Heliomar Gomes

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DADOS BIOGRÁFICOS – Heliomar Gomes 

Heliomar Gomes é cantador, poeta bilingue e já fez teatro amador. Ele concluiu o nível Médio na Escola Quintella Cavalcanti, em Arapiraca (AL), e é servidor público estadual inativo. Está concluindo o  seu segundo livro de poesias, cujo título será “Armário, Casa ou Coração”.

Segundo os documentos, Heliomar Gomes, nasceu no dia 6 de junho de 1965 no município de Maravilha, interior do estado de Alagoas e, é filho do Sr. José Benjamim Gomes (in memoriam) e da Sra. Eutímia Rodrigues Gomes.

Fonte: livro “Flores Sob Folhas de Figueira“, 1ª edição (2000).

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O PEIXE 
Autor: Heliomar Gomes

O pescador foi cantar
E seu canto era a rede
Era pranto cheio de peixes com sede
Mandava para longe o medo de si mesmo

O cantador foi ao mar
E sua rede era a canção
Era cheia de almas quase sem dor
Estava emalhada na do pescador

Que usava a canção como isca
Aos peixes sedentos dava lágrimas de amor
Para que eles saciados o fizessem cantador

De canções cheias de almas coloridas
Libertadas da rede cheia de peixes sem vida
Rede unida á canção por âncora de isopor.

Fonte: livro “Flores Sob Folhas de Figueira“, 1ª edição (2000).

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DIÁLOGO DE UM FILME MUDO – A FRUTEIRA
Autor: Heliomar Gomes

Tomada I (A Aliança)

Aceita esta árvore
Imagem da mulher legítima
Como tua
Para imitires em seu imo
Útero do fruto da frutífera
A tua incisiva semente incisa

Tomada II (O Enleio)

Toma recebe esta fruta
Filha desta árvore bendita
Como tua
Para acalmares a fome de agora
Fruta do útero na fruteira
Pano torcido por mãos de lavadeira.

Fonte:  livro “Flores Sob Folhas de Figueira” (2000).

A NOMINATA
Autor: Heliomar Gomes

I – LIMA

Sabemos comer seiva sangue
Aprenderemos chocar
Rocha Santos
Temos levante levanto
Somos tantos
Somos tempo
Paciente limar
*                     Espaço
Gula apetente
Vamos acalentar
Estamos tontos
Saímos para sugar.

II – LIME*

We know to eat sap blood
We will learn to brood
Saints rock
We have got east got take pot luck
We are lime filines
We are lime filings time                                                                                                                                                                            Willing to file
*                   Space
Steadfast greed
we will go to mother
We did go to plunder
We are giddy.

* Tradução livre par a língua inglesa dos versos “Lima”.

III – (Fim policarpiano) LIMA

Barreto
Eu
Barrados
Em Barretos

IV – LIMA

Jorge de
Lança e cavalo são
Apagou a chama
Da assombração

Fonte: Livro (inédito) “Armário, Casa ou Coração”.

PAZ
Autor: Heliomar Gomes

Em Coralina há uma velha menina                                                                                                                                                  Guerreando com rima o coral do rigor                                                                                                                                                      No coque de Cora há uma cor
Da cor da canção mais antiga
Em Cora há uma pomba carpida
Quando Coralina cora oram as colinas.

PEACE*

Within Coralina an old tom boy lives
Warmig with rhyme the rigour coral
On the Cora’s coiffure there is a colour
Like the colour from the oldest ditty
Within Coralina a soredove lives
Pray knolls when anything gulls Cora.

* Tradução livre para a língua inglesa do poema “Paz”.

Fonte: livro (inédito) “Armário, Casa ou Coração”.

ODE INCONTESTE*
Autor: Heliomar Gomes

“Acho que está límpido e belo como se amanhecesse” – Tu disseste
“E a brisa está soprando como se refrescasse o mundo” – Tu disseste
“E está tão quente, está vívido como se nascesses”
E então choraste por um segundo

“Acho que envelheci e ajo como quem renasce” – Tu disseste
“E tudo está replantado como se principiasse o mundo” – Tu disseste
“E está tão quente, tão movível como quando nasces”
E então choraste por um segundo

“Tu fazes sentir-me ás vezes
Como se á margem o mundo eu vivesse
O jeito que eu rio é mesmo esse” – Tu disseste.

* Adaptação dos versos de Robert Smith na canção “Plain Song” de sua banda inglesa The Cure. Esta poesia integra a “Quadrilogia do Amor Pleno Inominável“.

Fonte: livro (inédito) “Armário, Casa ou Coração“.

O CRAVO ( CONDIMENTO )
Autor: Heliomar Gomes

O cravo dócil indeiscente
Aromatizou docilmente                                                                                                                                                                          O doce de ameixa fresca enlutado                                                                                                                                                        Adoçado pelo sabor intenso do favo
Roubado do teu beijo ávido
Pelo doceiro gananciosamente.

THE CLOVE ( SPICE )*

The drawn docile clove
Flavoured meekly
The mournful fresh plum candy
Sweetenned by the sharp-testing of the comb
Which from your eager kiss
The confectioner robbed it greedily.

* Tradução livre para a língua inglesa da poesia “O Cravo (Condimento)”. Integrante da “Heptalogia do Cravo”.

Fonte: livro “Flores Sob Folhas de Figueira” (2000).

SONETO DE AÇÃO DE GRAÇAS
Autor: Heliomar Gomes

Agradeço á terra
Por seus movimentos
Agradeço ao pai por sua semente

Agradecida entre os dentes da terra
Agradeço á mãe pelo ventre
Pela visão permanente da semente
Lá dentro mamando dedo

Agradeço á vaca
Por seu leite                                                                                                                                                                                          Agradeço ao homem pelo peito

Agradeço ao rio por seu leito                                                                                                                                                            Agradeço às voltas
Em redor do meu eixo.

Fonte: livro “Flores Sob Folhas de Figueira” (2000).

O RISCO
Autor: Heliomar Gomes

Há na terra meridianos, trópicos, linhas do esboço
De um rastro imaginoso de risco de giz no teu rosto.

Fonte: livro (inédito) “Armário, Casa ou Coração“.

O VARAL (SALOMÉ)*
Autor: Heliomar Gomes

Mão e tarde estendidas
Como roupas limpas no varal
Tardes limitadas e repetidas
Mão livre ao vento dorsal

Olhos rogando á vida ligeira
Tarde de outono em fundição
Na taça com creme rosa geladeira
Bandeja sacra com nossas mãos.

* Esta poesia é dedicada ao ator, João Vitti.

Fonte:  livro “Flores Sob Folhas de Figueira” (2000).

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TEXTO DA ORELHA DO LIVRO
Por Clélia Lúcia Lúcio de Lima (psicóloga)

A alma humana, em seus recônditos, guarda segredos e mistérios insondáveis, e o artista quando iluminado, transforma em lirismo seu caminhar.

Através de seus versos, o autor, repassa ao leitor a sensibilidade e pureza da essência humana na busca
incessante da luz e da esperança de um mundo melhor, em detrimento dos revezes que a vida possa oferecer.

[ Fonte: livro “Flores Sob Folhas de Figueira” (2000) ]

[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

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ENSAIO FOTOGRÁFICO – Heliomar Gomes

Shame and Blame

Coração de Porco-Espinho (Ilustração: Marcos Antônio) – Capa do livro “Flores Sob Folhas de Figueira” (2000)

Caixa Toráxica (Arte: Heliomar Gomes fotografado por Moisés Jr.)

Oásis ( Ilustração: Marcos Antônio )

( Aguarde publicação  )

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[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

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