre foi muito festeiro / Dançava com alegria
Lhes chamavam pé-de-valsa / Todo ritmo ele sabia
Quando o conjunto tocava / Era aquela euforia
No Clube dos Fumicultores / O povo lhe aplaudia.
 
Um dia estava em casa / Sentiu forte agonia
Foi direto para o hospital / Medir a sua glicemia
Cada dia que passava / Benildo emagrecia
Era o tal do diabetes / Que o seu corpo consumia.
 
Benildo antes de morrer / Sentou, chorou e rezou
Olhou para o céu e disse: / Jesus não me abandonou
Eu estou sofrendo muito / Estou sentindo muita dor
Minha hora está chegando / Foi o Pai que me chamou.
 
No dia da minha morte / Chamei por Nosso Senhor
Meu Cristo me escutou / Mandou logo me buscar
Eu não podia andar / Não tinha pernas mais não
Também perdi a visão / Comecei logo a chorar.
 
 No dia do meu velório / Foi muito choro e aflição
Eu deitado no caixão / Mas não queria morrer
Apesar do meu sofrer / Ainda queria lutar
Cristo mandou me chamar / O que é que eu vou fazer?
 
Sua esposa chorava muito / Foi grande a emoção
Abraçada com os seus filhos / Ao lado do seu caixão
Benildo diga pra mim: / Que você não morreu não
Porque eu não suporto / A dor da separação.
 
Vou terminar essa história / Com prazer e alegria
Falando do grande “Mestre” / Doutor em Geografia
Que hoje mora no céu / Perto da Virgem Maria
Ensinando Português / E, também Geografia.
 

Fonte: http://cartuxocordelista.blogspot.com/

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Pode ser uma imagem de 1 pessoa, em pé e texto

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "QUINTA-FEIRA maio 2022 Oreulhava-se JORNALD ORNALDERAPR Benildo vibrava com desfiles cívicos Júnior de Arapiraca mais: professor Bc- Medeiros apresentando, anualmente, aula saudade. Fazia chorar, alunos. pais praxe, lestejos PREFEITO: PREFEITURA ARAPIRACA ucianoBarbosa ose Cordelis- sempre, Benildo um ficavam; saudade ares. presença constante falando sobre futuro daqueles passado. Dizia repente... tempo passou lão Fundamental Professor Benildo Medeiros, localizada Engenheiro Camilo Collier, manhã lo 2008, Estavan 28d Era Fumicultores/ aplatdia César Barbosa- representan- Benilo Medeiros, suaul entre- vaticinou: *Se Machado. estiveram vercador Moisés de Moacir Teofilo, sora Maria Damasceno, Rejane Mércia Medeiros homenageado Pinheiro, encerrado çao circense alunos Escola Fundamental Zélia"

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BLOGS – Minuto Arapiraca

Maior Abandonado
Autor: Cartuxo Cordelista

O que eu fiz na minha vida / Para poder viver assim?
Meus filhos num asilo me jogaram / Onde sou maltratado,
Sozinho e isolado / Esse será o meu fim.

Trabalhei uma vida toda / Correndo prá lá e prá cá,
Mas nunca desmoronei / E com muito sacrifício
Na escola meus filhos coloquei, / E com a ajuda de Deus, todos eles formei.

E esse foi o pagamento / Que me dado por eles,
Nunca pensei em ficar sozinho / Hoje estou no sofrimento,
Não tenho mais ninguém / Essa dor eu não aguento.

À noite eu fico pensando / Como isso pode acontecer
Meus filhos quando eram pequenos, / Eu cantava cantiga de ninar
Aí não consigo mais dormir / O que fiz de errado prá viver assim?

Os meus filhos, / Aqui me jogaram
Também nunca me visitaram, / Os meus netos nem se fala
Minha velha foi embora (morreu) / E minhas noras me ignoram.

Meu Deus é muito maior, / Sempre estou com ele no peito
Eu não guardo rancor / Desejo sorte para todos,
Só lhes peço uma coisa / Não queiram estar onde eu estou.

Para os meus filhos / Que me abandonaram
Eu os quero muito bem, / Hoje eu estou no inferno,
Mas eu perdoo a todos / Eles não sabem o que fizeram.

Se minha “velha” / Estivesse viva,
Eu não estaria assim, / Mas o destino assim quis
Eu tenho que me conformar / Pois Deus tem mais para me dá.

Se você, / Tem o seu e sua mãe
Por mais idade que eles tenham / Procure ter compreensão,
Eles fizeram tanto por você / Num asilo não coloque eles não.

Já é quase meia noite / O sono está me chamando,
Vou me ajoelhar e rezar / Para poder me deitar
E amanhã se Deus quiser / Eu ainda vou me levantar.

Mas eu ainda sinto alegria / Tenho alguns amigos
Para poder prosear, / Depois vou buscar o dominó
Sentamos ao redor da mesa / Aí sim, vamos jogar.

Esse é o meu divertimento / Jogando e proseando
Olhando o tempo passar, / E todos os dias eu me pergunto
Por que os meus filhos / Não vêm me visitar?

[ Fonte:  http://minutoarapiraca.com.br/index.php/blog/cartuxo#7391  ]

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VAIDADE E PRECONCEITO!
Autor: Valdemir Ferreira (Cartuxo Cordelista)

Já fui um fazendeiro bem sucedido / Dono de muitas terras
E de gado também, / Sempre fui muito orgulhoso
Nunca dei valor ao “povo” / Também não gostei de “preto”
E de “pobre” nem se fala, / O tempo foi passando
E eu sempre gastando / Com coisas banais.

Sempre olhando para frente / Sem querer olhar para trás,
Nunca soube o que foi crise / Agora estou arruinado
Perdi tudo o que tinha / Com mulher e forró
E festa de vaquejada, / Não sei mais o que fazer
Cheguei ao fundo do poço / Hoje não tenho mais nada.

Perdi o amor dos meus filhos / E de minha mulher também
Deixando ela só em casa / Para ir atrás de mulher fora
E festa de vaquejada, / Sem dar valor a ninguém
Hoje estou arrependido / Sendo muito castigado
Pagando os meus pecados / Perante o meu passado.

Vivendo as amarguras da vida / Estou sozinho no mundo, isso me desola,
Pois do “preto” que eu não gostava / Hoje ele me dá uma esmola,
Já o “pobre” me consola / Com suas palavras bonitas
Dizendo-me por favor não desista / Pois a vida é mesmo assim
Nunca deixe o caminho bom / Para enveredar no caminho ruim.

[ Fontehttp://cartuxocordelista.blogspot.com/ ]

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