Valmir Lopes

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Gratidão!
Hoje eu só quero poder agradecer…
Por aquilo que Deus me permitiu doar,
e por aquilo que tenho recebido.
Pelas coisas belas que meus olhos viram,
e também aquelas que chocaram meu olhar.
Pelas dores que já conheci…
Por tantos desafios que já enfrentei, e eu
consegui sobreviver.
Pelas coisas que conquistei, e também por
aquelas que me foram tiradas.
Por tantos caminhos que percorri, e pela
experiência que meus pés conquistaram nessa
caminhada.
Por todos os sonhos realizados e também por
aqueles que Deus achou que não poderiam ser meus.
Sou grato pela vida que tenho, se sofri e se chorei, mas o que importa é que eu tenho aprendido que existe tempo de chorar e tempo de sorrir.
Superei tantos obstáculos, mas também cai inúmeras vezes…
Mas aprendi que Deus sempre está comigo, e hoje posso dizer que tudo que passei valeu a pena.
Hoje sei que tudo tem seu propósito, e que nada é por acaso.
Então sou grato ao que Deus me proporcionou viver, por meu lar, minha família, meus amigos são minha riqueza dada pelas mãos de meu Criador.
Agradeço pelo ontem, pelo hoje é pelo amanhã que virá se assim Deus me permitir.
Hoje estou completando 34 anos de rádio. A palavra é Gratidão!!!! Gratidão primeiramente a Deus por tudo que sempre fez em minha vida. Gratidão a minha família( Meus pais, in memória) por me apoiarem
incondicionalmente. Gratidão aos amigos que me ajudaram diretamente e indiretamente nesta conquista, e a todos os companheiros que convivi até hoje. Sinto me honrado em poder todos os dias está presente em suas vidas, instruindo, divertindo e informando. Obrigado a todos!!!! Estamos há 34 anos caminhando e honrando a cada dia a profissão que escolhi e me faz feliz! – Valmir Lopes

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18 DE JANEIRO DE 1988
VALMIR LOPES: 31 ANOS DE UM SONHO

NASCIMENTO EM SÃO PAULO

No final dos anos 60, o jovem casal Jose Lopes e Margarida, juntamente com o filho Valdir, fugindo das intempéries da seca que assolava o Nordeste, viajam de Palmeira dos Índios para São Paulo.
Lá, em 1970 nasceu Valmir Lopes.
Esse nome foi uma homenagem feita por sua mãe ao radialista Valmir Mendonca, da rádio Liberdade de Aracaju, do qual ela era ouvinte e sempre falava que quando o seu segundo filho nascesse se chamara Valmir.

RETORNO A PALMEIRA

Passada a seca, tempos melhores, a família resolve voltar à terra natal, quando Valmir tinha 04 anos de idade.
O retorno foi para Lagoa da Areia dos Marianos.
Lá, a família humilde, com seus pais lavradores enfrentaram muitas dificuldades para poder criar os quatro filhos.

A PAIXÃO PELO RÁDIO

Desde novinho, Valmir via seus pais acompanharem os programas de rádio, principalmente da Sampaio e logo em seguida da Novo Nordeste e começou a se sentir encantado com esse mundo daquela caixinha falante.
Começou a gostar de futebol e acompanharas narrações dos jogos do CSE e do ASA de Arapiraca.
Aos oito anos, começou a acompanhar as partidas de futebol e os treinamentos no estádio Juca Sampaio.
Mas o seu interesse era outro.
O seu olhar ficava voltado para as cabines de rádio.
O jogo correndo, a partida avançando e Valmir com o olhar fixado na narração daqueles caras lá em cima na cabine e na movimentação daqueles repórteres de campo.
Passou a sonhar com aquilo. Passou a desejar aquilo.

ADOLESCÊNCIA

O tempo passava, e o sonho crescia…
Depois dos 14 anos de idade, o menino tímido, mas sonhador, começava a viver a sua paixão…
Passou a narrar futebol, fosse de alguma “pelada” na estrada, ou no campinho de futebol perto de sua casa, fosse de forma fictícia no banheiro, Valmir se apossando de um sabugo, dava vida as suas transmissões, tentando imitar as narrativas de José Rocha, Felipe Jr, Nélson Filho e Josmário Silva…
Mas como tudo era difícil, até os 17 anos Valmir também ajudava ao pai na lavoura, no dia a dia da roça, além de ir à escola percorrendo os distantes 12 km de ida e volta, a pé…
Como aquele jovem iria pensar em ser radialista, se tornar um locutor, fazer parte de rádio, se a emissora era longe, na cidade, e os recursos para se manter por lá eram parcos, o conhecimento era pouco, as dificuldades imensas?
Em algum momento aquele adolescente iria desistir de todo esse sonho sem sentido…
Muitos nem o levavam a sério…
Mas, e daí?
Valmir Lopes não desistiu…
A persistência em busca do ideal continuava…
A cada obstáculo, a semente do rádio era regada com mais amor, para que algo mais forte brotasse daquele sonho juvenil.

PRIMEIRA NARRAÇÃO EM PÚBLICO

Valmir foi estudar em Canafístula e no período entre 1984 a 1989, começou a lidar com muitos coleguinhas que preferiam viver a fase lúdica de brincadeiras ou nem se preocupavam ainda com sonhos.
Nesse período, numa reunião de grêmio estudantil, em que cada um demonstrava suas aptidões artísticas, Valmir criou coragem para oferecer seu talento e acanhadamente pediu a professora Iracema, se poderia narrar um gol do ASA, clube que estava começando a gostar.
Foi consentido e Valmir preparou ansioso a sua equipe para o evento.
No dia marcado, a narrativa apaixonada e precisa, de um jogo inventado em sua mente, com jogadores fictícios, de jogadas criadas em uma partida inexistente, foi tão encantadora, que surpreendeu a todos, que aplaudiram de forma entusiasmada, toda equipe.
Valmir Lopes, como narrador, recebeu muitas felicitações, sendo muito parabenizado.

PROFESSORA IRACEMA

Tudo poderia ter terminado ali após aquela apresentação ingênua de um grêmio estudantil, não fosse a sensibilidade e percepção da professora Iracema, que o abraçou parabenizando e o incentivou com frases de apoio,afirmando que Valmir teria futuro nessa profissão, que deveria seguir esse sonho e essa era sua missão, que ele tinha tudo pra conseguir e que iria dar certo. .

OS PRIMEIROS PASSOS EM BUSCA DO SONHO

Com o incentivo da professora, Valmir ficou animado e criou coragem para, mesmo sem conhecer ninguém, se arriscar a sair da zona rural para tentar a sorte na Rádio Sampaio, visando se engajar de alguma forma na emissora, o que ocorreu em 1988, junto com Alfeu Paranhos e Nivaldo Barbosa.
Lá recebido pela direção, pediram como teste que ele fizesse uma gravação.
Assim foi feito,e mais uma vez, Valmir Lopes narrou um gol do ASA, seu clube de coração.
A partir desse momento, Gileno Sampaio abria as portas de sua emissora.
E o sonho ganhou vida…
Saía das mãos o sabugo, para segurar um microfone…
Saia das narrações inventivas em um banheiro, para a realidade dos estúdios…
Deixava de conviver com pás, enxadas, carroças, para lidar com fones, BTP, gravadores…
As sementes agora plantadas iriam ser outras…
Deixava de ser ele mesmo seu único ouvinte, para passar a ser ouvido por muita gente…
A sua voz, antes sem vez, se tornou caixa de ressonância…
O tímido menino da zona rural começava a realizar seu desejo.

AS DIFICULDADES INICIAIS

Valmir passou a trabalhar no esporte da Rádio Sampaio.
Passou a ser setorista do ASA, divulgando em estúdio as notícias do alvinegro…
Fazia também o programa “Domingo Total” das 10 da manhã até às 13 horas.
Em seguida se deslocava até o estádio Juca Sampaio para participar da jornada esportiva, que geralmente terminava à noite.
Tudo isso na fase de estágio… Trabalhando pela paixão…
Morando na zona rural, sem conhecimentos e amizades na cidade e sem salários, as dificuldades apareceram…
Valmir via de frente o choque entre o sonho e a realidade…
Todos os domingos, sem recursos financeiros, a sua opção antes de descer para trabalhar no estádio Juca Sampaio, era ir a um bar na praça do açude e pedir um caldinho de feijão num prato, e aí misturava com farinha e comia tudo, tomando junto um copo com água…
Tempos difíceis…
Durante a semana, vinha para rádio todos os dias, depois de tomar café em casa.
Ao meio dia e trinta, saia da rádio para estudar em Canafístula, ficando lá até às dezessete horas…
Logo após, retornava para sua casa na Lagoa da Areia dos Marianos, percorrendo a pé o distante caminho da volta.
Chegando em casa já à noite, o jantar feito com carinho por dona Margarida estava pronto. Podia ser algo simples, mas parecia um banquete…
Então Valmir almoçava e jantava ao mesmo tempo.
Muitas vezes, quando precisava ficar na rádio, a trabalho, sem ter para onde ir, ficava dormindo nos transmissores da emissora…

OS PRIMEIROS AMIGOS QUE AJUDARAM NO SONHO

O seu pai Zé Lopes, batalhador, mas com os poucos recursos que ganhava,e tendo que sustentar a numerosa família, sentia o peso de bancar as passagens todos os dias para que Valmir pudesse fazer esse trajeto, perseguir seus objetivos.
Dona Margarida, sua mãe, que vendia leite, afirmou então para o filho que, enquanto as vaquinhas dela tivessem leite, ela pagaria as passagens, mas que ele nunca desistisse do sonho.
Sabendo dessas dificuldades, os motoristas que faziam linha, Lagoa da Areia dos Marianos – Palmeira dos Índios:Alfredo Calicô, Paulo Rocha, Hélio Rocha, Zé Raymundo, Valdomiro e Chico Henrique passaram a não cobrar passagens de Valmir Lopes.
O tempo passou e Valmir com esforço, perseverança, dedicação e talento foi ganhando espaço e começou a participar de jornadas esportivas da rádio Sampaio.
Começou a viajar todo o estado de Alagoas,em transmissões como repórter de campo pelo Escrete 8.7.0., até que chegou a sua primeira decisão de futebol, no jogo: Capelense 1X0 CSA, em Capela, num jogo extra para decidir o segundo turno, quando o Capelense sagrou-se campeão.
Solidificava-se o sonho.

OS COMPANHEIROS DA ÉPOCA

Final dos anos 80, o rádio era composto por pessoas que estavam com destino reservado ao brilho.
Estrelas de uma constelação movida pela energia inesgotável do talento brasileiro.
Nomes como: Josmário Silva, Waldemar Correia, Antônio Martins, Jota Jota, Felipe Jr,Erivaldo Filho, Antônio Oliveira, Geraldo Morais, Carlos Silva, Zé do Rojão, entre outros, deixaram suas marcas neste cenário estrelado.
Muitos dessas estrelas estão por aqui e continuam atuando no meio… Outros estão afastados, mas sempre que podem aparecem para rever o
berço amigo e trazer o abraço fraterno ao rádio palmeirense.
Algumas estrelas já não cintilam mais na terra, levados que foram por Deus, para brilhar juntos de outras estrelas, no firmamento.

A FAMÍLIA

Valmir casou-se no início dos anos 90 e desse relacionamento nasceram dois filhos: Diego e Danilo, sendo que aos 14 anos e 09 meses, Diego, o mais velho, faleceu.
Isso foi em 2006, após três anos de tratamento contra a CA.
Esse foi o único momento de dificuldade e sofrimento de toda sua trajetória, em que Valmir, chegou a pensar em desistir da carreira, sem forças para continuar a jornada.
Foi um impacto emocional muito forte, um momento arrasador.
Mas, com força e fé, Valmir continua com sua profissão, com sua missão, superando todos os obstáculos.
Em 2009, separado, encontra o seu grande amor, a Suelane.
Surge daí numa nova paixão que perdura, e dessa união nasce como fruto, João Pedro que chegou trazendo alegria para o coração dos pais.
Em março de 2017, outro baque: Falece dona Margarida.
A maior incentivadora, a dona do nome, a financiadora das passagens, a dos recursos do leite, a amiga, a conselheira, a da comidinha especial, a heroína, a que acreditou quando ninguém apostava…
Na constelação das pessoas importantes, dona Margarida foi reluzir junto a Deus, depois de iluminar as mentes e os corações de todos que a conheceram…
Amar…
A Margarida…
Hoje, ausência sentida…
Mas sempre a estrela inapagável…

TRAJETÓRIA DO RÁDIO

Valmir trabalhou em diversas emissoras de nossa região:
EMISSORAS PERÍODO
Rádio Sampaio Am/Fm
De 1988 A 2005
Rádio FM Arapiraca
Em 1995
Rádio Penedo Fm
Final dos anos 90
Rádio FarolFm
Em 2007
Emissora Rio São Francisco
Em 2009.
Rádio Palmeira Fm
Desde dezembro de 2010

Em 2013, recebeu o Prêmio Odete Pacheco, premiação a nível estadual, como reconhecimento por todo trabalho na área do rádio.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
A DEUS, Senhor absoluto de todas as coisas…
Aos pais Jose Lopes e Margarida Lopes (in memoriam) pela vida, educação e criação…
Aos irmãos, Valdir, Sérgio, Cícero, por toda força, colaboração e torcida…
A professora Iracema e amigos da Lagoa da Areia dos Marianos, por acreditarem e sonharem juntos…
Aos companheiros de profissão, radialistas, diretores, funcionários das emissoras…
A Gileno Sampaio, cacique da comunicação, que abriu as portas da radio Sampaio,
A Dona Carminha, que ajudou em momentos muito difíceis.
Ao grupo Edval Gaia de Comunicação, a qual honradamente trabalha,especialmente ao grande maestro Edval Vieira Gaia,
Aos filhos, Diego (In memoriam) Danilo, Luan e Joao Pedro, razão da continuidade do sonho.
A todos que apoiaram, incentivaram, torceram, criticaram respeitosamente,
Aos clientes, colaboradores, parceiros, patrocinadores, amigos…
Aos ouvintes brasileiros, credor maior do êxito indiscutível desta festa…
Com o coração exultante de gratidão, com pureza de alma, Valmir Lopes agradece a todos que fizeram parte desse sonho e ajudaram de alguma forma para que ele se tornasse realidade.

AS MUDANÇAS TECNOLÓGICAS E O SONHO QUE CONTINUA

Trinta e um anos se passaram e o mundo se modificou:
Inovações tecnológicas, informatização, evolução de sistemas, chips, ultima geração de máquinas e equipamentos, mudanças sociais, todos os avanços possíveis e imagináveis, influenciou e mudou também a história do rádio…
Mas, os trinta anos vividos dia a dia, jamais poderão ser apagados por qualquer marca inovadora do progresso, pois trouxe em si mesmo, algo humano, real e transformador, de uma escalada que saiu do zero para o sucesso, sendo esses degraus galgados com humildade, esforço e dedicação…
Trinta degraus subidos passo a passo, pisados um a um, com a serenidade e orgulho de quem sabe honrar seu oficio.
Exatamente trinta e um anos depois de sua estreia,aqui estão os mesmos braços para acolhê-los,num gesto que não se modificou, desde aquele tempo.
Braços que hoje se abrem novamente para receber o calor emocionado dos amigos, que o acompanham nesta caminhada de trinta e um anos.

Lagoa da Areia o cumprimenta, Valmir Lopes, pelo trigésimo primeiro aniversário de sua carreira.
Palmeira dos Índios, o cumprimenta, Valmir Lopes, por trinta e um anos de um sonho que continua se realizando…
Alagoas o cumprimenta, Valmir Lopes, por trinta e anos de profissionalismo e honradez no exercício da função…
Os (as) seus (suas) amigos (as) os (as) cumprimentam, Valmir Lopes, pelos trinta e um anos de um sonho que se tornou realidade…

VALMIR LOPES – O COMUNICADOR DE TODAS AS GERAÇÕES.
TEXTO E PRODUÇÃO; “ERIVALDO FILHO, RADIALISTA”