ARTIGOS por Cícero Galdino – 2013

Cicero Galdino

09. OPORTUNIDADE: PEGAR OU LARGAR
Por Cícero Galdino (Licenciatura em Biologia e membro da ACALA )

Raras são as ocasiões que surgem e que sinalizam situações de sucesso em nossa vida, sejam através de concurso, graduação profissional, aquisição de bens ou de outra forma específica que surja espontaneamente. Muitos já vivenciaram algumas dessas oportunidades ou no decorrer do tempo poderão experimentá-las. Dizem que o raio nunca cai no mesmo local. Acredito que seja verdadeiro esse adágio popular. Assim, também são as raríssimas oportunidades que surgem em nossas vidas. Nunca se repetem com a mesma especificidade, intensidade e definição.

Em 1977, ainda solteiro, quando trabalhava no Banco do Brasil em Palmeira dos Índios-AL, passava fins de semana com minha família em Arapiraca-AL. Gostava de passear pelos arrebaldes da minha cidade. Em uma das minhas andanças, descobri uma construção de uma casa que me chamou atenção pelo tamanho e pela arquitetura nela utilizada. senti que uma força superior pousava sobre sobre esse direcionamento. Era uma construção moderna para a época. Resolvi parar e conhecer cada compartimento. Senti que isso não estava acontecendo por acaso. Parecia até que Deus teria reservado essa casa para mim, como acredito que foi. Nas semanas subsequentes, continuei passando naquela rua para ver a casa.

Na segunda sexta-feira do mês de maio de 1986, quando me preparava para dar início a construção de minha modesta residência, meu cunhado Luis de Mesquita Leite me ofereceu uma casa pronta, cuja proprietária era sua irmã, Maria Alice. Mesmo sem ter interesse, porque o valor era alto e não estava em condição financeira para comprá-la, resolvi conhecê-la. Imaginem a minha surpresa quando descobri que se tratava daquela casa que acompanhei a construção há nove anos atrás.

Financiada pela Caixa, mesmo com o preço distante de minhas condições financeiras da época e do meu orçamento, Deus foi tão generoso comigo que iluminou minha mente, mostrando-me meios que imaginasse surgir condições de sonhar em dquiri-la. Comentei com meu pai, o saudoso senhor José Galdino dos Santos, e ele me perguntou de que forma eu pretendia comprá-la, sabendo das minhas parcas possibilidades que tinha ao pensar na aquisição. Depois que esclareci que estava disposto a me desfazer de alguns bens imóveis, utilizava o meu saldo do FGTS e financiaria o saldo devedor, ele entendeu e me acompanhou até Maceió-AL, onde morava a vendedora para além de testemunhar, penhorar o seu aval. Fomos tentar fechar negócio. Foi umdia abençoado. Nós localizamos os vendedores, conversamos e dei a minha proposta. O chefe da família pediu-nos um tempo e foi conversar com sua esposa. Ao retornar, foi logo anunciando a concordância.

Conseguimos comprá-la. Oficializamos a compra, mesmo sem ter pago nenhum centavo de entrada e voltamos extremanmente contentes. Fiz um esforço incomum, mas valeu a pena. Nela moro com minha família até hoje. Comprar a casa própria sempre é um dos melhores negócios que se faz. Esse investimento foi um dos maiores e dos melhores que fiz para a minha família, além de ter adquirido a casa dos meus sonhos. Nunca imaginara possuí-la. Se tivesse perdido essa oportunidade, teria construído ou comprado outra qualquer, mas jamais essa. Todos nós já tivemos ou haveremos de ter oportunidades na vida. Resta-nos aproveitá-las quando surgirem. elas são raras, não se repetem e não podem ser desperdiçadas.

Costumo pensar que dezembro é também o mês das oportunidades, dos planejamentos, das renovações, das mudanças de atitudes e que mudemos para melhor. É o mês natalino, época que comemoramos o nascimento do Menino Jesus. É o período que as pessoas promovem encontros para realizarem confraternizações, onde abrem oportunidades para reafirmarem as amizades, conquistarem novas e agradecer ao Divino pai Eterno pela transcorrência em paz de mais um ano produtivo que está findando. É o mês que devemos valorizar mais a prática do perdão, pois ele liberta as pessoas, direcionando-as para o entendimento e o amor a seu próximo, levando-as ao caminho do bem. Pensemos nisso! É o mês que deveremos concentrar maior índice de reflexões para reavaliarmos nossas ações, nossas atitudes e planejarmos novas diretrizes, as que deveremos trilhar em busca da trajetória do sucesso, em rumo ao ano vindouro.

Feliz Natal, Boas Festas e um ano repleto de grandes oportunidades e realizações!

[ Fontes: Revista “O Mensageiro”, dezembro de 2013 e Informativo “ACALA”, junho de 2014 ]

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08. O PODER DA MÍDIA
Autor: Cícero Galdino  ( Licenciatura em Biologia e membro da ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes )

A realidade das inovações vivenciada desde as últimas décadas têm de certo modo nos surpreendido. Ao passar dos tempos, terminamos nos encantando com muitas dessas invenções fantásticas que utilizamos. O setor de comunicação por exemplo, tem nos oferecido muitas novidades com avanços extraordinários de fundamental importância, principalmente pela capacidade de transmitir mensagens em tempo real com tecnologia de ponta, através de vários segmentos, como o do rádio, a televisão e a internet. Há cinco décadas atrás, poucos poderiam prever que chegássemos a conviver nos dias atuais com essa avançada tecnologia.

Os meus contemporâneos haverão de lembrar das dificuldades que passávamos para conseguirmos enviar um simples recado à distância, até a década de sessenta. O telegrama que era transmitido por meio de um manipulador, onde o funcionário da ECT–Empresa de Correios e Telégrafos utilizava o código morse para telegrafar. Era o meio de comunicação mais utilizado na época. Aqueles que tinham amigos radioamadores e contavam com a sorte, poderiam conseguir uma comunicação mais rápida e a custo zero. O telex foi um dos segmentos de serviços dos Correios mais utilizado durante muitos anos. Embora os Correios ofereçam outras modalidades para envio de mensagens., a comunicação mais abrangente e utilizada hoje é através de e-mail e das redes sociais, pela praticidade e pelo custo. Em setembro, fiz 40 anos de radioamador. O meu ingresso no radioamadorismo se deu
através de uma demonstração que o saudoso advogado Dr. José Arquimínio de Carvalho fez no Colégio Quintela Cavalcante, em março de 1973.

Fiquei fascinado pelo poder de comunicação do rádio desde essa época. Três meses depois houve um concurso para radioamador em Maceió, sob a organização da LABRE – Liga de Amadores Brasileiros de Rádio e Emissão, com o acompanhamento do Ministério das Comunicações. Participei e passei. Em 23.09.1973, ingressei no radiamadorismo com o prefixo PY7 BJ, que poucos anos
depois foi alterado pelo DENTEL, órgão vinculado ao Ministério das Comunicações, para PP7 BJ que permanece até hoje. Foi uma experiência ímpar que tive ao participar dessa modalidade de comunicação.

Na família, é preciso que os gestores orientem e acompanhem seus filhos na utilização dos aparelhos eletrônicos, nesse mundo recheado de novidades tecnológicas, pois assim como eles têm condições de capacitar os jovens através de pesquisas, podem também comprometer o processo educativo e até mesmo a saúde do usuário, se mal utilizados. Por isso, nunca é demais o cuidado que os pais devem ter com seus filhos, principalmente com os da primeira e segunda infância e também os adolescentes. Sem dúvidas, a telefonia e os sistemas de computação online deixam os usuários amplamente satisfeitos pela praticidade e eficácia que eles oferecem.

Vimos, no decorrer dos tempos, pessoas ou suas criações artísticas ficarem famosas de uma hora para outra. As influentes modalidades dos meios de comunicação moderna que existem ao nosso alcance tem feito o seu papel. Tem informado as pessoas com precisão e objetividade. È uma comunicação poderosa que impulsiona o conhecer e produz o poder da mídia. O poder de transformar o desconhecido em famoso, o simples personagem até em mito e levar o desvalorizado ao sucesso. Assim, para se tornar famoso é uma experiência que pode acontecer com qualquer pessoa que se destaque através de seu talento, em qualquer dos
segmentos imagináveis: no mundo da literatura, do esporte, das artes, das mais diversificadas profissões, enfim em qualquer função que o homem ou a mulher inteligente exerça.

Da mesma maneira que o poder da mídia contribui para consagração ao sucesso, pode também desfavorecer a ascensão das pessoas, a depender de seus atos. Por isso, devemos ser sempre cautelosos nas atitudes que venhamos tomar.

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, novembro de 2013 ]

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07. PROFESSOR AMIGO
Por Cícero Galdino (Licenciatura em Biologia e membro da ACALA )

Minha infância foi pautada nas atividades religiosas. Aos oito anos, quando acabei de me preparar para fazer minha Primeira Eucaristia, sendo instruído no então educandário São Francisco de Assis, que funcionava na Escola Aurino Maciel, tomei gosto pelos serviços de acompanhante das missas, sempre na qualidade de ajudante ou seja coroinha, acalentando assim, um sonho de minha mãe cujo objetivo era me tornar um dia sacerdote. Foi nessa ocasião que vivenciei momentos inesquecíveis em companhia do saudoso e amável Pe. Antônio Lima.

Certa vez, após ter participado da celebração de uma missa no povoado Antonica, no município de Lagoa da Canoa, por volta das nove horas fui convidado, como de costume, a tomar o café da manhã juntamente com o celebrante. Após ter sido muito bem servido, me benzi e rezando uma oração, tive a ideia de pedir a bênção ao Pe. Antônio. Ao falar “bença, Padre” ele de forma engraçada me respondeu “menino, eu sou seu pai?”. Fiquei desconfiado, cabisbaixo só por alguns segundos. Logo ele me disse “é brincadeira, Deus abençoe”. Para mim foi um grande alento suas palavras. Revigorei-me e voltei a sorrir.

Quando o Colégio São Francisco de Assis estava sendo ainda construído, Padre Antônio Lima, capelão oficial daquele colégio, se dirigia em seu jipe preto, veículo de melhor alternativa na época, em dia nublado, pela Dom Felício, ao cruzar a Possidônio Nunes chocou-se com outro jipe também preto. O jipe do Padre protegido pelo manto de Maria, nossa bondosa mãe, nada sofreu mas o outro, que era conduzido por um cidadão chamado senhor José Dias, capotou de forma que terminou ficando com as rodas no chão, atravessado. Seu condutor foi arremessado a cerca de quatro metros, totalmente desacordado, pois nessa época não havia hábito do uso de cinto de segurança. Foi a única vez que presenciei no Padre um semblante de profunda preocupação e nervosismo. Lembro que ele dizia “valha-me Deus, será que morreu?”. O padre rezava muito. Naquele clima de desespero, após alguns demorados minutos o motorista condutor do veículo tornou, acalmando os presentes.

Na quinta-feira santa, aos 9 anos, participei pela primeira vez do lava pés da paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho representando um dos apóstolos. Essa solenidade foi concelebrada pelo vigário cônego Epitácio Rodrigues ao lado do auxiliar Pe. Antônio Lima. Foi um dos mais importantes momentos de minha infância. Nos três anos subsequentes, participaram comigo: meu irmão Galdino Filho, meus primos Antônio Galdino e José Caetano Neto. Foram eventos inesquecíveis para todos nós que sempre contávamos com a organização de Pe. Antônio de Lima.

Um certo dia de domingo, quando tinha 10 anos, não mais era preciso o Pe. Antônio me buscar para viajar com ele, dirigi-me para sua residência ao lado da Igreja do Santíssimo, na rua do Comércio. Cheguei cedo, o Padre ainda não tinha tomado café. Ao saber que eu havia chegado, mandou me chamar para tomar café da manhã em sua companhia. Foi a maior satisfação que tive quando criança, pela consideração dele e pelo prazer que senti em me alimentar na casa do padre, mas o melhor estava por vir. Viajamos ao povoado Canaã, hoje bairro de Arapiraca. Após a celebração da missa, antes do costumeiro café havia a roda de batismo que era seguida pela consagração. Naquela época, já eram feitas as duas celebrações, além do batismo a criança era consagrada à Nossa Senhora. O bom da história foi que para minha surpresa, a partir desse dia o Padre Antônio liberou o valor correspondente a taxa de Consagração para o coroinha do evento. Era muito dinheiro para uma criança. O trabalho era extenso, pois as vezes chegava a realizar de 12 a 15 batizados por dia. Até nessas ocasiões, o Pe. Antônio Lima demonstrava ser desprovido de apego ao bem material, um marco de sua personalidade.

Em 1971, quando cursava o científico intensivo no Colégio Quintela Cavalcante, escrevi o soneto Infiel, publicado no livro Desafio em maio de 2012. Naquela ocasião, Padre Antônio, a título evidente de incentivo, procurou me motivar trabalhando, em sala de aula com a minha turma, a interpretação do texto poético que escrevi. Isso para mim foi motivo de justo contentamento e serviu de sustentação ao meu propósito de agregá-los a outros e publicar meu primeiro livro, tornando-me escritor. Pena que não estava mais conosco no lançamento, o que muito me honraria. No período de iniciação literária, o nobre professor Pe. Antônio orientou a turma, despertando nosso interesse pelo estudo do latim. Juntamente com José Ventura Neto e Antônio Vicente nos reuníamos uma vez por semana na residência de meu saudoso padrinho José Ventura, no bairro Cavaco, para estudarmos sobre a orientação do confrade José Ventura Filho.

O professor, orientador e fiel amigo que era, procurava ser muito compreensivo com seus alunos. Um certo dia de domingo, quando ainda era seu aluno de Português, o Padre Antônio me interceptou ao chegar à igreja de Santo Antônio para assistir a sua missa e me fez um convite para que eu fizesse uma das leituras dominicais. Nessa época, eu não tinha habilidade para ler em público. Comentei rapidamente sobre a minha dificuldade e ele aceitou minha justificativa. Naquele momento, isso para mim foi um grande alívio. Fico a imaginar que tamanha sabedoria tinha aquele homem. Ele era meu professor de Português e podia insistir para que eu fizesse aquela leitura, mas respeitou minha limitação e me proporcionou uma situação de favorável conforto. Sábia decisão.

O Padre Antônio foi para mim até mais que grande educador. Desde minha infância, foi um mestre que abriu trilhas para minha desenvoltura literária, um conselheiro que só me orientava pelo caminho do bem. Enfim, um amigo que sempre se dispôs a instruir e a servir ao seu próximo de forma amável e santa. Por isso, quando entrei na ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes, escolhi a cadeira de nº 13, a que leva seu nome.

Lembro-me que o período de sua doença renal, que o preparou para sua viagem ao banquete celestial, foi curto. Perdemos o contato desde o dia em que ele viajou para tratar de sua saúde em Recife. No dia em que retornava de minha lua-de-mel, início de 1980, ouvi pelo rádio a lamentável notícia da morte daquele grande amigo, podendo dizer um segundo pai, o inesquecível Padre Antônio de Lima Neto. Acalento as saudades que dele sinto ao meditar as palavras bíblicas filosóficas que aquele santo homem pronunciava sempre nas mais diversificadas ocasiões “Viver é Cristo, morrer é lucro”.

AMIGO E PROFESSOR* (Soneto)
Autor: Cícero Galdino (20/09/2012)

Convivi quando pequeno com bom pastor
Que apascentava as ovelhas alegremente,
Aconselhando e revendo frequentemente.
Era um trabalho eficiente o desse instrutor.

O padre Antônio foi também meu professor.
Lá em Cacimbas, foi vigário oficial.
Foi muito ativo com trabalho pontual,
Sempre sozinho, sem contar com assessor.

“Viver é Cristo, morrer é lucro”, era assim
Que ele falava nos eventos, pregação…
Benfeitor que para servir dizia sim.

Era um bom líder exemplar, um homem santo.
Pregando tocava o povo no coração,
Talentoso, dedicado, foi sempre encanto!

* Homenagem ao Pe. Antônio Lima Neto, 1° pároco da Igreja de Santo Antônio do bairro Cacimbas, em Arapiraca (AL).

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, outubro de 2013 ]

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06. SER VOLUNTÁRIO – UM CAMINHO A SER SEGUIDO
Por Cícero Galdino (Licenciatura em Biologia e membro da ACALA)

A carência de afetividade pode transformar a atitude de pessoas em algumas situações adversas que elas enfrentam, principalmente quando elas se encontram em vulnerabilidade social. Observa-se com frequência a prática da omissão de pessoas insensíveis aos problemas dos desamparados, daqueles que vivem em extrema pobreza.

As entidades filantrópicas prestadoras de serviços que atuam em benefício das pessoas carentes, das que precisam de cuidados especiais ou das que sofrem com a dependência química, conseguem alcançar resultados surpreendentes, quando bem administradas, contribuindo diretamente com a melhoria da qualidade de vida do beneficiado. Arapiraca-AL tem sido contemplada com algumas dessas.

O Complexo Assistencial idealizado e assistido pelo Reverendíssimo Monsenhor Aldo de Melo Brandão, composto pela UREN, Casa da Menina, a rádio “A Voz do Povo, a Voz de Deus” e a revista “O Mensageiro”, servirá, sem dúvidas, de referencial para as entidades representantes da sociedade civil organizada de qualquer parte do mundo. É uma prestação de serviços de inestimável valor. Tem pessoas, transformando-as em verdadeiras cidadãs. Esse empreendimento provou que é possível desenvolver um trabalho social amplo, a partir da primeira infância até a fase da adolescência, principalmente quando pode contar com o apoio da sociedade. Sabe-se que muitas foram as dificuldades enfrentadas, todas superadas com garra, dedicação abnegada e, sobretudo, com amorosidade á causa social.

Meus contemporâneos e eu, acompanhamos as atuações excelentes de algumas entidades da sociedade civil organizada, prestadoras de serviços com filantropia, através de pessoas voluntárias, participantes do seio de nossa sociedade. Os sentimentos emocionais de cada participante expressos pelo prazer de servir ao próximo são tão marcantes que compararia aos dos Rondonistas quando se encontram e começam a falar detalhes sobre as operações que participaram do Projeto Rondon. É uma sensação indescritível. É como se fosse possível reviver aquela época.

A Câmara Júnior, entidade motivadora e formadora de líderes deixou grande legado em nossa cidade. Além da semente fértil de liderança, seu nome se perpetuou em nossa história com a denominação da praça Câmara Júnior, localizada no bairro Eldorado. O campo de futebol “Câmara Júnior”, a sede social e a creche operária que deram lugar as atividades da Sociedade Pestalozzi
são legados daquele dinâmico movimento. Ainda temos o trevo Câmara Júnior, em frente ao campo de pouso. Por falta de renovação do quadro social, a CAJUARA encerrou suas atividades na década de 1980, pois o Júnior, membro ativo, só
poderia atuar como sócio efetivo até completar seus 40 anos de idade. Com a desvinculação, todos passaram á categoria de membro Sênior.

A Associação Assistencial São Vicente de Paulo – a Casa dos Velhinhos, fundada em 1968, tem desenvolvido acolhimento aos idosos que não têm parentes de primeiro grau que possam cuidar deles. Dirigida pelo presidente, Sr. Odaísio Barbosa Lopes, atualmente conta com a ajuda de 200 sócios-contribuintes e voluntários que fazem doações diversas.Todas as ajudas que recebemos é fruto
da bondade do povo generoso.

O Clube de Mães, representado pelas Voluntárias da Caridade tem feito muita falta. Prestou um bom serviço á nossa comunidade. Continua com sede própria, mas inoperante por falta de uma nova liderança.

A assistente social, por exemplo, através de suas atribuições profissionais, sempre voltadas á melhoria da qualidade de vida das pessoas, muito tem a nos ensinar. Os efeitos de suas atuações têm produzido nas pessoas resultados imprescindíveis, não só para quem recebe diretamente os benefícios, mas também ao observador mais atento. Podem também despertar nas pessoas o gosto de participar de ações voltadas ao trabalho voluntário. É preciso que as pessoas pensem na possibilidade de se doarem mais nas funções que exercem, de forma solidária e espontânea.Todos nós somos capazes!

Observando as atividades desses profissionais, tenho buscado forças e inspiração para tocar minha missão de conselheiro nos Conselhos de Políticas Sobre Drogas – COMAD, e no de Assistência Social, cumprindo atualmente a tarefa designada pela Escola de pais do Brasil – Seccional Arapiraca.

O trabalho assistencial dosado de dedicação e amor no atendimento ás famílias, somente pode ser comparado ao carinho e ao amor de mãe, pois a participação fortalecida da mulher é de plena dedicação, como se fossem seus queridos filhos. Nós, homens, também podemos contribuir de modo atuante dentro de nossas possibilidades. O voluntariado pelas causas sociais pode ser gratificante para qualquer ser humano, independente de sexo ou idade.

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, setembro de 2013 ]

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05. PATERNIDADE: UM DESAFIO
Autor: Cícero Galdino  ( Licenciatura em Biologia e membro da ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes )

A função paterna que seja vivenciada num lar, principalmente aquela em que o gestor esteja sempre presente envolvido,  sintonizado e acompanhando de forma participativa o crescimento de sua família, é tão importante que produzirá elemento de
equilíbrio no desenvolvimento dos filhos. Havendo essa ação, que essa atuação facilitará a seus filhos dinâmica, onde o pai esteja
sempre atuante, orientando com carinho e amorosidade, observar- se-á ao longo do tempo uma educação equilibrada e satisfatória.

Diante das adversidades que cada um enfrenta, bem como levando-se em conta as mudanças culturais e inversão de valores que se vive a observar no cotidiano atual, torna-se mais difícil para o pai orientar seus filhos e repassar valores, mas é possível ainda
promover uma boa educação, sob seu olhar, sua orientação adequada e seu acompanhamento.

O pai serve sempre de modelo para o filho, pois cada um se espelha nele e por isso ele procura seguir uma trajetória voltada para o aperfeiçoamento nas ações e a plena formação futura do verdadeiro cidadão. Precisamos urgentemente resgatar uma convivência maior, independentemente do corre-corre do mundo moderno.

As fases de vida de nossos filhos, todas elas, precisam de nossa atuação como orientadores e participantes. A fase é única; façamos de cada fase uma realidade satisfatória. Vamos dar importância á qualidade de companheirismo, não á quantidade de horas que nos é permitido conviver com nossos filhos. Tudo que os envolve é de suma importância. Á religiosidade, por exemplo, é um tema de discussão fundamental que deve ser levado em consideração primordial, porque a família vivencia a doutrina cristã, seguindo os ensinamentos bíblicos e as orientações da Igreja, sem dúvidas, será abençoada e a prosperidade fluirá. É dever do pai cristão plantar a semente.

Assumir a paternidade é mais que um dever. É vencer um desafio. é um compromisso em que o homem descobre a necessidade de aprender a ser pai. Procura utilizar-se de forma adequada da autoridade, mostrando a prática do exemplo e da coerência com
firmeza, equilíbrio e amor. Que no futuro possamos ter a certeza de que realmente fomos verdadeiros pais e, sem dúvidas, teremos vencido o desafio da paternidade.

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, agosto de 2013 ]

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04. AMIGOS QUE PARTIRAM
Por Cícero Galdino (Licenciatura em Biologia e membro da ACALA)

Na vida, passam pessoas amigas que ao partirem deixam marcas profundas de boas recordações pelo estilo de vida simples, honesto e exemplar que vivenciaram conosco. Meu genitor José Galdino dos Santos, meu melhor amigo, faleceu aos 86 anos, no dia 14 de dezembro do ano passado, deixando um legado de valores que devemos repassar aos nossos descendentes na certeza de proporcionar uma educação eficaz. Teve uma infância modesta, sofrida, vivendo o período de sua segunda infância longe do aconchego do seu lar. Perdeu seu pai aos 6 anos de idade, pois sua mãe não tinha condições de criar sete filhos, todos pequenos, precisou de ajuda de familiares. Foi criado por seu tio Antônio Galdino, agricultor camponês que dentro dos bons princípios o educou e com a proteção Divina o tornou uma pessoa sábia, que da escola da vida soube tirar grandes lições de integridade que tão bem lhe formou o caráter.

Surpreende-nos, as vezes, quando refletimos quão infinita é a bondade de Deus na proteção aos órfãos, ajudando-os na criação, proteção e orientação, transformando todos em pessoas do bem que mesmo sem graduação científica, souberam educar de forma eficiente todos seus filhos. Isso ocorreu com meu pai, homem de visão que conseguiu progredir na vida, começando do zero. Construiu várias residências objetivando cedê-las para cada um dos filhos morar até que pudesse construir sua própria casa. Financiou sem juros o primeiro carro de cada filho. Sua filosofia de vida as vezes nos surpreendia. Sabia lidar como ninguém com os acontecimentos positivos ou negativos. Sempre tinha uma palavra de conforto para qualquer situação. Deixou uma grande lacuna com sua partida.

Outra pessoa que também partiu recentemente foi o amigo Josival Gomes de Oliveira, o conhecido palhaço Teco-Teco. Vivia alegrando as crianças e brincando com todos. No seu modo simples e divertido sempre procurou dar o melhor de si na figura emblemática do “Doutor Alegria”. Tinha também um coração voltado para as causas sociais. Devoto do Santo Expedito como eu, expressou a vontade de construir uma igreja para o Santo preferido. Resolvi acatar a ideia e juntos partimos em busca de concretizá-la. Convidamos o Monsenhor Aldo de Melo Brandão, na época pároco da Concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho, para formalizar um ofício ao então prefeito Luciano Barbosa e juntos nos dirigimos a ele para entrega da solicitação, oportunidade que melhor explanamos o nosso objetivo. Fomos bem recebidos. Além de prometer viabilizar uma área para a construção, ele ainda ofereceu os serviços do Departamento de Engenharia da Prefeitura para elaboração do projeto arquitetônico da obra. Hoje, já se encontra pronto, aguardando a implementação. Tivemos, Teco-Teco e eu, a satisfação de com a interferência dos vereadores, Gilvânia Barros e Adalberto Saturnino vermos aprovada a liberação de um terreno institucional para a tão sonhada igreja, com área de 1.047,58 m², situado na quadra E, do loteamento Porto Rico, no bairro Nova Esperança, em Arapiraca (AL). Certamente, o meu amigo não verá a concretização do nosso objetivo. Mas tenho a certeza de que onde estiver ficará feliz.

Mais um amigo perdi o ano passado, o Romilton Antônio Paulino. Pessoa que valorizava a escrita e com seus cordéis cantava a vida. Certa vez, em uma de suas visitas à Eletrontek, num sábado como de costume, pediu-me um presente que demonstrou ser para ele de grande importância: um soneto em sua homenagem. Perguntado sobre o que deveria escrever ele disse:
– Fale de minhas profissões.
Naquela ocasião, pedi que relacionasse-as. Contei vinte e lhe disse:
– Você acaba de ganhar mais uma.
– Qual é?
– É a do adotador de profissões!
Assim compus o soneto “Um Sonhador”, com o verso “Adotou: Homem sete instrumentos por três”, ritmando com “Procurando ser honesto e também cortês”. Vi desabrochar por várias vezes um sorriso dele quando declamava esse último verso. O título foi escolhido pelo fato de Romilton Júnior não ter tido a sorte de firmar-se em nenhuma das profissões, a não ser na de cordelista. Partiu o amigo ainda jovem, sem ter participado do lançamento do livro Desafio, mas ficou o registro do poema solicitado.

Referindo-me a esses três, deixo escrita minha homenagem a eles extensiva a todos os demais amigos que partiram para a outra dimensão; e que souberam escrever sua história deixando eternas saudades a todos nós, especialmente aos seus familiares.

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, julho de 2013 ]

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03. TRADIÇÕES JUNINAS
Por Cícero Galdino (Licenciatura em Biologia e membro da ACALA)

O mês de junho se tornou famoso pelas tradicionais festas populares que na região nordestina acontecem a partir dos primeiros dias juninos. Durante o mês, três datas são muito importantes: A de Santo Antônio, São João e São Pedro.

Santo Antônio, o casamenteiro, nasceu em 15 de agosto de 1195 e faleceu aos 36 anos de idade, em 13 de junho de 1231, na aldeia de Arcela, perto de Pádua, onde foi construída uma igreja em sua homenagem e que nela se encontra, entre outras relíquias do Santo, sua língua, como lembrança de seus preciosos discursos e orações. Santo Antônio foi proclamado “Doutor da Igreja”, em 1946, pelo papa Pio XII e seu maior milagre foi o que se deu quando, já famoso orador, pregava em Pádua. Durante um de seus sermões, foi avisado que seu pai estava sendo condenado à forca, de forma injusta. Ele parou por algum momento, pousando a mão sobre sua fronte e milagrosamente desdobrou-se. Foi à Lisboa e salvou-o, fazendo o cadáver do assassinato negar, por um aceno de mão e de cabeça a culpabilidade de Martinho de Bulhões. A plateia não percebeu que, durante aquela rápida parada, quando parecia coordenar suas ideias, havia realizado em pensamento o discutido prodígio do desdobramento de personalidade.

O São João é de todas a mais festejada. Mesmo havendo várias lendas contadas, o certo é que São joão era filho de Izabel (prima de Nossa Senhora) e de Zacarias e que antes do nascimento Maria ao visitar sua prima, que lhe dirigiu uma saudação inspirada, e Nossa Senhora respondeu-lhe com a belíssima palavra do “Magnifica”. Depois de adulto, João retirou-se para o deserto. Foi pregar a vinda do Messias, seu primo, a quem batizou no rio Jordão. Pelo fato de ter censurado Herodes por viver com a mulher de seu irmão, foi preso no castelo de Macheros em Palestina e degolado em 29 de agosto de 31, por ordem do rei, que satisfez o pedido de sua enteada Salomé. Dizem que São João nasceu em uma noite bonita e sua mãe, para avisar Maria, mandou erguer um mastro em sua casa, acendendo uma fogueira. A devoção ao Santo foi trazida para o Brasil pelos portugueses, que transmitiram a várias gerações o gosto pelos efeitos de luz, proporcionado pelas fogueiras, balões e fogos de artifícios. Tido como pregador da alta moral, intolerante e ascético, São João é festejado pelo povo como um Santo amável, com farta alimentação a base do milho verde, danças (quadrilhas tradicionais e estilizadas), músicas típicas à base do forró e baião, tocadas com instrumentos regionais (sanfona, triângulo, zabumba e outros) e também com os mais modernos que existem. Ao contrário de muitos santos que são homenageados na data de sua morte, São João é comemorado no dia do seu nascimento, provavelmente por seguir as tradições europeias que comemoravam em junho a chegada do verão.

São Pedro foi discípulo de Jesus e primeiro papa, pescador da Galileia, chamava-se Simão. Seu nome Pedro “Kepha” significa rocha, pedra, lhe foi dado por Jesus Cristo, do qual foi um dos primeiros apóstolos. Segundo São Mateus (Mateus, 16), Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus; tudo que ligares na Terra será ligado nos Céus; e tudo que desligares na Terra será desligado nos Céus”. Essas palavras significam a determinação de Jesus de transformar Pedro em rocha inabalável, fundamentando poderes para dirigir a Igreja com supremos poderes. É festejado em 29 de junho, juntamente com São Paulo.

A história da tradição junina nos mostra que os festejos vêm sendo moldados há longos anos. Hoje, a prática da quadrilha estilizada tem sido tema de concurso em apresentações de várias Cidades brasileiras. Caruarú (PE) e Campina Grande (PB) são Cidades que comemoram festividades juninas o mês inteiro. É um programação fantástica que tem contribuído bastante com o folclore, a cultura e as tradições nordestinas. Em Arapiraca (AL) , não é diferente. Nos últimos anos, as festas juninas têm sido apresentadas por bairros, acompanhadas por comissão julgadora, que a cada evento se depara com mesas fartas de comidas típicas. São eles quem decidem a classificação. Ao final, os premiados são contemplados com valiosos prêmios. O fruto desse trabalho é sempre revertido em investimentos de obras sociais no próprio bairro. Na vila Capim, lembro que há anos atrás o prêmio que conquistaram deu para pagar grande parte das despesas que tiveram com a construção da Igreja Católica. A comissão observa tudo, desde a ornamentação da rua até as apresentações realizadas pelas quadrilhas estilizadas dos jovens. É animação total para todos. São noitadas inesquecíveis!

l Fonte: Revista “O Mensageiro”, junho de 2013 l

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02. EDUCAR: O DESAFIO DA FAMÍLIA
Por Cícero Galdino ( Licenciatura em Biologia e membro da ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes )

Observando estudos científicos ou revendo critérios simples vemos que no conhecimento da concepção ou com o surgimento do prmeiro bebê, através da união conjugal, seja legitimada ou não, constitui-se a família. Evidentemente, se o casal é cristão e ambos foram preparados para serem pais, desde as fases do namoro, noivado  e casamento, a constituição familiar surge de forma equilibrada e tem tudo para dar certo. Descrevo isso por experiência própria. Minha esposa e eu tivemos quatro filhos, a todos dedicamos muito amor e atenção sempre. O primeiro é escritor, funcionário da UFAL  e bacharel em Ciência da Computação. Está casado, esperando seu almejado primgênito e a mais nova faz Psicologia. Quanto aos dois intermediários, ambos fazem Medicina. Um está concluindo nesse semestre seu curso e outra filha faz o 6º período. Relato esse exemplo de vida familiar porque entendo que nada acontece por acaso. Tudo é construido passo a passo.

Cada um de nós deve construir sua história de forma correta. É como se um construtor iniciasse com sua criatividade e seus próprios esforços a construção de sua própria moradia. Imagine que a primeira providência que ele tomaria seria fazer um alicerce seguro para que sua casa oferecesse segurança a si próprio e á sua família. Os filhos que são bem orientados por seus pais e que têm a parceria da escola nesse processo educativo, certamente obterão a formação idealizada.

Conheço famílias de classe média, que seus gestores souberam instruir muito bem e direcionar seus filhos a encontrar sua realização profissional, através de valores repassados, da dedicação, da amorosidade e da religiosidade, instruindo-os através do diálogo, de forma paciente e serena. Assim é que vejo como devemos pensar e agir, educando nossos filhos de maneira moderada, com instruções gradativas, amorosa, sempre pelo exemplo. É, como se estivéssemos numa longa caminhada e nossos filhos fossem orientados a seguir nossas pegadas, de forma certeira, passo a passo, procurando imitar cada gesto, cada atitude, cada movimento que fazemos. Imagine uma caminhada á beira mar, sobre o solo, onde deixássemos pegadas e nossos filhos seguissem a trilha de nossos passos com segurança porque eles foram orientados para isso.

Uma família perfeita e santa que surgiu no início da era cristã ae nos espelha até hoje é a de Maria e José com seu filho Jesus – o Salvador de todos nós. Estudos bíblicos nos mostra isso.

Aos exatos 50 anos, foi fundada em São Paulo a EPB (Escola de Pais do Brasil), que é uma organização da sociedade civil, de origem cristã e tem por objetivo primário atuar na capacitação de pais. A EPB é filiada á “Fédération International Pour L`Éducation de Parents”, com sede na França e faz parte da “Federação Latino-Americana da Escola de Pais”. Tem como missão: “Ajudar pais, futuros pais e agentes educacionais a formar verdadeiros cidadãos”. Seu objetivo máximo é o desenvolvimento do ser humano em sua caminhada para o outro e a busca do transcendente.

Em suas ações, o carro-chefe da EPB é promover círculos de debates, utilizando uma dinâmica de grupo que facilita a reflexão e a interiorização dos temas abordados, que são:
1º – Educação no mundo atual;
2º – Amor e segurança, alicerce do desenvolvimento sadio;
3º – Mãe, esposa e mulher – sua atualidade;
4º – O pai e o exercício da paternidade;
5º – A maturidade dos pais na vivência familiar;
6º – Ação educativa na infância, meninice e pré-adolescência;
7º – Dificuldade para se educar;
8º – Ação educativa na adolescência;
9º – Sexualidade humana;
10º – Como marco o mundo com minha presença.

Em Arapiraca, a EPB, fundada há 12 anos, trazida por irmã Estela Alves de Araújo, diretora do Colégio São Francisco de Assis, organização educacional vinculada á CONFHIC (Congregação das Irmãs Franciscanas e Hospitaleiras da Imaculada Conceição), realiza círculos de debates e palestras. É um trabalho magnífico que já beneficiou mais de 800 famílias. Outra atividade importante é a do programa radiofônico Escola de Pais do Brasil, na FM Arapiraca – 96,9 MHZ, aos domingos, a partir das 19h10.

A participação da EPB – Seccional Arapiraca no Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas tem contribuído diretamente com o social de nossa comunidade. Além dessa participação, acompanhar as ações do FDELIS, marcando presença nas reuniões. É gratificante ser participante voluntário de entidade que muito contribui com o desenvolvimento familiar.

A família, responsável pela reprodução da espécie, é uma das mais antigas organizações sociais, tornando-se a mais sólida e perfeita que há, quando constituída de forma correta. Os pais devem pensar e agir, educando seus filhos de maneira firme e moderada, gradativa e amorosa, instruindo-os com valores tradicionais e sempre pelo exemplo ou melhor: pelo modelo de pais que devemos ser, se vivenciarmos uma trajetória de atitudes corretas não temos porque temer. Certamente, nossos filhos estarão se espelhando em nós e veremos produzir neles os efeitos satisfatórios para formação de suas personalidades. Caso não ocorra o esperado, ao menos teremos a certeza de que fizemos a nossa parte. A consciência do dever cumprido, sem dúvidas, nos acalentará na jornada da vida.

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, maio de 2013 ]

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01. PROJETO ARBORIZAR
Por Cícero Galdino ( Licenciatura em Biologia e membro da ACALA – Academia Arapiraquense de Letras e Artes )

É perceptível, por qualquer ângulo ocular, a necessidade clemente que nosso planeta apresenta de trabalharmos a melhoria de nossa arborização. O desrespeito á natureza provoca o desflorestamento e os altos índices de poluição produzidos pelas indústrias, animais e veículos automotores em geral, que constituem um severo quadro degenerativo de nossa camada de ozônio, através da emissão de seus gases, trazendo como consequência o aquecimento global. Isso tem contribuído com o desequilíbrio das estações climáticas. Com esse filtro atmosférico prejudicado, tem aumentado consideravelmente as incidências neoplásticas na pele humana através de exposição aos raios solares. Contudo, não nos resta outra saída a não ser trabalharmos engajados numa atuação persistente e contínua de reflorestamento.

Sabendo, porém, que uma atitude que venha provocar convencimento e conscientização não é fácil, lanço a ideia daquele beija-flor, desprovido de preocupação do que os outros venham contribuir ou não, procura fazer a sua parte, ou seja, participar de maneira aparentemente insignificante, com as gotícolas de água que levara em seu precioso bico, para ajudar a apagar o incêndio na floresta. Assinasse a ideia do “Projeto Arborizar”, que consiste não somente no plantio e adoção de uma árvore, mas num processo mais consistente e sustentável que é trabalhar a educação, conscientizando o pequenino sobrevivente a cuidar com amorosidade no cultivo e proteção de uma árvore, plantando-a e adotando-a.

Um ponto forte do projeto é despertar nos gestores públicos interesse para o colocarem em prática com participação das secretarias de Agricultura (onde as mudas deverão ser viabilizadas), do Meio Ambiente, da Assistência Social (onde, através dos CRAS poderão exercer uma forte parceria na conscientização e até na distribuição das mudas).

Ao nascimento de um filho (a) ou até mesmo no conhecimento da concepção, que os pais decidam buscar uma muda de árvore frutífera ou não, e plantá-la no seu jardim ou quintal. Á medida que essa plantinha vai crescendo, o almejado filhinho também.

O que poderá passar na cabeça da criança a partir da 1ª infância, quando seus pais lhe disserem que aquela plantinha tem a sua idade? Certamente, naquele ingênuo ser, será gerado um vínculo afetivo aquela árvore que surgiu na mesma época em que essa criança nasceu. É dessa forma que espero que o “Projeto Arborizar” venha sensibilizar e mais do que isso; educar, instruindo aos pequeninos e motivando-os no processo de arborização.

Em 21 de setembro de 1976, teve inicio a 1ª campanha de arborização de Arapiraca. Durou uma semana. Contou com a participação de 30 universitários das áreas de Agronomia e Educação. Foi uma atuação de minha iniciativa, após sugerir ao saudoso Ivan Scala, então diretor do Projeto Rondon, em Alagoas. Nessa operação distribuímos 5.000 mudas de diversas árvores: Espatódea, Algaroba, Sombreiro, Castoala, Flamboyant e Castanhola do Pará. Os estudantes de Agronomia plantaram 10% das mudas desse projeto em escolas e em algumas ruas, sendo a Expedicionários Brasileiros, uma delas.

Considerando a importância da iniciativa, você está convidado (a) a participar, também, do “Projeto Arborizar”, que será lançado em Arapiraca/AL no dia 21 de setembro de 2013 – Dia da Árvore. Esse projeto conta com o apoio cultural de ACALA ( Academia Arapiraquense de Letras e Artes ); com incentivo da Escola de Pais do Brasil – Seccional Arapiraca; do blog Arapiraca Legal e do F-Dlis, bem como contará com a participação dos poderes Legislativo e Executivo da Cidade, através das secretarias de Meio Ambiente; Agricultura; Educação e Assistência Social. Participe! A Natureza Agradece e Agradecerá!

[ Fonte: Revista “O Mensageiro”, abril de 2013 ]

[ Editado por Pedro Jorge / E-mail: pjorge-65@hotmail.com ]

Uma resposta para “ARTIGOS por Cícero Galdino – 2013

  1. Agradeço ao blog Arapiraca Legal pela parceria cultural que vem desenvolvendo sobre temas de interesse de nossa comunidade, redigidos por escritores da terra. Se tudo acontecer como espero, dia 21 de setembro próximo, dia da árvore, o Projeto Arborizar será lançado em Arapiraca.

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