Ubiranice Cruz da Hora

Ubiranice Cruz da Hora (in Memoriam)

“Ofereço minhas obras a todos (as) os (as) que amam a vida sem preconceitos ou falso pudor, de coração poético para todos que fazem a Paz e Amor Universal.” – (Ubiranice Cruz da Hora)

PERFIL – Ubiranice Cruz da Hora

“Ofereço minhas obras a todos (as) os (as) que amam a vida sem preconceitos ou falso pudor, de coração poético para todos que fazem a Paz e Amor Universal!” – (Ubiranice Cruz da Hora)

A poetisa, Ubiranice Cruz da Hora Lima, nasceu em 27 de setembro de 1955 no Bairro Ipatinga, em Recife-PE. Filha de Ubiracy Pereira e Eunice Cruz da Hora. Ubiranice faleceu no dia 16 de abril de 1987  – Quinta-Feira Maior  -, em Maceió (AL), sendo sepultada na Sexta-Feira Santa no Cemitério Pio XII, em Arapiraca (AL), onde residia desde 1965. Era casada desde 31 de dezembro de 1983 com Valter Vicente de Lima e mãe de um casal de filhos.

Ubiranice Cruz nasceu prematuramente, pois faltava um mês e quinze dias para completar nove meses de gestação. De aparência frágil – fragilidade essa que foi superada no decorrer de sua existência -, pois seu porte físico ficara despercebido diante de sua grande força de vontade para vencer.

Destacou-se desde cedo na escola, pois sempre soube cativar a todos que lhe conheciam. A partir da 3ª Série do 1º Grau (atual Ensino Fundamental), começou sua caminhada de líder estudantil, esta sua liderança tornou-se parte integrante de seu perfil. Abandonou o 3.º grau (atual Ensino superior) por não dispor de condições financeiras suficientes para cursá-lo na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca, o que a levou a cursar o Magistério, tornando-se professora habilitada para lecionar 1.º e 2.º graus (atuais ensinos Fundamental e Médio) no Colégio Cenecista Nossa Senhora Divina Pastora em Junqueiro/AL. Foi auxiliar de escritório na Prefeitura Municipal de Arapiraca; secretária da agência do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), em Arapiraca. Em 1984, fora aprovada no concurso da Previdência Social, tornando-se funcionária pública federal, a partir de janeiro de 1985.

Ganhadora de diversos prêmios como participante de vários Festivais de Arte e Cultura Estudantis na Cidade de Arapiraca, sendo que nos últimos, participou como convidada especial, pois os jurados achavam injusto a sua participação como concorrente, pois ela sempre ganhava em primeiro lugar nas categorias: textos teatrais, poesias e direção teatral. Foi agraciada com uma medalha pela Câmara Júnior de Arapiraca por sua participação nas comemorações da Semana da Pátria, em 5 de setembro de 1982.

Fez parte da coletânea Caeté do Poema Alagoano – Volume I, edição 1987, com as obras Viver Simplesmente e Paralelas. Participou da coletânea Canteiros de Poesia – Edição 1988, com as obras Algo Mágico, Fibra, Espantalho, Grito em Liberdade (leia este poema no final deste post), Pesadelo, Pássaro Solitário, Zero Hora, De Bem Com a Vida, Meu Amor e Túnel. Deixando diversas obras não publicadas, entre elas textos teatrais, poesias, crônicas, músicas etc,, que em futuro próximo poderão ser publicadas.

Prêmios – FACE (Festival de Artes e Cultura Estudantil)
* I FACE: Conquistou o 1º lugar em poesia; melhor texto e interpretação de poesia, em 21 de agosto de 1982.
* II FACE: Conquistou o 1º lugar em poesia e melhor texto; 2º lugar em interpretação de poesia e o prêmio de melhor direção teatral.

Fonte: livro ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes.

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ACALA / Título Honorário Ubiranice Cruz da Hora Lima:

O Título Honorífico Ubiranice Cruz da Hora Lima foi criado pelo acadêmico Cláudio Olímpio dos Santos em sua gestão como presidente da ACALA – Triênio 2003/2005. Esse título é conferido a pessoas ou instituições que apresentem á Academia trabalhos de relevante valor literário, artístico, científico ou cultural.

Titulados:
* Coral Villa Lobos;
* José Humbertto R. Ritir;
* Magna Cristina de Oliveira;
* José Olegário Sobrinho;
* Grupo Teatral Luzes da Ribalta.

Sócios-fundadores da ACALA (in memorians):
* Darci de Araújo Melo;
* Ernani Otacílio Mero;
* Maria das Neves Borges;
* Ubiranice Cruz da Hora Lima.

[ Fonte: Livro “ACALA – História e Vida”, abril de 2009 ]

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POESIA

Grito em Liberdade – Autora: Ubiranice Cruz da Hora

Solte o grito, / Que nas profundezas de sua garganta, / Alucinado pela timidez, se esconde,  / Olha em volta e escuta o eco / De seus lamentos em pensamentos, Que seu medo de tanto medo foge,  / Temeroso e foragido não responde.

Vasculhe no entulho de seu abrigo / Os murmúrios que escapam quando adormeces, /  Não sufoque o tinir de seu gemido, / Assim é o grito de seu grito, / Pois como rio faminto, / Quanto mais preso mais cresce.

Agite esta vida, / Que viver já não consegue, / Calado em seu peito O que o jeito, jeito não deu. / Pois não floresce nem frutifica / A planta que de sede morreu Deixe o seu grito aflito / Sem elos, sem barreiras a lhe trancar, / Viaje nas asas do vento / Solto e sem labirinto / Na estrada livre do pensamento.

[ Fonte: Livro “ACALA – História e Vida”, abril de 2009 ]

[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]