Emancipação Política de Arapiraca


 

Esperidião Rodrigues

Esperidião Rodrigues

                                                          
EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE ARAPIRACA (AL)
 
Após a morte de Manoel André, em 1890, o seu sobrinho Esperidião Rodrigues da Silva continuou sua obra visando elevar cada vez mais o nome e o prestígio do então povoado de Arapiraca, fazendo jus ao progresso e capacidade de trabalho de sua gente.
 
A partir de 1890, Esperidião Rodrigues assumiu a liderança política, perdendo-a logo depois por apoiar uma posição contrária à do Barão de Traipú.  
 
A esta altura, o povoado de Arapiraca  superava Limoeiro de Anadia, sede do município. O desejo de Emancipação estava no coração de todos (as) os (as) arapiraquenses. Mas a emancipação era difícil quase impossível. Alagoas vivia conturbada por crises políticas sociais.  
 
Em 1908, Esperidião Rodrigues mais uma vez assume a liderança política e organiza a primeira banda de música de Arapiraca. Chamava-se “Sociedade Musical União Arapiraquense”. No ano seguinte foi criado o Tiro de Guerra.
 
Um dos capítulos mais importantes da história de Arapiraca e que merece registro é sem dúvida a luta empreendida pelo líder da comunidade major Esperidião Rodrigues da Silva, a parti de 1918 quando  assumiu o comando da campanha em prol da Emancipação Política de Distrito de Arapiraca . 
 
Foram anos de preocupações e sacrifícios, enfrentando pacientemente pelo líder da campanha, realizando reuniões, preparando relatórios sobre a área do povoado, número de imóveis, de habitantes, de propriedades rurais, atividades comerciais, produção agrícola, enfim, toda economia local, para de posse destes subsídios provar que o distrito de Arapiraca poderia sobreviver emancipado de Limoeiro de Anadia.
 
O líder Esperidião Rodrigues, impaciente com a burocracia da tramitação do processo, tomou uma atitude: viajaria a Maceió e só voltaria para Arapiraca após o resultado final – ou tudo, ou nada. Foi com essa decisão que chegou à capital do Estado, na primeira quinzena de abril e durante 40 dias permaneceu ao lado do deputado Odilon Auto, acompanhando a tramitação do Projeto Lei Nº 1.099, que após vários debates e discussões acaloradas, foi finalmente aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Dr. José Fernandes Lima.
 
Na noite de 31 de maio de 1924, após lutar, insistiu junto ao então Governador Dr. José Fernandes Lima, Esperidião Rodrigues recebeu um telegrama onde dizia:
 
Coronel Esperidião Rodrigues.
Arapiraca – Limoeiro.
 
Acabo de sancionar Projeto Lei criando município Arapiraca com cuja população laboriosa, adiantada e progressista me congratulo por intermédio amigo grande incansável, paladino dessa conquista que representa ato de justiça dos poderes públicos a um povo que se levanta por si próprio, que tem iniciativa e que progride.
Cordiais saudações.
 
(Ass.) Fernandes Lima
 Governador do Estado.
 
FONTE
Livro: Raízes e Frutos de Arapiraca
Autor: Profº Valdemar Oliveira de Macedo.
 
[ Editado por Gilvan J. S. ]
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Emancipação Política de Arapiraca – Por Zezito Guedes
 
Um dos capítulos mais importantes da história de Arapiraca e que merece registro é sem dúvida, a luta empreendida pelo líder da emancipação major Esperidião Rodrigues da Silva, a partir de 1918, quando assumiu o comando da campanha em prol da Emancipação Política do Distrito de Arapiraca.
 
Foram anos de preocupações e sacrifícios, enfrentados pacientemente pelo líder da campanha, realizando reuniões, preparando relatórios sobre a área do povoado, número de imóveis, de habitantes, de propriedades rurais, atividades comerciais, produção agrícola, enfim, toda economia local, para de posse desses subsídios provar que o Distrito de Arapiraca, poderia sobreviver emancipado de Limoeiro de Anadia.
 
Convém frisar, que naquela época ainda não existia automóvel no interior e as exaustivas viagens à capital do Estado, eram realizadas a cavalo e o Major Esperidião Rodrigues tinha que inevitavelmente passar por Limoeiro de Anadia, cujas lideranças políticas envidavam esforços tentando a todo custo obstruir o trabalho e a tramitação do processo de emancipação do distrito de Arapiraca.
 
Então, as hostilidades eram constantes e quando o nosso libertador passava humildemente por Limoeiro de Anadia, em demanda da capital Maceió, ouvia impropérios e achincalhes dirigidos a sua pessoa, por causa de sua luta em prol da Emancipação de Arapiraca, numa fase em que imperava a oligarquia da “Família Barbosa”, que tinha livre acesso aos bastidores do Palácio dos Martírios, como políticos de situação e bem prestigiados.Homem abnegado, era uma verdadeira peregrinação que o major Esperidião Rodrigues fazia há anos, frequentando secretarias, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Palácio do Governo e outros órgãos, onde o líder da campanha ficou muito conhecido e os funcionários e assessores, quando o avistavam ao longe comentavam entre si: – “Lá vem o homem dos olhos azuis outra vez!”. O tempo foi passando até que enfim, apareceu uma luz no fim do túnel e o panorama começa a clarear com a presença oportuna do deputado Odilon Auto (natural de Pilar/AL) que acompanhando o sacrifício do major Esperidião Rodrigues, resolveu apoiar e defender a causa da Emancipação Política do então distrito, reivindicada pelo laborioso povo de Arapiraca. Agora, de posse da documentação necessária, o deputado Odilon Auto se engaja ma luta e passa a preparar o projeto, para enfrentar a fase mais difícil: convencer a maioria dos deputados, e votar pela aprovação do Projeto de Lei para posterior sanção pelo governador Dr. José Fernandes Lima. Foi uma tarefa árdua enfrentada pelo deputado Odilon Auto, que durante meses se empenhou com toda capacidade de trabalho, pela justa causa da emancipação do distrito de Arapiraca, contrariando os interesses dos políticos de Limoeiro de Anadia, que não desejavam perder a renda mensal do seu mais importante distrito que era Arapiraca.
 
O líder Esperidião Rodrigues, impaciente com a burocracia da tramitação do processo, tomou uma atitude: viajaria a Maceió e só voltaria para Arapiraca após o resultado final – ou tudo ou nada. Foi com essa decisão que chegou a capital na primeira quinzena de abril e durante 40 dias permaneceu ao lado do deputado Odilon Auto, acompanhando a tramitação do Projeto de Lei nº 1009, que após vários debates e discussões acaloradas, foi finalmente aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador dr. José Fernandes Lima, no dia 30 de maio de 1924. Foi um relevante serviço prestado pelo deputado Odilon Auto a causa da emancipação e uma grande vitória para o líder da campanha major Esperidião Rodrigues da Silva, o grande idealista.
 
[ Fonte: livro “Arapiraca Através do Tempo”, 1999 / http://www.cma.al.gov.br ]
 
[ Editado por Pedro Jorge ]
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2012: 88 Anos de Emancipação Política de Arapiraca
 
Uma planície fértil e rica em árvores frondosas, assim foi descrita a região onde hoje se encontra Arapiraca/AL. Nesse lugar iniciou o povoado chamado, desde a origem, de Arapiraca, uma referência á árvore que tem o mesmo nome.
 
Através do Projeto de Lei Nº 1009, foi finalmente aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Dr. José Fernandes Lima, no dia 30 de maio de 1924, a criação do município de Arapiraca, mas a festa e Emancipação Política só ocorreu em 30 de outubro de 1924, com a edificação do primeiro sobrado da cidade, chamado de Paço Municipal. Este local foi a primeira sede do governo e, 30 de outubro ficou marcado como o dia da Emancipação de Arapiraca.
 
A cultura do fumo teve importância fundamental para elevação de Arapiraca ao status de município, uma vez que o conhecido “ouro verde” brotava nos latifúndios das tradicionais famílias que resolveram se estabelecer no local. Numa sociedade eminentemente rural, Arapiraca passou a ter um destaque nacional na cultura fumageira, chegando até mesmo a ostentar o título de capital brasileira do fumo, por ser o município com a maior produção de fumo do país.
 
Em paralelo ao desenvolvimento do fumo, Arapiraca também ficou conhecida por sua feira livre ás segundas-feiras, quando comerciantes de várias cidades vizinhas vinham ao Município vender seus produtos. Um dos fatores que favoreceram e deram fama ao comércio arapiraquense foi a sua localização na região central do Estado e seu constante crescimento.
 
[ Fonte: revista “O Mensageiro”, Arapiraca/AL ]
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Mobilização Resulta na Emancipação Política de Arapiraca – Por Roberto Gonçalves
 
Arapiraca surgiu da tenacidade do sertanejo Manoel André Correia dos Santos, quando se instalou nas terras que hoje formam o município conhecido nacionalmente como “Terra do Fumo”. Estas foram as palavras do deputado Odilon Auto da Cruz Oliveira, ao fazer um breve histórico da Emancipação política de Arapiraca.
 
A ânsia de libertação surgiu das bases populares e lideranças municipais em 1913. Esperidião Rodrigues da Silva, filho do colono José Veríssimo e sobrinho de Manoel André, colhia assinaturas dos eleitores de distritos objetivando emancipar o então povoado.
 
Veríssimo também liderou a mobilização popular que entregou o resultado do abaixo-assinado que foi entregue no dia 16 de abril a comissão da Câmara dos Deputados. O documento continha 104 assinaturas reivindicando a Emancipação Política de Arapiraca.
 
Se passaram dois anos até que as autoridades decidiram transformar em projeto de lei a grande aspiração do povo de Arapiraca. Mesmo assim, o documento permaneceu estacionário sem nenhuma evolução, uma vez que o governador Fernandes Lima, era apenas a mudança da sede do Município de Limoeiro de Anadia para o então povoado de Arapiraca, fato que não concordava o coronel Esperidião Rodrigues.
 
Muito magoado com a decisão do governador, Esperidião Rodrigues transferiu-se para o Município de Igreja Nova. Finalmente, em 15 de abril de 1924, Esperidião Rodrigues, retornava trazendo consigo todos os dados concernentes ao povoado.
 
Na Câmara dos Deputados com o apoio do deputado Odilon Auto, conseguiu o número legal de assinaturas. Em 17 de maio de 1924, o projeto é aprovado em 3ª discussão. Surgiram a partir deste momento, contatos com o governador Fernandes Lima e o Senado Estadual, em 28 de maio de 1928, o Projeto de Emancipação é aprovado em 3ª discussão.
 
Em maio de 1924, o governador Fernandes Lima sancionou a Lei Nº 1.009 de Emancipação Política de Arapiraca, que foi publicada no dia 31 de maio de 1924 pelo Diário Oficial do Estado de Alagoas. Em 17 de outubro de 1924 foi sancionada a Lei Nº 1.078, que dispunha sobre a nomeação de uma Junta Governista para administração dos Municípios que foram criados.
 
Nesta mesma data foi nomeada a Junta Governativa composta de membros de destaque do Município recém criado. A Junta Governativa foi composta por Francisco de Paula Magalhães, que governou o Município de 30 de outubro de 1924 a 7 de janeiro de 1925.
 
[ Fonte: Informativo da Prefeitura Municipal de Arapiraca/AL ]
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Expansão da Feira Livre Motivou a Emancipação – Por Roberto Gonçalves
 
A tradicional feira de Arapiraca, cantada e decantada em prosa e versos pelos violeiros e repentistas, teve sua origem em 1848 e foi a grande propulsora para a Emancipação do Município. A feira livre cresceu quando a Cidade era apenas um simples povoado. O advento da Cultura Fumageira a fez progredir atraindo para o Município uma grande população. Segundo o historiador Nelson Rodrigues, em 1920 a renda da feira livre de Arapiraca superava a de Limoeiro de Anadia, gerando a partir deste fato, o movimento pela Emancipação que ocorreu em 30 de outubro de 1924.
 
Atualmente, a feira está localizada em ruas próximas ao novo Mercado Público Municipal e continua, ás segundas-feiras, com uma grande concentração de pessoas. Ruas do Centro Recebem Nomes de Produtos Vendidos na Feira A Feira de Arapiraca, por sua importância, deu nomes a várias ruas do centro da Cidade, como a “Feira do Peixe” (atual Rua Professor Domingos Rodrigues), “Rua do Carvão” (atual Rua 7 de Setembro), “Feira dos móveis” (atual Rua Pedro Correia), “Rua do Coco” (atual Rua Olavo Bilac) e “Rua das Frutas” (atual Rua Santa Terezinha). O historiador Zezito Guedes costuma dizer que a feira é o refúgio da população de baixa renda. Na “Feira do Peixe” a população carente se abastece do cará, da traíra e do jundiá”, observa. Segundo o historiador, a modernidade não deve tirar as tradições e as raízes da feira. Os raizeiros devem continuar vendendo sua meizinhas. a feira não pode perder o seu folclore com os seus cantores de coco, emboladores, repentistas e violeiros, defende.
 
[ Fonte: Informativo da Prefeitura Municipal de Arapiraca/AL ] ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
 
As Emoções da Emancipação de Arapiraca – Por Zezito Guedes
 
Quando amanheceu o dia 30 de outubro de 1924, foi uma verdadeira apoteose, um deslumbramento para o povo de Arapiraca que sonhava com esse dia há mais de 10 anos. Era uma questão de honra, libertar o distrito de Arapiraca de Limoeiro de Anadia e da oligarquia dos Barbosa que imperava naquela época. Para comemorar a grande festa os jovens colocaram faixas em vários pontos e ornamentaram as ruas com luxuosos cortes de seda doados pelos comerciantes: cel. José Farias, José Magalhães, João Ribeiro Lima, capitão Chico Preto, Firmino Leite, Manoel Evaristo e José Leite. Ás 5h da manhã houve salva de tiros executados pelo Tiro de Guerra 657, que proporcionou a primeira emoção da comunidade que experimentava o sentimento cívico, o espírito de cidadania e a independência. Em seguida a banda de música União Arapiraquense saiu ás ruas para abrilhantar as cerimônias da Emancipação e os acordes arrancavam risos e lágurimas do povo nas ruas. 
 
As girândolas de fogos ecoavam sem cessar aumentando a euforia do povo que se aglomerava nas ruas. Naquela época, as ruas denominavam: Quadro, rua Nova, Pinga-Fogo, rua do Comércio e a rua da Igreja. As ruas somente foram nomeadas em 1925 pelo prefeito Esperidião Rodrigues. O centro de todas as atenções era a figura do líder da Emancipação – Esperidião Rodrigues, que na última fase do processo, permaneceu durante 40 dias em Maceió, e somente voltou quando a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Emancipação de autoria do deputado Odilon Auto, braço direito de Esperidião Rodrigues na campanha pela liberdade.
 
Após a Missa em Ação de Graças, houve um almoço na residência de Manoel Leão, cujo destaque foi a presença do governador Costa Rego e de sua comitiva. A solenidade de posse e o baile comemorativo ocorreram no sobrado de Antônio Apolinário, que a partir do momento passou a ser chamado Paço Municipal. O orador oficial foi Olegário Magalhães, abrilhantaram todas as solenidades do evento a Banda da Escola Musical União Arapiraquense regida pelo maestro e os músicos Serapião Rodrigues de Macedo, Juvino Cavalcante, Nezinho Gonzaga, Firmino Magalhães, Toinho Rodrigues, Chico Leite, Genésio Rodrigues, Lau Leite, Mestre Tôta, Gondim Rodrigues, João Nunes e Juvêncio Rodrigues.
 
[ Fonte: Informativo da Prefeitura Municipal de Arapiraca/AL ]
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Administração:
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Pesquisa: Blog Arapiraca Legal 
 

5 Respostas para “Emancipação Política de Arapiraca

  1. Arapiraca, 93 Anos: Recordar é Viver!
    Autor: César Shallon

    Quem nunca comeu um pastelzinho com caldo de cana na feira de domingo em Arapiraca não sabe o que é ser arapiraquense!
    Quem nunca ficou na Praça Marques da Silva depois de sair do colégio pra paquerar não sabe o que é ser sabido!
    Quem nunca foi assistir o desfile do dia 30 não viveu em Arapiraca
    Quem nunca esperou chegar janeiro, para ir ao parque?

    Quem nunca brigou nos jogos escolares de Arapiraca não sabe o que é rivalidade!!
    Quem nunca se lembra da Micaraca não sabe o que é saudade!!
    Quem Nunca reclamou do calor de dia e do frio da noite de Arapiraca não sabe o que é ser indeciso!!
    Quem nunca foi pras matinês na AABB não sabe o que é ter nostalgia nos dias de hoje!

    Quem nunca brigou com os Boys e Patys da capital ao falarem mal de Arapiraca não sabe o que é ter orgulho de onde nasceu
    Quem nunca saiu dos shows e veio a pé pra casa com uma caravana de amigos não sabe o que é ser feliz sem um carro
    Quem nunca encheu a boca pra falar EU SOU DE ARAPIRACA não sabe o que é sentir orgulho!!
    Quem nunca zombou dos outros times de Alagoas pq o melhor é o do “interior” não sabe o que é ser campeão…

    EU JÁ FIZ TUDO ISSO!

    Fonte:Facebook “Arapiraca X Arapiraca”.

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