DR. JOSÉ GLÁUCIO


DR. JOSÉ GLÁUCIO – UMA ESTRELA
Por Zezito Guedes ( escritor, folclorista e artista plástico )

José Gláucio Oliveira Gomes, nasceu na av. Rio Branco em Arapiraca/AL, no dia 2 de novembro de 1964 e, aprendeu as primeiras letras com seu pai, Zezito Guedes, que esculpia os símbolos de cera, e fez os primeiros estudos no Grupo Escolar Adriano Jorge, Colégio Bom Conselho e Colégio Estadual José Quintella Cavalcanti. Suas primeiras professoras foram: Sônia Lira, Irene Barbosa, Lucinha Brito, Nazaré Lira e Ilda Gonzaga. No Colégio Quintella Cavalcanti, era considerado um dos melhores alunos das classes onde estudou e concluiu com excelente aproveitamento a 8ª série.

Teve uma infância feliz, na companhia dos irmãos Maria das Graças, Ed Charlton, Javan, Jansen e Crhistian e dos amiguinhos da av. Rio Branco e adjacências, Deinho, Cidinho, Henrique, Zito, Ricardo, Bebéu, Cledson, Cledivan, Cristiano, Val, Charles e outros das escolas onde estudou.

Transferindo-se para Maceió/AL, aos 14 anos de idade, estudou no Colégio Sagrada Família -, Morando numa pensão da rua Formosa, onde continuou mantendo a mesma performance, recebendo uma Medalha de Honra ao Mérito na conclusão do curso Científico, em 1981. Nessa fase, passou a morar na pensão de D. Divacir.

No ano seguinte, em 1982, aos 16 anos, unindo-se a Maria Tereza Ferreira de Oliveira, foi aprovado no vestibular de Odontologia da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) e, em 3 de agosto do mesmo ano, nasceu seu filho José Gláucio de Oliveira Gomes Filho, o “Glaucinho”. Mais adiante, em 1984, foi aprovado em 1º lugar no concurso para monitor da cadeira de Endodontia, ocupando o cargo por dois anos.

Em 1985, trabalhando no INSS, concluiu o curso de Odontologia na UFAL, aos 20 anos, e recebeu um convite para ingressar no Exército como oficial, trabalhando apenas três horas por dia na sua especialidade – Endodontia. Na mesma época, recebeu também um convite da Universidade de Feira de Santana/BA, para ocupar o cargo de professor da cadeira de Endodontia, decidindo instalar um moderno consultório em sua terra natal, Arapiraca, onde desenvolveu suas atividades no ramo da Odontologia, conseguindo uma ótima clientela. Aprovado em concurso estadual de Saúde, passa a trabalhar em um módulo do Colégio N. S. do Bom Conselho, onde era muito querido por todos.

Durante quase dez anos trabalhou em sua clínica, na av. Rio Branco, ao lado do pai e, por feliz coincidência trabalhava no quarto onde nascera. Ultimamente, desfrutando de muito prestígio e bem conceituado, fazia o curso de pós-graduação em Recife/PE, onde era o primeiro colocado, segundo a coordenação do curso Superior. Gláucio guardava com carinho os diversos certificados dos congressos em que participou em Alagoas, Recife/PE, São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ. Como atleta conquistou diversos troféus em torneios da UFAL e do futebol amador em Arapiraca. De Porte atlético, ainda mantinha o hábito de praticar o seu cooper e participar de “rachas” com seus colegas de profissão após o expediente do consultório.

Gláucio costumava guardar os seus brinquedos de infância, dos quais tinha muito ciúme e o seu pequenino chapéu de couro. Em dezembro de 1987, quando trocou a casa modesta da av. Rio Branco, onde passou a infância e adolescência, pela aprazível residência da rua Dr. Domingos Correia, lamentou bastante a falta que sentia do cajueiro situado no quintal, onde costumava passar horas a fio no alto de seus galhos – era o seu encanto.

Fatalidade ou estranha coincidência, o acidente automobilístico que motivou a sua partida, ocorreu distante apenas três quilômetros do primeiro acidente ocorrido, em 19 de setembro de 1964, quando ele era ainda um feto no ventre de sua mãe, Maria Vilma. Resta, somente a esperança de seu filho “Glaucinho” conseguir brilhar, também, como a estrela que foi seu pai, José Gláucio.

[ Fonte: livro “Arapiraca Através do Tempo”, 1999 ]

[ Editado por Pedro Jorge ]