Gilberto Militão

BIOGRAFIA – Gilberto Militão

( Carece de fonte )

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ESCULTOR PEDE AJUDA PARA PODER VOLTAR Á ATIVA – Gilberto Ficou Paraplégico ao Ser Atingido Por Dois Tiros
Por Roberto Baía (Repórter)

Apontado como o melhor escultor do interior de Alagoas, onde conquistou diversos prêmios durante as exposições de seus trabalhos, o artista plástico Gilberto Militão está vivendo um grande drama, desde que ficou paraplégico durante um incidente ocorrido no dia do jogo do Brasil contra a Holanda, pela Copa do Mundo, realizado no dia três de julho.

Sem condições financeiras para oferecer um tratamento mais digno e adequado, a família do escultor vem travando uma batalha para mantê-lo vivo e conseguir uma vaga no hospital Sarah Kubitschek, em Recife-PE. O estado de saúde de Gilberto Militão é considerado delicado. Ele foi atingido por dois tiros de revólver e as balas ainda estão alojadas no braço direito e na coluna, o que causou a paralisia do corpo a partir do tórax. Os tiros foram deflagrados pelo mototaxista conhecido por Paulo e que a exemplo do escultor vendia confeitos em um trecho de Rua Domingos Correia – Centro de Arapiraca-AL, para ajudar na renda familiar.

Militão conta que não houve motivos para ele atirar e que a sua atitude foi covarde. Ele lembra que na parte da manhã (O incidente ocorreu por volta das 21 horas), ele conversou com a esposa de Paulo, mas que em momento algum o agrediu ou o delatou moralmente. “Para ele ficar fora de si, alguém deve ter feito alguma ‘fofoca’. De qualquer forma não havia motivo para ele fazer o que fez. Ele complicou a minha vida e também a dele”, lamentou.

Atualmente, Militão está em um colchão d’água e não tem condição de mobilidade, já que uma sonda atrapalha, inclusive, a sua permanência em uma cadeira de rodas. “Do peito para baixo não sinto nada. É muito triste ficar nessa situação. Mas eu quero viver e voltar a fazer minhas esculturas. Só que não poderei trabalhar com pedras e sim com argila devido ao meu problema de saúde”, garante o artista.

Ontem á tarde, o historiador e folclorista Zezito Guedes informou que os artistas arapiraquenses pretendem fazer uma mobilização com intuito de conseguir recursos para garantir um tratamento em um hospital especializado. “Sabemos que o problema dele é díficil, mas ele pode continuar realizando as suas esculturas e nos dando alegria com a sua arte”, completou Zezito.

[ Fonte: (extinto) Jornal “Tribuna de Alagoas”, 28 de outubro de 1998 ]

[ Editado por Pedro Jorge ]

Deixe um comentário