Maria F. O. Santos

 
 
Os estilos educativos de Schiffler (1991), o autocrático e o integrativo, mostram aspectos diferentes de como a interação acontece: o autocrático afunila a interação de tal forma que somente ficam o professor e o tópico como elementos importantes no ambiente de sala de aula; o integrativo permite que a interação aconteça porque, aluno e tópico são constituintes do evento discursivo”.
Maria Francisca Oliveira Santos
[ Fonte (frase): Livro “ACALA: História e Vida”, abril de 2009 ]
 
 
BIOGRAFIA – Maria Francisca Oliveira Santos
 
 
Maria Francisca Oliveira Santos nasceu em 20 de maio de 1949, na cidade de Penedo/AL, filha de João Mathias dos Santos e de Natalícia de Oliveira Lima. Fez o primário no Grupo Escolar Gabino Besouro, indo em seguida para o Colégio Imaculada Conceição para cursar o 2º grau, na cidade em que nasceu.
 
Na cidade de Maceió (AL) submeteu-se á seleção do vestibular para o Curso de Letras. Bacharelou-se nessa área, em 1970, pelo Instituto de Letras e Artes da UFAL (Universidade Federal de Alagoas). Após isso, recebeu o Diploma de Licenciada em Letras, expedido pela Faculdade de Educação dessa mesma entidade de ensino superior. Nesses mesmos locais (universidade e cidade), aperfeiçoou-se em Letras Luso-Brasileiras, pelo Departamento de Letras e Artes do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, em maio de 1975. 
 
Fez o concurso público para Professora de Língua Portuguesa, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), em 1980, tendo sido aprovada com distinção.
Realizou o mestrado e o doutorado em Letras e Linguística no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Pernambuco, em abril de 1998.
 
Como professora de Língua Portuguesa, Linguística e Metodologia da Pesquisa lecionou nos Cursos de Graduação, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da UFAL. É professora de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFAL, onde leciona a disciplina Análise de Conversação, incorporada á linha de pesquisa intitulada Aquisição de Linguagem e Ensino de Línguas. 
 
Como orientadora de trabalhos científicos, atua na orientação de TCC (Trabalhos de Conclusão de Curso), de Monografias (Cursos de Especialização de Curso de Mestrado) e de Teses (Curso de Doutorado) no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFAL, da Academia Alagoana de Letras e do Programa de Pós-Graduação do Centro de Estudos Superiores de Maceió. Como pesquisadora, coordenou os seguintes projetos:
 
* “A Importância dos Elementos Não-Verbais nos Estudos Interativos do Discurso de Sala de Aula”, aprovado pelo PIBIC CNPq, 2000-01, 2002-03 e 2003-04;
* “A Importância dos Gêneros Discursivos no Ensino de Língua Portuguesa em EJA (Educação de Jovens e Adultos), no I Segmento do Ensino Fundamental do Sistema Público de Ensino na cidade de Maceió”, financiado pela FAPEAL, de julho de 2002 a julho de 2003;
* “Ensino de Língua Portuguesa: um Estudo dos Gêneros Textuais na Educação de Jovens e Adultos”, projeto integrado, envolvendo UFAL;
SEMED, aprovado para 2003 / 2004 pela FAPEAL, com financiamento e
* “Análise Retórico-Crítica dos Gêneros Discursivos Orais em Arapiraca/AL”, aprovado pela FAPEAL com financiamento para 2004 / 2005. 
 
Atualmente, desenvolve o projeto “Análise Retórico-Crítica do Gênero Opinativo no Discurso Midiático Impresso”, aprovado pelo Projeto Semente de Iniciação Científica da Fundação Educacional Jayme de Altavila, Centro de Estudos Superiores de Maceió/AL, para o funcionamento de 2005 / 2006. Participa sempre de seminários, simpósios, colóquios e congressos relacionados á sua área de estudo e ás áreas afins. Tem as seguintes publicações:
* “Professor-Aluno: as Relações de Poder”. HD Livros: Curitiba/PR, 1998;
* “O Professor Interativo em Aula de Língua Portuguesa, em Contexto Universitário”. “In: Língua e Ensino: Dimensões Heterogêneas”. MOURA, M. D. (org.). Maceió: EDUFAL, 2000;
* “Pesquisas Linguísticas, a Interatividade da Sala de Aula”.Maceió: EDUFAL, 2002;
* “A Interação em Sala de Aula”. 2 ed. Recife/PE: Bagaço, 2004 e
* “Gêneros Textuais na Educação de Jovens e Adultos”. Bagaço: Recife/PE, 2005, dentre outras publicações.
 
Atualmente, é professora por concurso da disciplina Linguística da UNEAL (Universidade Estadual de Alagoas). É sócia efetiva da Academia Alagoana de Cultura – “Artes Omnibus Colendae” do Estado de Alagoas, ocupando a cadeira Nº 14 de que é patrono Cipriano da Silva Jucá.[ Fonte: Livro “ACALA: História e Vida”, abril de 2009 ]__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ARTIGO

A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS CONVERSACIONAIS
Por Maria Francisca Oliveira Santos

Ao longo dos séculos, sempre foi a língua escrita que teve maior atenção que outros assuntos nas questões da linguagem. Apontam-se como causas para isso, além de outros fatores, não somente o caráter histórico e documental da língua escrita, mas também a constante influência da literatura nas belas letras. Inversamente, a língua falada, além de ser efêmera, era considerada caótica, irregular e passível de vícios; vista por muitos como impossível de ser sistematizada.

No entanto, em meados do século XX, os estudos linguísticos apresentaram paradigmas, colocando-se entre eles o da Filosofia analítica que admite a linguagem do dia-a-dia como a forma mais eficiente da comunicação entre as pessoas. Além disso, estudos e pesquisas nas
áreas da Sociolinguística e sua conexão com a Antropologia, a Pragmática, a Sociologia e a Etnografia da Comunicação ajudaram muito na divulgação dos estudos conversacionais, que estudam o uso linguístico na comunicação oral e nas interações cotidianas num contexto cultural, envolvendo práticas sociais, rituais, valores e costumes.

A conversação ocorre em todas as instâncias da vida e em todas as idades, sendo a prática social comum, frequente e mais bem apreciada pelos seres humanos em qualquer tipo de comunidade e em quaisquer culturas. Ela desempenha um papel privilegiado na construção de identidades sociais e relações interpessoais.

Assim, evidencia-se que a conversação enfatiza a oralidade, permitindo que as discussões acerca da língua falada e da escrita caminhem pelos estudos do contínuo tipológico, significando que ambas ( língua falada e língua escrita) possuam as suas idiossincrasias, não havendo a supremacia de uma sobre a outra, mas a ideia de sintonia, isto é, as duas não se repulsam, mas, ao contrário, complementam-se, formando uma unidade no sistema de qualquer língua, a qual pode ser entendida como a forma de interação entre duas ou mais pessoas.

[ Fonte: Informativo “ACALA”, junho de 2011 ]

[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

3 Respostas para “Maria F. O. Santos

  1. Fui aluna da doutora Maria Francisca, no curso de Especialização em Língua Portuguesa, na Instituição FAMASUL/ (Palmares – PE) Tive o privilégio de tê-la como orientadora da minha monografia ( A influência do oral nos textos escritos dos alunos de ensino fundamental) no ano de 2005. Atualmente, sou professora efetiva da Rede Estadual, escrevi um livro “Memórias vivas do povo leopoldinense” registrado (ISBN), no momento quero entrar na área de pesquisa em Linguística, da qual a referida professora é líder, pois me identifico demais com suas teorias e práticas, pretendo receber orientações específicas de como farei para receber esse apoio e incentivo, buscando através de pesquisas as diferenças entre fala, escrita nas mais variadas situações de comunicação, ressaltando o contexto social, econômico e cultural dos falantes.

  2. Olá Geórgia Lamenha, na próxima semana entrarei em contato com a Dra. Maria Francisca e pedirei que ela leia esse seu comentário. Abs, Pedro Jorge (Blog “Arapiraca Legal”).

Deixe um comentário